Ah o fim do verão, com ele significa que temos de voltar a escola. Bom, eu nunca achei que pertencesse a escola já que nunca fiz questão de estar em grupo (Porém eu pertenci a um). Sempre fui aquela menina que prefere o aconchego da biblioteca e dos livros. Não sou uma nerd como devem pensar que sou, mas não sou fútil como deveria ser, talvez eu tenha me encontrado nos livros já que lá a história prontamente escrita é boa e na vida real não. Charlotte é minha mãe, mas ela nunca gostou de mim como deveria. Todos os dias eu rezo para que eu tenha condições de sair de casa e ir embora a deixando viver neste inferno que ela chama de casa. Digo condições porque ela bloqueou meus bens então não posso fazer nada que ela não queira e se caso eu pensar em desafia-lá, ela me destrói. O grito e a batida constante na porta fez com que eu perdesse meu sono, então abri a porta e me deparei com ela me olhando com raiva como se quisesse me bater ou me matar, olho bem para ela como frieza e respiro fundo para não fazer nada. Ela bate o pé algumas vezes no chão e sai andando depressa para acordar a sua filha querida, a minha irmã Tessa. Fecho a porta do quarto e vou para o banheiro ter um momento de paz antes de descer para o conturbado café da manhã em família. Assim que termino de me arrumar, desço as escadas e vou para a sala de jantar onde estava sendo servido o café, como todas as outras refeições. Me sento na cadeira e sem falar qualquer coisa apenas pego um croissant, um pouco do suco de laranja e como de pressa para sair logo. Charlotte por sua vez decide que era hora de infernizar, logo começa com suas críticas e ameaças e seus olhares matantes, porque ela faz isso? Não pedi para vir ao mundo. Meu pai com o passar dos tempos se tornou um homem frio, logo ele pouco se importa se as coisas que Charlotte falam me magoam. Desde sempre percebi que sou eu por mim mesma e que de alguma forma preciso sair do inferno para ter então um pouco de paz. Termino então o café da manhã e vou direto ao quarto para me higienizar e ir para a escola, como Charlotte tirou meus mimos, todos os dias tenho que andar cerca de trinta minutos para ir à escola enquanto que Tessa vai no conforto do carro junto do motorista. Mas eu não me importava em andar todos os dias, eu gosto de ver as paisagens que a cidade tem a oferecer e percebe-lá de um modo diferente já que quando está dentro de um carro tudo oque se consegue ver é algo rápido, vago. Depois das férias de verão, o primeiro dia de aula é sempre o mais esperado para todos os alunos já que se iniciaria mais um ciclo de nossas vidas acadêmicas. Começo então o primeiro dia com o pé esquerdo já que me atrasei para a aula da professora mais egocêntrica da escola, com isso ela fez um discurso durante a aula falando em como ela não tolera atrasos, discurso no qual tive que ouvir e fingir que absorvi como se isso fosse a pior coisa da vida. Se ela ao menos soubesse da minha vida pessoal, talvez ela me daria um desconto.
- Bom, como eu já havia dito antes das férias começarem eu não vou pegar leve com vocês então eu quero que vocês guardem o material deixando apenas lápis, caneta, borracha ou oque vocês acharem necessário porque hoje vamos ter a nossa primeira de muitas provas surpresas.
Todos começaram a falar ao mesmo tempo, fazendo um pequeno protesto.
- Eu estou pouco me importando com oque vocês acham disso, oque me importa é saber se vocês tem nível acadêmico para se formar e irem para uma boa universidade, sinceramente vejo que muitos de vocês ficaram na escola até os trinta.
- Ficaria muito bem na escola se você não fosse a professora, a bruxa. - Liam fala, fazendo com que todos deem gargalhadas. - De aparência já é, de conteúdo também.
- Ah Liam, eu pouco me importo com oque você pensa sobre mim, sobre minha aparência. E para te ajudar a se importar menos com isso você vai passar a semana toda na detenção. - Dou uma risada. - Se falar mais alguma gracinha eu reprovo você.
