Parte 6

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“Você nunca sabe quando o seu dia vai ser seu último então viva como se não houvesse amanhã. Mas não perca nunca a sua essência por que quando partir as pessoas vão querer se lembrar de como você é. A despedida nunca é um adeus é sempre um até logo. Um eu te amo verdadeiro é válido para sempre mesmo que você já não esteja no mesmo plano espiritual que seu amado.”
Bastou apenas um minuto para que tudo chegasse ao fim...

Charlotte contratou um stalker para descobrir onde meu pai mora ela não só descobriu como soube de toda sua rotina e resolveu que era hora de segui-lo. Talvez para ela fosse um dia de sorte e para ele um dia qualquer, mas ela iria fazer daquele dia o último dele. Sem se quer notar que estava sendo seguido meu pai resolveu que era hora de vir me visitar já que fazia pouco mais de um mês que ele não me via e não tinha contato comigo. Ele se arrumou tão bonito, passou no mercado e fez compras, passou na floricultura e me comprou flores e só assim seguiu a viagem para cá. No carro ele havia colocado sua música preferida e cantarolava junto com o cantor tendo seu dia bom. Com certa distância Charlotte o seguia pela estrada sorrindo por finalmente acabar com a vida dele.
Já em casa Liam e eu estávamos colhendo as frutas  da nossa horta felizes por estarmos bem e livres. Só precisamos de mais um tempo para ganhar a nossa tão sonhada emancipação.
Depois de colhermos as frutas fomos para casa. Deixamos a cesta em cima da mesa e fomos para a sala onde iniciamos um beijo lento e intenso. Nos tocamos de forma diferente desta vez e vimos que estávamos prontos e seguros para dar um passo em nossa relação. Ele suavemente passa sua mão em meu braço e ao chegar na blusa a levanta devagar e assim faço o mesmo com ele. Ele distribui beijos pelo meu corpo e desabotoa meu sutiã me deixando seminua. Eu desabotoou sua calça e abaixo a mesma fazendo com que ele fique completamente despido. Ele tira meu short devagar e me olha de cima a baixo sorrindo então ele me puxa para mais perto e me envolve em seus braços  iniciando um beijo calmo. Aos poucos descemos e deitamos no sofá e ele se ajeita em cima de mim e me olha fixamente e eu sorrio. Era a minha primeira vez com alguém. Devagar ele ergue meus braços e entrelaça nossos dedos, ele abre minhas pernas sem  fazer muita força e se encaixa e continua a me olhar e eu o beijo. Ele suavemente penetra seu membro em minha intimidade e começa com os movimentos de vai e vem. Nós dois arfamos sentindo sensações únicas e inexplicáveis, eu estava completamente segura em seus braços. Os movimentos foram aumentando com frequência e eu estava me contorcendo de prazer chegando a revirar os olhos sentindo minhas pernas bambearem e então comecei a gemer mais alto e deixei que a sensação prazerosa me dominasse, aquilo era realmente bom. Os níveis iam subindo então agarro suas costas e arranho a mesma até que chego em meu ápice de prazer e te agarro forte deixando o líquido escorrer pela minha intimidade, eu havia gozado. Ele continuou me dando prazer e se dando até que gozou também. Ele saiu de cima e se deitou ao meu lado, dava para ver seu corpo suado e ouvir sua respiração ofegante. Ele me beijou ainda passando a mão pelo meu corpo apreciando cada detalhe. “Eu te amo” ele sussurrou entre um beijo e outro.
Ficamos ali deitados nú por mais algum tempo até decidimos que era hora de tomar um banho. Fomos até o banheiro e juntos tomamos uma ducha longa e demorada. Logo após nos arrumarmos fomos até a cozinha preparar algo para comermos. Ouvimos um barulho de carro não muito longe daqui e fomos até a janela ver quem estava se aproximando. De início pensamos que poderia ser algum intruso ou até mesmo a Charlotte, mas ela não tinha como saber  que estávamos aqui e então deduzimos que fosse meu pai. Sai até o lado de fora da casa e ao olhar para o carro vi que era mesmo meu pai e então sorri de felicidade. Meu pai estacionou bem próximo a casa e seguiu até a nossa direção e me abraçou apertado. Olhou para o Liam e perguntei quem era o rapaz então logo o apresentei como meu namorado e pedi para que ele entrasse para contarmos a história. Já na sala contei ao meu pai que Liam estava nos meus planos de vir morar aqui e o mesmo ficou feliz saber que tinha alguém para cuidar de mim. Liam preparou os sanduíches e suco e nós três fizemos essa pequena refeição. Meu pai contou que havia passado no mercado e tinha me feito compras e então fomos os três depois de comer ir buscar as compras no carro. Felizes estávamos até ver quem vinha nossa direção apontando uma arma. Era a Charlotte com seu sorriso no rosto, logo que a vi deixei as bolsas de compra cair no chão e naquele momento meu coração parou de bater. Charlotte não falou absolutamente nada apenas apertou o gatilho e disparou um tiro. Olhei para o Liam e para meu pai que estavam com cara de assustados e gritando, mas eu não conseguia ouvir eles. Tudo ao meu redor ficou em silêncio e ao colocar a mão em minha barriga vi que estava sangrando e ali pude entender tudo antes de cair no chão. Charlotte ficou paralisada e não conseguiu falar nem se quer uma palavra, a intensão dela não foi atirar em mim e sim no meu pai, mas por ela não saber usar a arma mediante o disparo acertou a mim. Liam me pegou no colo e meu pai jogou todas as compras no chão, eu estava oscilando entre ficar aqui e ir embora então meus olhos reviraram e a minha visão estava turva. Ao me colocarem junto de Liam no banco de trás meu pai deu partida e acelerou para me levar até o hospital mais próximo.
A visão ficou menos turva e a audição voltou e eu conseguia ouvir o Liam implorando para que eu ficasse e não deixasse ele jamais, então tento segurar a mão dele e não sinto mais meus braços terem força. Eu estava lutando para ficar ali e eu queria dizer a ele tanto que eu o amava, mas as palavras não saem da minha boca. Ele pede para eu olhar para ele e ficar com ele e eu tento, mas acabo fechando os olhos lentamente. Eu ainda não havia partido, estava lutando contra a luz branca eu queria ficar. Eu não quero morrer sem dizer adeus, eu não quero morrer sem poder dizer te amo, não quero morrer sem dizer que eu a perdoo por todo mal, eu não quero...

Então eu estou aqui sentada na escada com a mão no joelho e eu estou olhando para trás vendo o Liam ir e tudo está preto e branco como se as cores tivessem se perdido. Eu queria dizer a ele o quanto eu o amo, mas já era tarde demais. Chegando no hospital eles me levam até a sala e tentam a todo custo me trazer de volta por que eu ainda estava ali em algum lugar. Viver ou morrer, ficar ou partir, dizer adeus ou eu te amo, acordar ou dormir, ir ou vir, ser ou estar, perdoar ou não perdoar, cair ou levantar são escolhas que você precisa a todo tempo fazer até por que você nunca sabe quando é seu último dia...

Eu escolhi, eu escolhi ficar. Então eu fiquei para dizer ao Liam que eu o amo,  para dizer a Charlotte que eu a perdoo, mas vou denuncia-la, escolhi me levantar e parar de ter medo e de que agora em diante eu vou viver a vida que sempre quis. E por isso eu digo que este é o meu para sempre...

Fim!

Para sempre? ∞ CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora