A Courting.

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— Eu vou te matar! — berrei para Sabrina há plenos pulmões depois que fomos liberados para o “coquetel” de interação dos pares formados na união.

Não podia simplesmente acreditar que depois de dezoito anos de uma proteção quase impenetrável, Satanás tinha me deixado na mão justamente quando eu mais precisei. Saí puxando a loira para dentro do quarto, dando a ela nenhuma chance de comemorar seu plano de ficar com o Nick, estava literalmente muito próximo de um colapso nervoso.

— Hermione, respire! — ela me alertou, agitando as mãos fazendo gestos de como se o ar tivesse saindo, observando provavelmente minha dificuldade de botar o ar para fora.

Respirei fundo. Muito fundo. Eu precisava me acalmar, precisava porque eu tinha que ter um plano para esconder o corpo da Sabrina, sim, eu iria matá-la.

Contei até dez mentalmente e de olhos fechados, para evitar olhar para a pessoa culpada da minha mais nova desgraça, quando os abri, a Spellman me olhava cheia de receio.

— Estou com medo de você. — ela confessou apavorada, eu sorri de forma sombria.

— Tem razão em estar. — amendontrei, e percebi ela estremecer no lugar.

— Mione… — pediu, as mãos juntas na frente do rosto e seus olhos de avelã suplicando pela vida.

Outra vez, respirei fundo.

— Spellman, eu te odeio tanto! — exclamei batendo o pé como em rendição e a loira soltou o ar aliviada.

— Nem sei o que dizer, Mi. — ela falou encolhendo os ombros — Lamento mesmo.

— Eu é que estou lamentando. — disse a ela soltando o ar devagar sentindo toda aquela ira ir se acalmando dentro de mim. — Ele vai me infernizar. — falei recordando o quão desagradável Draco era, e em como ele ia dar tudo para me tirar do sério.

— Vai mesmo. — concordou a loira, e eu percebi um tom  de sarcasmo em sua voz.

— Sabrina! — repreendi, lançando a ela meu melhor olhar perigoso.

— Realmente lamento que tenha que passar uma noite de depravação com Draco Malfoy por minha culpa. — a esse ponto ela não podia mais esconder a risadinha. Semicerrei meus olhos em sua direção.

— Não brinque comigo, ainda posso querer matar você. — alertei perigosamente, ela apertou os lábios uns nos outros para não sorrir.

— Okay, homicida — ela enrolou seu braço no meu — Vamos voltar para o Salão para aproveitar o resto do coquetel.

Engolindo a ira que havia subido pela minha garganta, caminhei com ela de volta para o tal coquetel.

Quando retornamos, Sabrina largou-me para ir falar com Nick e eu aproveitei para me servir de ponche, rogando que o mesmo possuísse teor alcoólico suficiente para que eu me esquecesse sobre o que se ganha por ajudar pessoas que amamos. Tudo bem, sei que a culpa não é da Sabrina se infelizmente tenho que me misturar com Malfoy, mas foi ela que me arrastou pra isso, então ela tem sua parcela em tudo isso. Servi-me da bebida, e para meu desgosto não tem álcool. Inferno!

—  Achei você! —  escutei aquela voz arrastada e senti vontade de me afundar no chão e não voltar nunca mais. — Se escondendo de mim, amor? — Draco perguntou e virei-me para encarar sua expressão de deboche.

— Não me chame assim, seu ridículo. —  disse olhando para ele com cara de asco —  E desfaça esse sorriso estúpido da sua cara de fuinha, não vai rolar nada entre nós.

Lupercália - Multiverso Dramione.Onde histórias criam vida. Descubra agora