Parte 4

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Liam não parou nem se quer um segundo de sorrir só de saber que ele estaria livre das garras de seus pais o deixou completamente feliz e radiante. Eu sinto o mesmo que ele só de saber que não preciso mais olhar para a Charlotte me causava paz. Saindo da cidade paramos em um mercado para abastecer a geladeira de nossa nova casa então fizemos uma compra bem grande para durar bastante tempo. Tempo no qual precisaríamos deixar de existir para que finalmente ficássemos em paz. Depois das compras, seguimos viagem e no caminho atiramos nossos celulares pela janela do carro, era um recomeço. Na estrada passamos por algumas lojas e resolvemos parar para comprar mais coisas que fossem convenientes para nós dois. Havia lá uma loja de celulares e decidimos comprar novos aparelhos apenas para emergência. Depois de mais compras fomos seguir viagem novamente e dessa vez fiz uma última parada no posto de gasolina para abastecer o carro. Logo que abasteci pisei o pé no acelerador não parei mais até chegar no nosso destino.
   Pouco depois de escurecer finalmente chegamos a casa de campo. Era tão bonita e bem cuidada que não parecia estar vazia por tempos, logo que chegamos descobri que meu pai sempre vinha aqui sem Charlotte saber para passar o tempo. Entramos na casa e nos jogamos no sofá, a viagem havia sido cansativa.

— Oque você acha de apagarmos nossas redes sociais? — Pergunto ao Liam.

— Se fosse o caso amor teríamos que ter feito isso antes por que se não eles podem nos rastrear. Acho melhor a gente não entrar nas redes sociais antigas e se for o caso a gente cria algum perfil falso. — Olho para ela. — Eu quero esquecer a vida que tinha e quero me lembrar dessa vida que tenho a partir de agora!

— Bem pensado. Eu nunca tive que lhe dar com tal coisa antes então ainda sou leiga. — Olho para ele. — Eu também quero me lembrar dessa nova vida aqui agora. — acaricio seu rosto. — Eu te amo Liam...

— Eu te amo Sophie. — A beijo lentamente.

Iniciamos um beijo lento e intenso por um tempo. Ao sairmos do beijo resolvemos arrumar tudo em seu devido lugar. Liam organizou as compras do supermercado e eu arrumei nosso quarto organizando as roupas.
                                     ***
  Charlotte resolveu antecipar sua volta para casa. Ela ficaria até o final de semana na casa de seus pais com sua filha contrariando a mim. Mas ela resolveu voltar para me infernizar um pouco mais. Logo que chegou notou que a casa estava em silêncio e isso a fez ficar pensativa, subiu até o segundo andar e bateu na porta do meu quarto. Quando não respondi ela empurrou a porta e viu que a mesma estava aberta e entrou no quarto olhando tudo. Para que ela não desconfiasse logo de cara eu deixei algumas peças de roupa no guarda roupa, deixei a cama um pouco bagunçada e alguns outros objetos pessoais. A mesma deduziu que eu havia ido para casa do Liam, então pegou o celular e ligou para o meu número que deu desligado. Bateu o pé no chão e desceu a escada furiosa. Foi até onde meu pai estava e o questionou e o mesmo disse que não sabe de nada e mandou ela o deixar em paz. Charlotte derrubou o vaso com planta de propósito e saiu batendo a porta. Ela entrou na garagem e viu que o carro do meu pai não estava lá e voltou para dentro de casa para obrigar ele a falar. O mesmo disse que havia vendido e mostrou a ela um recibo ‘falso’ e o deposito em dinheiro na sua conta do banco. Charlotte não conteve seus insultos e partiu para os xingamentos até que meu pai resolveu agir pela primeira vez.

— Chega Charlotte! Eu não aguento mais ouvir sua voz, não aguento mais ver você e não aguento mais ficar perto de você! Você se tornou a pior pessoa do mundo, você é uma víbora que está pronta sempre para dar o bote! Eu estou cansado de você! Eu aguentei por todo esse tempo por causa das nossas filhas, mas eu cansei! — Grito bem alto para que ela me ouça. — Eu vou  embora dessa casa! Pode ficar com a merda toda eu estou pouco me importando com isso! Os papéis do divorcio vão chegar em breve espero que você assine! — Saio andando.

— E você acha que a culpa é de quem? A culpa disso tudo é sua! Por que você se tornou um zumbi dentro de casa! Não deu a porra da educação para a sua filha querida, não fez porra nenhuma por a gente e ainda quer falar que eu sou insuportável? Olha bem para você querido antes de falar sobre mim! — Respondo-o na mesma altura. — Quer ir embora? Vá! Mas não pense que será tão fácil se livrar de mim!

— Minha culpa? Você dedicou sua vida a fazer a vida de todo mundo dentro de casa um inferno! Eu te odeio com todas a minha força! Eu vou me livrar de você sim nem que para isso eu tenha que morrer! E você pode ter certeza de que seu nome não vai entrar no testamento! — Bato a porta.

— Está vendo Marynna oque sua irmã me causa? Está vendo por que eu a trato mal?  A culpa é toda dela! Se ela estivesse em casa isso não teria acontecido. — Bufo. — Quando ela aparecer ela vai apanhar tanto que vai implorar por nunca ter saído e depois ainda vou jogar ela dentro do carro e vou levar ela a força para o internato, quero ela bem longe daqui! — Sento no sofá. — Estão achando que podem fazer oque quer comigo, mas eu mando aqui! Eu sou a dona daqui e ai de quem ousar a me desafiar!

— Talvez Sophye tenha se atrasado mãe... Não precisa ficar desse jeito por causa dela. Acalme-se!

— Me acalmar? Eu não estou nervosa querida... Eu só quero que sua irmã apareça logo. — Dou um sorriso.

Para sempre? ∞ CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora