The rise and fall of Peter Stark-Rogers

183 7 4
                                    

"AAAAAH! PAI! PAIÊ! PAAAAI! FRIDAY! TIA PEPPER! QUALQUER UM! SOCORRO!"
O pequeno Peter descia as escadas correndo, em direção à sala de jantar. Tony Stark franziu a testa. Provavelmente o projeto dele para a escola sofreu curto circuíto. De novo. Steve fez menção de se levantar, porém Tony o impediu. Lidaria com isso depressa e sozinho. Antes que Peter chegasse à porta, Tony o ergueu e caminhou até a sala de estar, não seriam ouvidos ali.
"O que aconteceu, filho?"
"O gatilho emperrou e saiu fumaça", o menino choramingou.
"FRIDAY, vá com Peter e ajude com o projeto. Eu e Steve podemos fazer isso sozinhos."
"Sim, senhor Stark."
"Agora Pete, preciso que me ouça com muita atenção: fique no seu quarto, sem fazer barulho, até eu e seu pai irmos lá, ok? Pode fazer isso?"

"Posso."
"Bom garoto", Tony abriu um sorriso.
"Quem são aquelas pessoas? O homem com tapa-olho e a moça...?"
"Depois, Peter. Agora vá. Para. O. Quarto."
O garoto foi, resmungando. Tony suspirou e voltou aos assuntos entediantes dos adultos. Preferia ajudar Peter com o lançador de panquecas a reabrir aquelas feridas, mas não tinha escolha.
"Onde estávamos?", perguntou Steve com naturalidade, como se nada tivesse acontecido.
Era uma das coisas que Tony invejava nele. A capacidade de ignorar algo completamente, era como se pudesse apagar da linha do tempo apenas com palavras.
"Richard Parker, cientista, assassinado em um voo junto a sua esposa e filho", disse Hill. "Bom, isso é o que está nos registros, mas nós descobrimos que o menino não estava no avião, e foi morar com os tios depois da morte dos pais."
Tony e Steve trocaram olhares. Sabiam o que estava por vir.
"E isso, assim como a morte de Peter Parker, é mentira, não é, senhores?", disse Fury, encarando-os.
"Olha, Nick, nós..."
"É bom ter uma boa justificativa, senhor Rogers."

"Veja como fala com meu marido", Tony rugiu ameaçador. "É bom lembrar, diretor Fury, que esta é a nossa casa e é você que está nos pedindo algo, não o contrário."

Fury bufou e se calou. Trabalhara muito duro na investigação, e não colocaria tudo a perder por meia dúzia de palavras mal ditas. Nem precisava olhar para Hill para ver que ela concordava. Os quatro respiraram fundo e recomeçaram.

"Oficialmente, Peter Parker morreu há dois anos, e três meses depois da data de óbito, 'nasceu' Pete Steve Stark-Rogers", disse Hill. Tony e Steve continuaram parados. "O que têm a dizer sobre isso?"

Eles trocaram olhares, como que perguntando: Você conta ou eu conto? Tony abriu a boca e falou tudo, sem nem pensar entre uma frase e outra.

"Depois que Richard e Mary morreram, ele foi para a casa dos tios, Ben e May. Depois de um tempo, eles ligaram dizendo que estavam com medo que gente do governo fosse buscar o menino, pois Richard fez experiências ilegais, usando como cobaia o próprio filho", Hill e Nick se espantaram. "Então pediram que o tirássemos de lá, inventariam uma história para os oficiais. Disseram que o garoto tinha morrido, e que todo e qualquer resquício do que Richard fez se perdeu."

"Tingiram o cabelo do menino, mudaram o nome... típicas medidas emergenciais de segurança.", disse Hill, cética.

Tony rolou os olhos. Ele e Steve tinham lutado tanto, pisado em ovos por tanto tempo, agora finalmente estavam em paz com Peter, ou qualquer que fosse o nome pelo qual tivessem que chamá-lo em público. Achavam que estavam a salvo de qualquer coisa que não fosse alienígena. Bem, Hill e Fury estavam ali para provar-lhes o contrário.

"Tudo bem. O que querem aqui, afinal?"

"Como você mesmo disse, Stark, Richard fez experimentos no filho. Queremos examiná-lo, ter certeza que ele não se tornará uma ameaça no futuro."

"Não", disse Steve, cruzando os braços. "Diferente de Loki, Ultron, ou qualquer outra pessoa que configure ameaça à vida na Terra, meu filho tem pais para ajudá-lo a controlar qualquer habilidade que desenvolva."

Stories of us allOnde histórias criam vida. Descubra agora