Eu queria chorar, assim como abraça-la. Mas as lágrimas não desciam mais.
— Renee... Tenha cuidado... Ela não é mais a... Você sabe... - Sarah segurou meu braço assim que eu me movi para ir até Raven.
Meu coração se apertou ainda mais ao vê-la daquele jeito. Raven estava nos encarando sem expressão alguma, estava parada, apenas lá sentada sem se mexer.
- Quer que eu faça isso? - Sarah apertou gentilmente meu ombro.
— Não... E...eu consigo... - eu destravei a arma aflita.
— Renee... Vai ser difícil. Eu posso...
— Não... Ela era minha amiga, Sarah... Ela... - um nó se formou em minha garganta.
Memórias lindas preenchiam minha cabeça, uma após a outra. Raven fora uma de minhas melhores companhias nos últimos anos.
— Raven eu... eu sinto muito...Eu amo você... ‐ minhas mãos tremiam. — Sou eu a Renee... Por favor responda se ainda estiver aí...
— Renee... Sei que é difícil, mas você tem que fazer... - continuou Sarah, eu sabia que ela tinha razão, mas era Raven. A minha Raven.
- Raven... Se lembra de mim? Sou a Renee...Eu ... - dessa vez ela se mexeu e olhou para os lados como se estivesse confusa. Até que descansasse os olhos em nós duas novamente.
— Depressa, Renee! - Sarah gritou vindo pra cima de mim para pegar minha arma e eu fechei os olhos com o dedo no gatilho.
— Ok! - gritei entre lágrimas.
— R...Renee?- escutei uma voz baixa e então eu abri os olhos.
Era a voz dela. Era irreconhecível.
— Raven? - respondi, ainda segurando a arma mirada para ela.
— Renee? Renee, é você mesmo? - era Raven, ela estava falando comigo.
— Oh meu Deus... - Sarah falou boquiaberta. — Essa foi por pouco...
— Raven?! Droga! - ajoelhada, deixei a arma de lado e segui até ela e depois de conferir se ela era real, a abracei como se minha vida dependesse daquele abraço. — Que alívio... Meu Deus, que bom que você não está morta... Não é um deles... - as lágrimas desciam compulsivamente.
— Não... Eu me lembro de ter corrido até aqui e depois cair e acordar agora com essas caixas em cima de mim...
— Eu ia atirar em você... Eu ia... Desculpa.
— Em mim?! Por que?! - ela recuou assustada.
— É uma longa história... Eu explico depois. Primeiro, de onde é todo esse sangue? - limpei minhas lágrimas, meus olhos ardiam.
Ela se examinou e suspirou cabisbaixa. Eu temia que a bibliotecária tivesse se aproveitado e a ferido enquanto estava desacordada. Eu esperava que ela não estivesse.
— É do Nolan... - revelou — Eu o feri bastante com um pedaço de vidro... Eu nem sei se ele está bem, mas ele me atacou, estava esquisito, eu não podia fazer nada a nãoser me defender. - começou a chorar.
— Calma... está tudo bem, você não teve culpa de nada. - eu coloquei a mão em seu ombro. — Acreditaria se se eu falasse que ele já estava morto quando o feriu?
— Morto? Como assim? - seu olhar era pura confusão. — Como estão os alunos? Eles estão bem?‐ continuou me enchendo de perguntas. Eu não conseguiria responder todas, ela precisava ver. — Antes do Nolan tentar me agredir, os alunos estavam brigando feio, se machucando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Infestação Zumbi (Origens)
TerrorRenee uma garota de dezessete anos apaixonada por rock e armas. Achava sua vida um tanto complicada, já que o mundo parecia estar contra ela, principalmente depois que teve sua primeira decepção amorosa. Conhece Ray, um badboy que se achava a última...