Pode piorar

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Ruth: O que significa isso Marília? Era esse o teu espairecer?!(confronta rígida assim que vê a filha em sua frente, se segurando em um dos móveis da sala)

Marília: Ma...mamãe...

Ruth: Olha teu estado! Não consegue se quer falar!! Onde vc anda com a cabeça hein?(resmunga ainda, porém agora já estava próxima o suficiente para ajudar a filha a se manter em pé)

Marília: Eu...eu só bebi umas a mais...

Ruth: Umas? Pelo amor de Deus Marília! Minha vontade é te dar uns tapas...

Marília: Cadê...cadê ela?(se embola tentado dar alguns passos até a escada, obviamente fazendo menção de ir para o quarto)

Ruth: Nada disso...cê não vai lá não! Se a Maraisa te vê assim...

Maraisa: Preocupa não que já vi coisa pior dona Ruth...(sua voz baixa e embargada demonstrava as lágrimas que enxugará a pouco, em seus olhos a tristeza e dor pelas imagens ilusórias em sua mente)

Ruth: Meu Deus minha querida...vc não pode sair da cama!(se assusta ao ver a nora em pé no alto da escada que dava acesso ao andar de cima, se apoiando nos corrimões)

Marília: Amo...amor...

Maraisa: Hoje não Marília, amanhã a gente conversa...se importa em dividir o quarto de hóspedes com ela dona Ruth?

Ruth: Claro que não meu amor, era isso mesmo que ia fazer...fica paradinha aí que eu só vou levar ela pro quarto e te ajudo tá?

Maraisa: Nenhuma dor vai ser maior que a do meu coração...vai lá ajudar sua filha, eu me viro por aqui...(com um sorriso tristonho para a sogra a gêmea se vira e com a ajuda das muletas caminha lentamente de volta ao quarto)

Ruth: Tá vendo o que vc fez Marília? Tá vendo o que as tuas atitudes infantis lhe trouxeram? Torce pra vcs conversam e a Maraisa te entender amanhã, pq sinceramente eu não entendo...(resmunga enquanto da uns puxões de orelha na filha, que por sua vez com a ficha caindo começa a ter noção das consequências)





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• Já sem dificuldades a mais velha consegue banhar a filha e a por pra dormir, após isso passou no quarto da nora e novamente seu coração se apertou ao ver a outra tão frágil, seu choro baixinho não passou despercebido.





Ruth: Desculpa por isso pequena...(sussurra adentrando o quarto e se sentando ao lado da gêmea)

Maraisa: A senhora não tem culpa de nada...

Ruth: Conversem amanhã sem brigas por favor...Marília não tem tanta moral pra isso, mas eu acredito no amor de vcs...

Maraisa: Ela vai ter que me explicar o que eu vi...eu não posso acreditar que ela teve coragem disso...que ela teve coragem de me trair...(seu soluço aumenta e de imediato braços carinhos a aconchegam)

Ruth: Eu não sei o que te falar...mas eu sei que a minha filha nunca amou ninguém como ama vc...talvez isso tudo seja imaturidade pra lidar com sentimentos...

Maraisa: Mas machuca da mesma forma...é horrível não conseguir confiar...desculpa dona Ruth...eu prometo que amanhã a gente conversa melhor e tenta entender, agora eu só quero descansar...

Ruth: Tudo bem...tenta dormir então meu amor...

Maraisa: Boa noite...

Ruth: Qualquer coisa me chama tá? Dorme bem...(sussurra enquanto deixa um beijo na testa da morena)






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• Em poucas horas os primeiros raios de sol já adentravam as cortinas do quarto da gêmea, seu rosto pálido e cheio de olheiras declaravam a noite mal dormida, porém assim que abriu seus olhos teve a visão da empregada já com seu café da manhã sob uma bandeja adentrando o quarto.





Renata: Bom dia dona Maraisa...Dona Ruth pediu pra lhe trazer cedinho...falou que não é pra vc tomar os remédios de estômago vazio...

