Parte 3

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Depois do nosso primeiro beijo não nos desgrudamos mais. Liam me prometeu que daria um jeito de sairmos dessa situação e eu prometi à ele que ficaria ao seu lado independente de qualquer coisa.
Charlotte sempre ficou atrás da porta ouvindo minha conversa com Liam e ela ficou cada dia mais inconformada com o fato de que eu havia encontrado um amor e por isso ela estava disposta a acabar com meu relacionamento, ela queria me fazer pagar por ter machucando-a mesmo que sem intensão.  Então ela resolveu me matricular em um internato isolado da Espanha e fez questão de não me contar até que eu mesma descobrisse.
No dia seguinte me arrumei de pressa e fui para a escola para ver o Liam, mas ao chegar na escola ele não estava. Liam não atendeu ao telefone, não respondeu as mensagens e eu senti um forte aperto em meu peito, algo aconteceu. Entro na sala de aula e me sento em meu lugar e pouco tempo depois a diretora interrompe a aula e me chama pedindo que eu pegasse minhas coisas e a acompanhasse até a sua sala. Ao chegarmos na sala dela, ela me conta que eu fui matriculada em outra escola e pede que eu vá para casa de forma sutil. Saio de sua sala correndo e não paro de correr até que me distancio da escola, eu estou arrasada. Meu celular toca e finalmente o Liam estava me ligando então eu atendo sua chamada;

— Porque você não atendeu o telefone e não respondeu minhas mensagens? — Pergunto ao Liam.

— Meu pai havia tirado o celular de mim ontem à noite logo após a gente se falar. Só me devolveu agora meu  amor... Me desculpe.

— Charlotte me matriculou em um internato na Espanha sem eu saber! Eu não quero ir... Eu preciso fugir Liam, chegou a hora de ir!

— Por que ela fez isso? Meu Deus! Ir para onde Sophie?

— Vou para qualquer lugar menos para esse internato. Eu prefiro morar na rua do que ter que ir para outra cidade e me distanciar de todos que eu amo por causa de uma víbora.

— Eu vou com você! Fugimos hoje à noite! — Falo sussurrando.

— Ok... Eu te amo!

— Eu também amo você. Preciso desligar agora antes que ele tire meu celular de novo...

— Ok. — Desligo.

Eu estava determinada a fugir e ir para o mais longe possível daquela mulher, daquele lugar. Então me lembro que ao norte meu pai havia comprado uma casa de campo para as férias sem Charlotte saber e ele nunca visita o local, talvez ele nem se lembre que tenha aquela propriedade e é para lá que nos vamos.
Ao chegar em casa vi que estava tudo em silêncio então andei por toda a casa procurando por Charlotte e ela não estava. Logo em seguida meu pai chegou com a feição desanimada e eu sabia que ele também estava cansado daquela vida e ali vi a oportunidade de me abrir com ele e confiar um pouco mais nele já que ele nunca me vez mal algum, ele apenas estava cansado.

— Pai preciso falar com você e quero que você me escute!

— Claro... Oque foi?

— Charlotte me matriculou em um internato na Espanha e eu não quero ir. Me ajude a sair de casa por favor! Eu não aguento mais sofrer tanto abuso, ela me bate, me manipula e deseja minha morte... Me ajuda! Eu prometo que se você me ajudar eu nunca mais volto para cá, nunca mais vão ouvir falar de mim... Só me ajuda eu estou implorando!

— Chega! Ela passou de todos os limites! Eu estou cansado dela, seria bom se no caminho para casa ela sofresse um acidente e morresse de uma só vez! — Olho para Sophie. — No que você quer ajuda? Dinheiro?

— Preciso de dinheiro, não muito. Mas o suficiente para eu ir para algum lugar isolado e ficar por bastante tempo lá. Até que ela se esqueça de mim e eu possa viver minha vida.

— Eu posso te arrumar um pouco de dinheiro e você pode ir para a casa de campo já que ela não sabe da existência de lá. Fique por lá até eu conseguir os papéis da sua emancipação. Eu vou abrir uma nova conta para você e vou mandar todo mês uma quantia em dinheiro para você se manter. Aproveita que ela saiu e arrume suas coisas o mais rápido possível, vou deixar a chave do carro com você.
— Obrigada. Não sei como agradecer ao senhor pelo oque está fazendo, eu te amo pai! — Abraço-o.

— Eu também te amo minha filha. Eu prometo que assim que der eu vou te dar uma vida melhor por que ou a sua mãe vai me matar ou ela vai morrer de desgosto. — Saio do abraço. — Agora vá, não volte e não olhe para trás. Deixe seu celular aqui, apague todas as conversas para que ela não possa te rastrear. — Pego uma quantia em dinheiro da carteira. — É tudo que tenho por enquanto, mas até a noite eu te consigo mais dinheiro.

— Espero que ela morra de desgosto... — Pego o dinheiro. — Já é o suficiente para chegar lá. Obrigada! —
Saio correndo para o quarto e começo a arrumar as malas.

Enquanto arrumo as coisas troco mensagens com o Liam e ele diz que vai arrumar um jeito de ser expulso de casa. Logo ele começa uma briga com seus pais e quebra as coisas, seu pai furioso dá um prazo para ele sair de casa. Ele discute por mais algum tempo para terminar de encenar e sobe para o quarto e me envia uma mensagem: “feito”. Tudo estava a nosso favor então decido partir logo antes que Charlotte chegue. De fato ela não viria hoje já que tinha ido na casa de meus avós e ficaria por lá até amanhã. Me apresso e coloco as malas dentro do carro, dou o último beijo em meu pai e ele me dá o resto do dinheiro. Saio de casa sorrindo. Para minha sorte a garagem fica bem reservada então os vizinhos não contariam que viu eu pondo as malas dentro do carro e sigo até a casa do Liam mantendo uma distância para que os pais dele não o veja comigo. Liam arrumou todas as suas coisas tão depressa que já estava preparado para a minha chegada e assim que mandei mensagem ele jogou as duas malas pela janela e pulou da mesma já que era uma altura razoável. Antes que os pais dele desconfiassem de sua saída ele já estaria bem longe comigo. Liam colocou as malas no banco traseiro do carro então dei partida e seguimos viagem para a nossa nova vida.

Para sempre? ∞ CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora