Fogo e Gelo | CONCLUÍDA

capítulo 12✅✅

Robert
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°Após sua captura°

O clima sombrio das masmorras que a fera nos aprisionou nos causava arrepios, esqueletos de humanos e dragões acorrentados enfeitavam o ambiente de nossa prisão, não sabemos onde estamos, esse lugar é oculto dos mapas marítimos, uma ilha no meio do nada, um fim de mundo, talvez criado para se esconder. Caçadores andam de um lado para o outro passando diante de nossa jaula, o navio foi trazido para a ilha e escondido em uma caverna dentro da montanha, para frustrar nossos planos de fugir desse lugar. Estou abatido e ferido, muitos não resistiram, e os que restaram estão tão em mau estado quanto eu. Mas ao menos a rainha conseguiu voltar para Arendelle, isso era o que eu conseguia entender ao ouvir a fúria de Virserion, que assumia sua forma de dragão e começava a atacar seus próprios caçadores. Seu rugido de irá estourava meus ouvidos.

- Maldito bastardo! - a porta da sala de Virserion é aberta sem dó e sua versão humana sai fulminante de raiva.

- Quem é Athanasi? - Grimmel sai atrás dele perguntando e mantenho minha atenção neles em sua passagem nas masmorras, mas suas vozes vão sumindo assim que se distanciam.

"Athanasi"? Me recordo desse nome, mas não me lembro sua origem. Parece o nome de histórias antigas.

- Robert! - sou apanhando de meus pensamentos por um dos meus amigos guardas de Arendelle - Você sempre tem um plano certo? Quanto tempo até conseguirmos fugir? - pergunta tentando se levantar do chão, mas não consegui, nossas forças foram consumidas durante nossa resistência ao ataque no navio.

- Calma, vocês precisam recuperar suas forças! - digo indo até ele, e olhando o restante dos soldados de Arendelle.

- Mas você tem um plano? - fico em silêncio, analisando a situação. Anos de treinamento terão que me ser útil agora. Mas nenhum deles me treinou para lidar com uma criatura mística como Virserion.

- Os caçadores se revezam a cada quatro horas! - digo olhando para os caçadores trocando de posto. - Uma fuga é impossível. E mesmo que conseguíssemos sair das masmorras e pegar o navio, não iríamos muito longe com Virserion ainda na ilha.

Elsa
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A noite estava calma, o som das brasas da fogueira encoavam como uma canção sonolenta dentro da barraca de gelo. O dragão do chefe Hiccup estava dormindo, a viagem foi longa e cansativa para ambos.

- O que será que ele quis dizer com passado recomeçar? Isso não faz sentido? - eu digo pensativa olhando as chamas da fogueira que iluminavam bem a minha preocupação estampada em meu rosto.

- Me fiz essa mesma pergunta durante todo o caminho! As histórias não fazem sentido, as duas contam versões do Virserion bem diferentes.... - ele responde, se confortando próximo do seu dragrão.

- Mas nenhuma delas conta toda a história! - eu sussurro me deitando do outro lado da fogueira. Isso não sai de minha cabeça

- Mas nas duas ele procura por você! - mal escuto ele dizer aobocejanr de sono.

- Eu não sou ela! - retruquei novamente zangada e me virando de costa olhando para o outro lado. Ele se manteve em silêncio, quando me virei, percebi que o mesmo já estava dormindo. "Eu não poderia ser ela, apenas por que também sou uma rainha do gelo! Poderia?" Pergunto a mim mesma. E o silêncio pleno novamente pairava sobre nós, e o cansaço pesava em meus olhos e que iam os fazendo fecharem lentamente.

[...]

- ATHANASI!!! - Um grito me faz acordar espantada, meu coração sobressaltava do peito, eu olho em volta desnorteada na procura do responsável do grito e me assusto ainda mais, tudo havia sumido, incluindo o Hiccup e seu dragão, e eu me encontrava em um vácuo de escuridão completo, até que começo a ouvir um som de tinir de espadas, me levanto e me guio pelo som até encontrar uma forte luz, ando até ela é quanto mais me aproximo mais começo a fechar os olhos em proteção da luz, assim que atravesso a luz, minha visão tenta se ajustar em meio a um cenário de caos.

- Você é o culpado! - Um duelo estava sendo travado naquele lugar, dois guerreiros se enfrentavam junto a seus exércitos.

- Onde eu estou? - me questiono, e não reconheço aquele lugar e nem sei o por que estou aqui, volto minha atenção aos dois guerreiros, suas espadas colidiam com fúria de fogo e gelo, duas lâminas opostas e poderosas, a cada encontro feroz das duas, uma luz escaldante era emanada. E... eu reconheço um dos guerreiros, é o Virserion

- Você é o único culpado Virserion! - diz o outro guerreiro, ao cair de joelhos vencido por seu adversário, tentei fugir daquela cena mas minhas pernas não me obedecem, Virserion se aproxima lentamente do guerreiro e o encara apontando sua espada para seu peito.

- Freia retornará! Mas não posso dizer o mesmo de você bastardo! - um arrepio me atravessa, e um clamor me impulsiona a tentar ajudar mas não consigo, meus pés estavam presos, engolidos pelo chão, como na areia morrediça.

- Freia nunca o amou Virserion! - Rosna o guerreiro dizendo suas últimas palavras, após Virserion o perfurar o coração, e seu corpo é transformado em brasas que desaparecem levadas pelos ventos para os nos céus. Sinto uma dor invadir meu peito como se eu me familiarizase com ele.

[...]

- Athanasi! - Acordo gritando a primeira palavra que meu inconsciente dizia

- Você está bem? - Hiccup acorda espantado junto a seu dragão que rosna para fora da barraca. - Tinha alguma coisa aqui? - ele pergunta levantando para ir xecar lá fora

- Não.... foi só um sonho ruim! - Respondo e noto que minha respiração estava ofegante e minhas mãos estavam trêmulas

- Muito ruim por sinal! - ele diz se aproximando de mim - Está chorando? Por que? - pergunta sentando a meu lado, eu não sentia as lágrimas descerem, mas elas começavam a embaçar minha visão

- Foi só por conta do susto pelo pesadelo! Eu estou bem! - digo limpando minhas lágrimas

- Você ainda parece estar assustada! - ele relata me olhando atento - Posso?.... - pergunta sugerindo me abraçar, e não questiono, apenas permito, sinto uma sensação de segurança com ele perto me abraçando. - Sonhos ruins são apenas sonhos ruins não se preocupe!

- Mas não parecia ser somente um sonho ruim.... - digo antes de novamente adormecer.