A Killer Between Us [História Concluída]

004 - Interrogatório

"Quando você me disse que iria embora
Eu senti que não podia respirar
Meu corpo dolorido caiu no chão"
— So Cold; Ben Cocks

Pov's Felipe

Ouvimos batidas na porta e Gabriel abriu, eram Policiais

— Vocês precisam vir com a gente, agora — ordenou um deles e ao perceber nossos olhares confusos explicou a situação.

"Otávio Ugá foi vítima de um assassinato"

Essas palavras não saiam da minha cabeça por nada, fui o primeiro a ser levado para o Interrogatório

— Olá, sente-se. Aceitaria uma água? —  perguntou o oficial Andrews e eu assenti — Vou te fazer algumas perguntas e quero que seja 100% sincero. Conhecia a vítima a quanto tempo?

— Mais ou menos a 9 anos

— Tinha uma relação estável com a vítima?

— Sim, eramos bem amigos

— Pelo que me disse, são amigos a bastante tempo. Você se recorda de alguma briga feia que a vítima tenha tido com você ou com algumas das pessoas sentadas lá fora? — ele se referiu aos meus amigos

— Bom, se me lembro bem, a alguns anos ele teve uma briga extremamente feia com Bruno Corrêa, saíram no soco e ficaram um bom tempo sem se falar, mas isso foi a 4 anos

— Certo, além disso. Você sabe se ele tinha envolvimento com algum tipo de Droga? Por que se esse for o caso ele pode ter sido morto por conta de dívida

— Não, pra ser sincero nunca vi ele consumir nada ilícito e não somos daqui, estamos aqui a viagem, quer dizer, apenas eu, Bruna, Bruno e ele vivemos no Brasil, o outros vivem aqui mesmo — eu disse e ele apenas assentiu enquanto anotava algo

— Algum dos seus amigos que vivem aqui, é usuário de drogas?

— Pelo fato de convivermos pouco um com o outro e apenas nos falarmos por internet na maioria das vezes, eu não sei se vou dar uma resposta certa mas posso afirmar que meu irmão, Luccas Neto, já teve envolvimento com bebidas no passado, quando ele ainda vivia no Brasil junto comigo e minha família, mas Graças a Deus ele venceu isso e hoje não consume nenhum tipo de bebida de maneira descontrolada

Ele continuou a fazer perguntas e cada resposta que eu dava, ele anotava algo, o que despertou uma certa curiosidade em mim. Depois que sai da sala do interrogatório esperei pelos meus amigos, passamos o dia todo lá, cada um ficou mais ou menos 1h30min sendo interrogado e presumo que as mesmas perguntas foram feitas, o último a ser interrogado foi a Mirela e depois disso seguimos para casa, iríamos passar um bom tempo em Orlando porque não sabíamos quando o caso seria solucionado e não podíamos sair dos Estados Unidos em hipótese alguma

Dia seguinte

Acordei e fui direto ao quarto de Bruna para ver como ela estava

— Amor, tá tudo bem? — perguntei dando leves batidas na porta antes de abri-la lentamente, ela não estava lá

Fui até o quarto de Bruno, ele já estava acordado mas continuava na cama

— Sabe onde a Bruna tá?

— Saiu com a Jessi e a Mirela, foram esfriar a cabeça... Devíamos fazer o mesmo, ou pelo menos tentar — ele fez mais uma pausa e suspirou — a gente não pode parar de viver por causa disso, eu sei que é difícil viver com isso, saber que qualquer um de nós pode ter matado ele

— Eu sei, é que ainda parece que não caiu a ficha sabe? — ele assentiu — Mas vamos chamar os garotos, a gente pode ficar aqui em casa mesmo, jogando vídeo game ou até mesmo ir no shopping, no cinema

— Aproveita que você já trocado e chama eles, eu vou me trocar. Podemos ver It: A Coisa 2? Já lançou aqui

— Ótima escolha — respondi enquanto mandava mensagem no nosso grupo