Liam apenas a olhou e sorrio.
Levanto à mão para perguntar se podia ir ao banheiro antes da prova e a bruxa má disse que eu estava a desacatando e me fez ficar também uma semana presa na detenção. Pouco liguei já que qualquer lugar é melhor do que em casa. Depois da prova o sinal tocou todo mundo saiu correndo da sala fugindo, deu uma vontade enorme de rir porque a forma com que todos saíram amontoados foi hilário. Segui então para a área externa e me sentei de baixo da árvore, peguei meu livro e abri na página para prosseguir com a leitura. Coloquei o fone de ouvido e iniciei minha playlist de música favorita. Distraída estou quando sinto alguém me tocar no ombro e eu olho de forma assustada, mas vejo que era apenas o aluno novo o Liam, tiro meu fone e olho para ele esperando que ele falasse algo já que me interrompeu.
- Desculpas te incomodar, mas é que como eu sou novo aqui e não conheço ninguém direito pensei que eu pudesse me sentar com você já que vai me fazer companhia durante uns dias na detenção. - Liam fala, extrovertido senta ao meu lado e me encara. - Tem algum problema?
- Por mim tudo bem, pode ficar à vontade... - Respondo-o de forma amigável e pauso a música. - A bruxa gosta de se satisfazer assim, fazendo com que as pessoas se ferrem.
- Sinceramente eu não ligo de ficar na detenção, lá em casa o clima está bem pesado... - Liam fala suspirando, de alguma forma eu entendo aquele suspiro pesado.
- Lá em casa nunca esteve bom, para mim ficar o mais tempo longe possível é perfeito...
- Divorcio dos seus pais?
- Minha mãe me odeia e isso não é de uma forma literal, ela realmente declarou ódio por mim.
- Olho para o rapaz e sorrio, mesmo que isso signifique tristeza.
- Meus pais estão se separando e sinto que isso é por minha causa, desde que nasci eles tem brigado todos os dias, as vezes meu pai quebra as coisas em casa e minha mãe surta... - Olho para ela, seguro sua mão como forma de tentar conforta-lá. - Aguenta só mais esse ano, ano que você vai estar em alguma faculdade e isso vai ser muito bom para recomeçar e ficar longe de quem te odeia...
- Porque tem que ser desse jeito? Não temos culpa de ter nascido! - Olho para as nossas mãos e olho para ele. - Eu esperei muito por isso, quando eu me formar vou para bem longe daqui e espero nunca mais ter que vê-los.
- Eu digo o mesmo. - Solto da mão dela, a olhando. - Pretende ir para qual faculdade?
- Pensei em estudar literatura em Boston, talvez Los Angeles ou Paris. Qualquer lugar que seja longe daqui.
- Eu só quero sair de casa, pouco me importo para onde vou. - Dou uma risada. - Posso te fazer uma pergunta informal?
- Sei bem como é. - Olho para ele. - Pode..
- Oque uma garota bonita como você está fazendo sentada aqui sozinha?
- Eu não estou sozinha, eu estou com você. - Dou uma risada. - Sabe, eu já fui como aquelas meninas fúteis que tem na nossa sala, mas eu sempre senti que não era a minha realidade então eu resolvi mudar e com essas mudanças eu acabei preferindo o aconchego dos livros, entende?
- Entendi. As vezes é bom se desprender de certo tipo de coisa para que outras sejam completadas. - A olho e sorrio. O sinal toca, hora de voltar.
- Concordo... Bom, temos que voltar.
- Foi um prazer te conhecer melhor Sophie, obrigado por me deixar sentar ao seu lado.
- O prazer foi meu Liam, o espaço está sempre livre para quando você quiser se sentar.
Me levanto e sigo com ele até a sala de aula...
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Para sempre? ∞ CONCLUÍDA
RomanceOlá queridos leitores, como eu coloquei no título eu estou reescrevendo a história porque a escrita dela está muito ruim, a história nem tanto, porém eu resolvi reescrever e estou fazendo algumas mudanças tais como nomes, talvez lugares e etc. A his...