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Tanto de algo
Latejando a cabeça
Tapando-me a boca com trapos
De um vestido que era meu
Dançava sozinho no vento da noite
E decidiu me trair
Tendo a liberdade que tem um chicote
Na mão de quem não merece sorrir
Vem descalço na meia noite
Finge que teu Deus existe
E pede perdão a mim
Fica pelas certezas que tem
Ao não aceitar seu destino egoísta
Ao abraçar seu coração simplista
E materializar seu sexo frígido

Poesias de MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora