Capítulo 6

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Fabio

Foquei em apenas voltar para casa, era distante e digamos que eu tinha gasto muita energia com ela, a dor nas costas melhorou muito, sei lá o que ela fez, só voltou a doer quando estava praticamente em casa, cheguei sujo, cansado e podre, mas com um sorriso de orelha a orelha, orgasmos fazem tão bem...

Passei o fim do dia descansando e pensando no que fazer na empresa, to de saco cheio, já entendi, tem alguém querendo me fuder, mas pq? Caralho, não faz sentido e o pior quem? Na segunda feira resolvo ir ao financeiro dar uma conversada, o responsável lá, o cara que sempre considerei meu amigo, percebi que tava escondendo alguma coisa, tentando me enganar, não sei, entrei no sistema do financeiro pela minha sala depois e engraçado, constavam pagamentos pra empresa de manutenção, ou seja eu paguei, mas quem recebeu? Chamei a estagiária na minha sala, ela é novata e eu sei que o Juca é fresco demais pra guardar um papel então obriga todos os estagiários a fazer arquivo.

- Luana, tudo bem?

- Sim e o senhor?

- Não precisa ficar nervosa nem nada, não te chamei pra dar bronca não, pelo contrario – vejo que ela da uma suavizada na expressão, estava com medo – quem foi que te indicou mesmo?

- A Cris – então posso confiar

- É você que está fazendo o arquivo do financeiro né?

- Sim – deu pra ver que ela odeia, afinal quem gosta?

- Separei alguns pagamentos aqui – ela não precisa saber do que se trata, mas tem vários fornecedores que andaram me ligando a respeito de pagamento e que constam pago – você pode me trazer os comprovantes? Mas não quero que ninguém saiba que te pedi isso, vou tirar o Juca da sala pra você procurar em paz – percebi que ela quer me dizer uma coisa – você tem alguma coisa pra me contar né?

- Seu Fábio, esses comprovantes não existem, eu nunca arquivei nada dessas empresas que o senhor pediu. E tem mais uma coisa

- Fala

- Por favor me tira daquele setor

- Senta e me explica tudo Luana

- É que – ela começou a chorar – o Juca, ele...

Esse choro tá em parecendo uma coisa.... - Ele te assediou?

- Sim

- Quantas vezes e quando?

- Não sei, ele sempre vem com alguma gracinha, mas ontem...

- Ontem?

- Ele tentou me agarrar

- Como você não tem provas não posso dar assedio sexual nele, pra você tudo bem se apenas ele sair da empresa?

- Sim, eu tenho namorado, não quero que ninguém saiba

- Está bem, agora me conte o que mais você sabe

- Ele vive no telefone, planejando festas, até comprou carro novo, eu sei que ele ganha bem, mas me assusta, já vi ele rasgar documentos no triturador, mal chegou o boleto ele tritura, a única coisa que eu arquivo que ele paga certo é a folha de pagamento e o FGTS, o resto... faz dois meses que estou aqui e....

- Já entendi. Por hoje você vai pra casa, se acalme aqui a vontade, vai no banheiro se precisar, é naquela porta alí, eu peço desculpas por tudo isso, eu nunca soube de nada assim dele. Amanhã você volta mais tranquila, ele não estará aqui e eu vou precisar de você comigo.

- Sim senhor.

Ela vai ao banheiro e saio da sala, falo pra Cris ir ficar com ela, não queria deixa-la sozinha mas tenho que correr agora. Vou em todos os bancos aonde tem contas da empresa, bloqueio todos os acessos e crio novos que apenas eu sei a senha, todos os agendamentos foram suspensos, levei o dia todo, quando estava no primeiro banco mandei a Cris bloquear os acessos dele na empresa, mas fazendo parecer um erro de login, que teria que chamar o técnico, mas depois soube que ela fez melhor, mandou a Luana cortar o cabo do servidor dele, assim ele que é fresco não mexeria em nada até esse tal de técnico vir. Liguei no escritório de contabilidade, fazer a rescisão imediata, no caminho de volta fui buscar; vou manda-lo embora como uma dispensa comum, sem justa causa nem nada, prefiro arcar com o prejuízo, fiz um cheque da minha conta e depositei na conta dele, paguei todos os encargos dessa demissão e voltei a empresa, estava na hora de fechar.

Entrei no financeiro, só estava ele, menos mal, o acompanhei até o carro pra dar a noticia, assim que ele saiu da empresa o segurança nos seguiu, o parei e falei da demissão, ele quis brigar comigo, mas a empresa é minha, pagando os valores corretos eu mando embora quem quiser.

No dia seguinte o trabalho seria ainda maior, a Luana e a Cris passaram o dia falando com fornecedores e cruzando as contas bancárias, até na sexta feira levantaram o rombo, mais de duzentos mil reais desviados. Juntei todos os documentos e levei a justiça, mesmo que demore ele vai ter que pagar; tenho uma casa de aluguel, um conhecido queria comprar, a vendi pelos mesmos duzentos e cinquenta mil da divida já que teriam juros, fui ao banco e quitei todos na boca do caixa, a Luana lançou tudo em um dia e junto a tudo isso a efetivei como analista e com um salario muito maior, a Cris vai ajuda-la no começo, mas sinto que vai dar certo.

Com esse problema a menos as meninas foram olhar quais outros problemas estavam tendo na empresa, muitos eram por falta de pagamento, mas agora está tudo certo, regularizamos tudo e assim consegui seguir em frente.

Isso é, tirando a parte que nem quinze dias após a demissão ele me acionou na justiça pedindo sabe se lá o que de direitos trabalhistas, nem quis ver, passei pro advogado que já está cuidando da outra causa e ele que resolva

Quando dou por mim faz quinze dias desde que conheci aquela mulher, mal nos falamos durante esse tempo, eu não estava com cabeça mesmo, achei melhor testar terreno... uma simples mensagem

- Oi moça 

Do portão pra camaOnde histórias criam vida. Descubra agora