Maraisa: Bom dia Renata...obrigada, e onde ela está?(resmunga baixinho ao se mover na cama e sentir algumas dores)

Renata: Bom...é...ela tá cuidando da dona Marília...(seu semblante meio preocupado atiçou a curiosidade da gêmea)

Maraisa: Só isso? Aconteceu alguma coisa que eu precise saber?(a encara levantando uma sobrancelha, a qual faz por segundos a mulher a sua frente sentir medo)

Renata: Eu não sei...

Maraisa: Renata?!

Renata: Dona Ruth disse que não era pra preocupar a senhora...(sorri aflita sem saber o que dizer)

Maraisa: Vai me preocupar se não falar o que está acontecendo...

Renata: É que a dona Marília acordou passando muito mal...a dona Ruth disse que achou que fosse da bebida que ela ingeriu na noite passada, mas não é...ela tava com muita falta de ar...e...(para de falar, pontuando se era necessário contar tudo o que aconteceu a morena)

Maraisa: E?(resmunga já tentando se sentar na cama, por mais que o estivesse muito chateada com a loira e toda a situação não poderia simplesmente deixar passar batido o que estava acontecendo)

Renata: Dona Ruth queria levar ela pro hospital...como ela não quis e o caso parece sério ela me pediu pra ligar pro médico de vcs...ele não pode vir mas mandou o filho, que estava de plantão no momento...

Maraisa: Ele já tá aí? Me ajuda a ir pro quarto dela, quero saber o que tá acontecendo...

Renata: Mas dona Maraisa...vc não pode ficar se mexendo tanto assim...

Maraisa: Se não me ajudar vou sozinha!

Renata: Tudo bem, desculpe...vamos lá!(com certo cuidado e receio a empregada guia a morena pelo corredor até chegarem no quarto de hóspedes, o qual estava com a porta fechada)

Maraisa: Dona Ruth? O que tá acontecendo aqui?(sua primeira visão foi a loira deitada sobre a cama com a respiração extremamente ofegante, algo lhe incomodava e não a deixava respirar normalmente, ao seu lado virado de costas a porta e vestindo um jaleco branco estava o médico examinando-a, e impaciente ao lado da cama dona Ruth)

Ruth: Oi querida...deixa eu te ajudar, vem até a poltrona...(rapidamente ajuda a gêmea a se sentar em uma das poltronas do quarto enquanto observavam o médico atendendo Marília)

Maraisa: O que ela tem?

Ruth: Uma forte crise de asma...não tá passando, resolvi chamar o médico já q essa teimosa não queria ir pra clínica...

Marília: Eu...eu...eu to bem!(cada palavra parecia uma sacrifico para sair da boca da mais nova, realmente sua respiração estava comprometida)

Dr: Não é o que parece senhorita...vou receitar uma outra bombinha para caso de urgências e um inalador, e como restrição, esta estritamente proibida de beber...(sorri anotando algumas coisas em o que parecia ser uma prancheta médica)

Ruth: Muito obrigada Rick...vou puxar as orelhas dessa mocinha já já...desculpe te atrapalhar no teu plantão, mas liguei para o Éron e ele não tava na cidade...(sorri agradecendo o médico que agora estava voltado a si, sorrindo grandemente)

Maraisa: Rick?!(sussurra baixinho espantada com a visão à sua frente, os cabelos loiros, a voz perfeita e aquele sorriso que a algum tempo atrás foi diversão de uma noite de balada)

Dr. Rick: Uau...morena...quanto tempo!(seu sorriso só aumenta ao olhar de lado e observar a morena espantada com sua presença ali, por segundos flashs se passaram em sua mente, e relembraram sua melhor transa no carro...agora Marília e dona Ruth olhavam a cena sem entender)








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Fala galeuraaaaaa!!!
Eita que não deu mais briga mais tem mais confusão por aí, ou não né lkkk desenterrando o passado kkkk

Até breveeee!!!

Aprendendo a viver...Onde histórias criam vida. Descubra agora