Noite de diversão

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Salvar a galáxia dá sede. Os guardiões perceberam ao deixar Xandar.

"Tem um bar dois pontos de salto daqui", disse Rocket. "Eles não ligam para antecedentes criminais e essas coisas."

"Perfeito", Quill fez a nave entrar à esquerda, seguindo a rota indicada.

Nova Centauri disse que os registros foram apagados, mas isso era apenas uma formalidade, que não impedia as pessoas de se encolherem e sussurrarem quando cruzavam o caminho deles.

Gamora apreciara atitudes como essa no passado. O temor disfarçado de respeito fazia com que não a importunassem, pois todos sabiam quem seu pai era. Quer dizer, nem todos. Quill não sabia, e não se deixou intimidar até que ela mostrou ser perigosa por si só. Ele foi o primeiro a tratá-la como digna de respeito por sua existência e código moral.

Depois disso, não a agradava ser chamada de "filha de Thanos", título que seus irmãos e irmãs carregavam com imenso orgulho. Para Proxima e Corvus não havia esperança, mas para Nebula, que tanto sofreu nas mãos do pai cruel, se um dia se visse fora do alcance dele, seria a alma mais radiante já vista naquele quadrante. Gamora gostaria de libertar a irmã, assim como seus novos amigos a libertaram.

Quill estacionou perto de outros veículos. Estavam prontos para uma merecida noite de diversão. Drax chamou o lugar de "estabelecimento não respeitável", e acertou na mosca. Criaturas asquerosas de diversos mundos penduravam os corpos tortos no balcão e mesas de madeira. A música era de qualidade questionável, segundo Quill, mas o bar era bom.

Abastecido de bebidas de diferentes planetas, menos da Terra. Não é como se terráqueos viajassem para fora do planeta a fim de compartilhar as delícias locais. Quill ouvia histórias dos Skrulls, um povo que implantou com sucesso colônias na terra. Uma Skrull de alto escalão gostou dele, e ofereceu um lugar na base americana. Tentador, realmente tentador, mas ele gostava de ser saqueador. Agradeceu-a, e seguiu seu caminho.

Na época, Yondu já lhe dera liberdade para trabalhar sozinho e ficar com a maior parte do lucro. Honra jamais dada a um membro do grupo. Tinha dinheiro o bastante para formar sua própria facção de saqueadores quando foi preso pelos Nova.

Vinho asgardiano era realmente bom, não admirava que Odin gostasse tanto. Drax e Rocket se embrenharam em um jogo envolvendo drinques de Ascavaria. Para quem achava o lugar duvidoso, uma ideia como essa deveria ser duplamente duvidosa, mas Quill e Gamora não se encontravam em posição de julgá-los. Estavam ocupados descobrindo como olhos míopes funcionavam.

O bar, dividido em metades inconstantes, se movimentava normalmente. Uns poucos quiseram brindar os guardiões por seus feitos, o que foi aceito de boa vontade.

"Zabe, eu não conheci meu pai quando estapa na Terra", confessou Quill, a voz mais alta do que imaginava. "Mas eu mei um jeito."

"Que jeito?", questionou Gamora, às gargalhadas.

"Levava a foto para bodos os lados, e quando pergunavam, eu dizia que aquele homem na goto era o meu pai, mas ele elava fora da cidade, gravando a Zuper Máguina ou em uma turnê com a manda na Alenanha, com o carbo falante."

"Como era o nome do homem?"

"Zardu Hasselfrau."

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