A lua já estava alta no céu quando Erik e Tayler foram dormir. Os outros já dormiam mas havia dois soldados de sentinela. Erik entrou em sua tenda e olhou para Serena. Ela dormia tranquilamente. Lembrou de repente que ele próprio dormira tranquilo durante três noites seguidas. Estranhou. " O que isto significaria?". Olhou novamente para ela e o espaço vazio ao seu lado. Se aproximou e deitou. Aos poucos seu corpo foi relaxando até não conseguir mais manter-se acordado. Então dormiu.
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Acordou ouvindo o trotar de muitos cavalos. Levantou de um salto e pegou sua espada. Olhou para Serena que ainda dormia e saiu para fora.
- Erik Armstrong!! Sou Arthur, filho de Albert, do Clã MacLaren. Vim buscar minha prima Serena. Sei que ela está aqui pois vi um dos nossos cavalos.
- Sei quem você é. Mas não vai levar sua prima. Ela ficará sob minha proteção até o casamento.
Tayler neste momento se aproximou e se pôs ao lado de Erik.
- O que é isto?! Por acaso ousam contestar o meu direito sobre Serena?Sou um dos tutores dela, tenho o direito de levá-la comigo.
- Seu direito acabou no momento em que o rei á deu para mim. O único tutor dela agora sou eu.
Arthur se sentiu encurralado. Mas não se deu por vencido.
- Ela ainda não é sua esposa, Erik. Você a desonra mantendo-a ao seu lado.
- Desonrada ela estaria se permanecesse sob o mesmo teto junto ao seu agressor.
Arthur ficou lívido. E isto não passou despercebido a Erik.
- Onde está Albert? Ele quem deveria estar aqui.
Arthur ficou inquieto em seu cavalo. Ele se perguntava o que diabos estava acontecendo alí. Era como se aquele homem soubesse da verdade. Mas Erik, realmente já sabia o que se passava alí. Neste momento,Serena aparece diante de todos desnorteada e assustada. Erik se posta na frente dela.
- Calma. Me chamo Erik. Sou o seu noivo.
Ela o abraça forte fazendo com que o coração de Erik ficasse acelerado. Então ela viu Arthur. Tornou a abraçar Erik com mais determinação.
" Por favor, não quero voltar. Não deixe que me leve. "
Erik ficou extasiado. " Essa voz!! É ela!! Por Deus, é ela.
Serena começou a se agitar. Como ele lhe entenderia se ela não podia falar? Erik por sua vez não demonstraria diante de todos sua capacidade de ler mentes. Colocou de lado as emoções que lhe exigiam a morte de Arthur. Teria que ser mais esperto que todos alí. Erik sentiu o aperto desesperado em seu corpo. Olhou para Serena. Sua expressão era de pânico.
- Serena!! _ Gritou Arthur, demonstrando estar fora de si. -Venha comigo imediatamente!!.
- Você não irá. Fique calma. _ Falou com a voz branda. Mas seu coração estava agitado.
Com a paciência esgotada, Arthur desceu do cavalo caminhando até Serena á passos largos.
- AFASTE - SE!!! _ Bradou Erik empunhando a sua espada.
Os soldados de Arthur se prontificaram em sua defesa. Iriam travar uma luta quando a voz de Albert se fez ouvir.
- PAREM!!!
Todos se voltaram para o homem imponente em seu cavalo. O emissário do rei e um padre o acompanhavam. Albert desceu do seu cavalo com o maxilar travado de raiva. Aquilo estava indo longe demais. A obsessão do seu filho por Serena o colocaria em má situação diante do rei. Albert se aproximou de Serena lançando um olhar mortal sobre Arthur. Ele não se intimidou com isso. Ao ver o estado em que Serena se encontrava, Albert concluiu mais uma vez o quanto foi negrigente. Abraçou-a com ternura.
- Peço-lhe perdão por não haver lhe protegido como deveria.
Serena olhava compadecida para seu tio. Ele não tinha culpa. Ninguém tinha culpa. Arthur era o único culpado. Lágrimas rolaram pelo seu rosto. Então segurando as mãos de Albert levou-as ao rosto. Este gesto significava, que ele não deveria se culpar.
- Vejo que você tomou a decisão certa por vir em busca do auxílio do seu noivo.
- Ela assentiu. Em seguida Albert olhou para Erik.
- Trouxe o padre Jacob para oficializar o casamento. Achei que mediante os fatos, você talvez quisesse Afastá-la do lugar que lhe causou tanto sofrimento.
Mesmo sabendo que suas palavras foram sensatas ele as proferiu com imenso pesar.
- Lamento dizer. Mas você achou certo.
Albert assentiu triste. Serena também estava triste. Nunca passou por sua cabeça que o dia do seu casamento se compararia a um funeral. Embora seu coração estivesse saltitando de alívio seu rosto demonstrava o contrário. Talvez fosse por sentir pena do seu tio. Ou talvez por uma pequena dúvida estar dentro do seu coração. " Como será a minha vida ao lado de Erik? '. Esta era a dúvida que a inquietava desde que soubera que iria casar. Erik ouvia extasiado aquela doce voz. Seus medos e seus receios ele sentia e os entendia. " Nunca a magoarei. '. _ Pensou convicto. O padre Jacob por fim se aproximou dos dois e diante do emissário do rei e dos demais, oficializou o casamento. Arthur que até então não mais se pronunciara montou em seu cavalo e seguido pelos seus soldados, partiu em disparada. Discretamente Tayler sussurrou próximo a Erik.
- Para quem fez tanto alarde uma saída inesperada é no mínimo estranha. Não acha?
Erik não respondeu de imediato. Passou a observar todos que pertenciam ao Clã MacLaren. Os pensamentos de todos alí presentes era unicamente a favor da felicidade dos recém casados. Seus olhos buscaram por Serena. Ela estava em um canto á parte. O jeito meigo, doce e ao mesmo tempo assustado que ela tinha o atraía mais ainda para ela. Com certeza Arthur sentia o mesmo que ele em relação á Serena e consequentemente como ele próprio, faria o possível e o impossível para tê- la ao seu lado. Sem desviar os olhos de Serena, Erik por fim, respondeu ao amigo.
- Sim. Muito estranho.
Erik não disse. Mas ele sabia o por quê de Arthur haver se retirado. Ele teria agora o dever de proteger não uma estranha mas a sua esposa o seu verdadeiro amor.
Leitores irei criar o capítulo sete. Se houver demora para postar adianto desde já o por quê. Eu não quero criar uma história sem emoção e sem sentimento. Eu quero que vocês sintam o que eu sinto. EMOÇÃO.
Obrigada por estarem compartilhando - a comigo. Beijos,👄👄👄👄💖💖💖
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Amor Sobrenatural
RomanceSerena vive sendo afligida pelo seu primo Arthur, desde a sua infância. presa em seu próprio mundo onde só há silêncio, como ela poderia pedir ajuda? Quem a ouviria?!!