Cap. IX

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Acordo com uma cela se abrindo, e Erick adentra ao recinto, ele estava bufando de ódio, e gritou "-Acorde, praga!", eu aos poucos vou abrindo os olhos e me deparo com um Erick descontrolado, ele tira minhas algemas e me arrasta pelos cabelos, até o meio da cela, me joga no chão e me da o primeiro soco, eu escuto meu ranger de dentes, senti um clarão em meus olhos, e o barulho de meu nariz, barulho de ossos, ele me chuta na barriga, já caída no chão, agonizo, com a dor tilintante e gritante dentro de meus ouvidos, e me chuta pelo menos mais umas 9 vezes, até ele cansar, ele fala "-Me implore para parar, quero que implore para que eu te torne uma de nós", eu fico caída e quieta, nunca chegaria a esse nível de humilhação. Eu fico sem entender, o porque de estar apanhando, mas fico quieta como se estivesse desmaiado de dor. Ouso ele sair da cela, gritando de ódio, ouso a porta da cela arrebentar em meus ouvidos, e começo a chorar, não sou de chorar, mas a dor era tamanha, que imagino ter quebrado mais de 10 ossos, meu corpo estava abatido. Me sentia inútil contra ele, e contra qualquer outra criatura, agora sim eu não tenho mais escolhas, não tenho mais change de fugir daqui, até me recuperar vai demorar. 


Aos soluços eu acabo pegando no sono, mesmo com tamanha dor, tudo passou e em meus sonhos senti que era induzido por magia, deveria ser Adrian, a quanto tempo não tenho sonhado com ele, estávamos na Academia e ele estava escorado na porta da Igreja, ando até ele e ele me olha, e fala "-Olá Dampirinha, quanto tempo!"- eu ia falar algo, mas algo ou alguém me puxou do sonho e não tive mais como continuar. Era Erick novamente, me levantou pelos cabelos e me levou até uma mesa de madeira que tinha na cela, jogou um prato de comida em cima da mesa e eu comecei a comer, as dores eram horríveis, e sentia como se todo meu corpo tivesse sido quebrado. Erick fala "-Não tenho muito tempo, estão me cobrando a sua transformação, o quanto antes!"- eu fiquei quieta lhe olhando, ele fica com aquele olhar furioso novamente, mas simplesmente não consigo lhe odiar, acho que esse sentimento é horrível demais pra mim. Ignorei com todas as minhas forças, nem lhe olhei. E num piscar de olhos ele me pegou pelo braço, e me arrastou novamente, só que dessa vez eu não escaparia viva. Ele me deu um tapa no rosto, seguido de socos, chutes e ponta-pés, cuspi sangue, e ele parou, virou as costas e saiu.

Eu fiquei lá deitada sentindo aquela dor pulsante, só que agora era pior do que a primeira vez,  a tarde passou rápida, e eu com aquela agonia incessante, inacabável, interminável, me arrastei até a janela, e vi o por do sol, e naquele momento respirando eu peguei no sono, pensei que iria morrer se não fugisse daquele lugar, adormeci e não entrei novamente em sonhos induzidos, entrei em um sonho meu normal, lembranças de Dimitri e Lissa, talvez essa fosse minha perdição, talvez esse fosse meu fim, como Strigoi para sempre.

Passaram-se algumas horas e ouvi a cela se abrir, mas eu não conseguia me mexer, ouvi passos vindos até mim, alguém me pegando no colo, e me carregando para fora daquela cela, que a um dia inteiro sofria lá dentro, não eram mãos normais, eram mãos desconhecidas, não eram as de Erick, eram diferentes, eram reconfortantes. Pelo canto de olho vi quem era meu salvador, um garoto loiro, de olhos azuis feito mar, era Moroi, o que estaria fazendo ali? E justamente me salvando daquilo tudo? 

Fiquei fingindo dormir, esperando momento certo, me carregou pelos corredores de pedra, subimos escadas e nos encontramos na sala principal, ao me carregar subindo de novo as escadas que dava a dormitórios de visitas ouso a voz de Erick falar com o moço que me carregava "-Anda Evan o que quer com essa Dhampir?"- ele ignorou o Strigoi, e subiu o resto me levando até um quarto, me deitou e começou a me examinar, logo fingi abrir os olhos e ele deu um pulo pra trás, e eu fiquei quieta lhe observando, ele falou "-Oii, meu nome é Evan, e o Erick é meu pai!"- eu dei de ombros, e ele ficou quieto, e falou "-Você é muito bonita, ele te machucou?" eu balancei a cabeça afirmativamente, e ele ficou quieto, e me disse "-Fique aqui irei buscar comida, um remédio e algo para vestir, vai no banheiro" e apontou para uma porta, "-Tome um banho, descanse" "-Já volto", eu assenti enquanto olhava ele se retirar, levanto e vou até o banheiro e tiro a roupa lentamente, e ouso a porta abrir e Evan me pega desprevenida, ele toma um susto, e tapa os olhos, mas sinto que suas presas saírem de excitação, eu falo "-Dá licença"- ele sai fechando a porta. Entro no banheiro e ligo a banheira, adentro a água esta no ponto, e me deito, acabo por dormir, e só acordo quando vejo Evan me observando, eu grito "-Eii sai daqui"- ele se aproxima, e me acaricia a bochecha, aquele toque mesmo que gelado eu deixo, porque, de tanto apanhar nesses dias, aquilo era bom, e eu estava em transe, logo ele me beijou, um beijo quente, interminável, inexplicável, e eu me deixei levar, sai da banheira agarrada a ele, me deitou na cama, passando seus lábios por minha orelha, sinto suas presas descerem para meu pescoço, sinto a delicia do delírio da mordida de um Moroi, que a muito tempo não sentia, desde que Lissa e eu fugimos da Academia, jogo minha cabeça para trás em excstase, sinto minhas partes molharem-se, e a minha excitação aumenta, sinto um dedo dele pressionar minha intimidade, depois movimentos circulares, tirou os dentes de meu pescoço, e começou  a  descer e mordeu minha clavícula, desceu mais e mordeu minha cintura, desceu um pouco mais e mordeu meu quadril me deixando cheia de marcas, até chegar lá. Começou a me chupar intensamente, eu no fundo sabia que não poderia deixar aquilo acontecer, um Moroi beber de meu sangue, eu sou uma tremenda prostituta de sangue, mas e daí? Eu nunca pude ter prazeres, minha vida era somente dos Moroi, não aquilo iria acabar, talvez até me tornasse Strigoi, e me vingasse pelos Moroi terem me tirado a vida normal de adolescente que eu mais queria... 

Deixei que ele me penetrasse, senti aquele prazer todo, até que meus músculos começaram a tensionar em resposta de sua enorme extensão dentro de mim, senti meu prazer vindo em forma de gozo e depois disso ele desceu e me chupou, me fazendo ter vários orgasmos outra vez, e mais outra, e outra. Até que perdi a consciência, senti suas presas novamente e percebi que ele estava quase me drenando, adormeci.

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