a platéia cortou os cordões

138 11 3
                                    

Foram sorrisos verdadeiros e lágrimas que pediam atenção que me clamavam o olhar. Eu cavei um buraco no canto da sala, escondido entre velharias e lembranças sóbrias de mais para terem importância.

Lá cavei um buraco livre de peso, coberto de miséria pra eu me afugentar sem temer a vergonha... 

Eu sou uma foragida da minha própria história, um cowboy no deserto do meu amor ressecado, uma sereia que seduz a vontade da morte para seu lar e uma abelha tentando seguir o movimento das outras numa necessidade fúnebre de sobreviver.

As esquinas contem as mãos dos homens, as fábricas contém o sangue e vidas inteiras... A natureza contém a essência e a destruição.. a mão dos homens. E eu fui tocada, amordaçada, levada e devolvida pelos homens! pelas suas mãos e pelas suas mentiras, pelas verdades e histórias eu fui convencida de que o mundo é lar mas também de que a humanidade não vale a pena.. a triste pena que caiu sozinha de um anjo arrependido. Minhas mãos me assustam e os meus segredos me custaram a busca da esperança. os olhos cheios de penas de anjos diversos, me mostraram o quão minimo sou entrando e saindo de uma camada de amores mordidos, degustados, e depois cuspidos. controlada por quem?

Poesias de MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora