Hum...não tem muito para falar kkkkk Boa leitura anjinhos ❤
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--- Não, não pode ser, não é verdade... -apesar de não acreditar meus olhos já marejavam, afinal quem séria aquele homem com o celular do meu pai? - seja lá quem for já pode parar com essa brincadeira de mal gosto!
Falei já sentindo-me fraca e trêmula, isso não podia estar acontecendo, não comigo...não daquela forma, não agora...
--- Sinto muito Senhorita Smith, eh...precisamos de alguns documentos do Senhor Smith, você seria capaz de trazê-los? Ele está internado na ala c do hospital central de São Paulo.
Eu sentia um aperto em meu peito a cada vez que aquele rapaz do outro lado da linha falava, seria verdade? Meu pai realmente teria sofrido um acidente? Realmente estava no estado que o enfermeiro me falará?! Respirei fundo em uma tentativa falha de me acalmar e só então seco as lágrimas que já haviam escorrido pelo meu rosto.
--- S-sim, logo estarei ai, obrigada...
Desliguei a chamada e já sem forças caio sentada no sofá paralisada, sinto que fiquei daquela forma durante uns cinco minutos e só então volto ao meu consciente levantando rápido e indo para o quarto de meu pai que não era muito distante da sala para então pegar seus documentos, estes que ficavam dentro do móvel que era mantido a anos ao lado de sua cama dentro de uma caixinha preta com elástico, assim que abro a mesma me deparo com uma fotografia nada atual, minha com o senhor Smith meu pai, na época que aquela foto foi tirada eu tinha meus cinco anos de idade e estávamos fazendo um piquenique para comemorar seu aniversário, ambos estavam com a ponta do nariz suja de glace o que me fez lembrar da guerrinha de bolo que tivemos minutos depois daquela foto, relembrar aquele momento mesmo que de forma rápida me fez dar um pequeno sorriso que não durou muito tempo e que logo liberou mais lágrimas que fluíam pelo meu rosto.
Guardo novamente aquela imagem e pego os registros que o enfermeiro havia solicitado, vejo uma bolsa encostada naquela mobília e pego a mesma para colocar algumas roupas para meu pai. Após separar algumas peças, principalmente aquelas selecionadas para o tempo frio volto para a sala, pego minha mochila e as chaves do carro que estavam em cima da poltrona cinza que havia naquele cômodo, saio de casa trancando todas as portas e em seguida entrando no veículo de cor preta que encontrava-se estacionado em frente a minha residência, coloco minha mochila e a bolsa com roupas e documentos no banco ao lado e em meio a lágrimas que pareciam impossíveis de controlar ligo o carro e saio dirigindo a caminho do hospital onde meu pai estava.
O trânsito parecia não querer me ajudar, havia muitos carros e motos porém não era de esperar menos, eram exatamente seis horas da noite, mais conhecido como o horário de pique onde pessoas exaustas saiam de seus trabalhos a caminho de suas casas em busca de descanso e conforto e pais que iam aos colégios buscar seus filhos depois das aulas. Encaro a extensa fila de carros que eu teria que enfrentar e a única coisa que conseguia pensar naquele momento é que eu queria ver meu pai. Cerca de 25 minutos depois consigo chegar ao hospital, estaciono o carro em qualquer uma das vagas que se encontrava livre, pego as bolsas que estavam no banco de acompanhante ao lado , saio do carro e entro rapidamente no hospital , logo corro em direção aos elevadores, aperto o botão para que o mesmo desça este que parecia nunca chegar e que me fazia ter a impressão que fazia uma eternidade que eu estava esperando-o, decido então ir pelas escadas para chegar mais rápido, não me importava se seriam muitos degraus apenas queria chegar até meu pai, corro até aquela escadaria e subo para a ala c que era onde ele estava internado.