O nascer de um dia sombrio Capítulo final.

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Enquanto o carro acelerava, corri o mais rápido para lhes alcançar, porque não poderia permitir que levassem S/N de mim. Aquela gente estranha não parecia do conselho tutelar, ou seja, eu sentia cheiro de problemas.

Sempre soube que havia algo estranho com a pentelha, ela era muito estranha para uma menina de seis anos, suas conversas e forma de agir, parecia de alguém mais velho. Também tinha aquele lance com a omma, como se as duas tivessem um segredo juntas.

Já estava sem fôlego e era impossível alcançar um carro em movimento, foi aí que vi uma moto de entrega. Puxei o cara de cima, que protestou, mas era tarde, eu acelerei aquela coisa velha.

O trânsito não estava muito favorável, porém cortei entre os carros e para minha surpresa, os cretinos tomaram o rumo da estrada de terra. Se bem eu soubesse, aquele não era o caminho para o conselho tutelar.

Persisti seguindo eles, que ao notarem a perseguição, um deles colocou o corpo para fora, quando vi uma arma apontada para mim. Tiros foram disparados na minha direção, o que me fez adentrar o matagal, praticamente os perdendo de vista.

As coisas estavam começando a se encaixar na minha mente, o passado de S/N era sombrio e envolvia gente perigosa. Claro que eu simplesmente não iria cruzar os braços e deixar minha irmãzinha com aqueles bandidos.

Acelerei aquela velharia até o fim da estrada, então me deparei com algo bizarro... era um armazém no meio do nada, mas que estava cercado por homens de preto. O tempo estava se fechando, dando um ar macabro naquele lugar, arrepiando os pêlos do meu braço.

Que lugar é esse?

Desci da moto e vi aqueles mesmos homens e mulher, arrastando S/N para dentro do armazém, então dei a volta para encontrar uma entrada segura.

Havia uma escada nos fundos, que dava acesso a parte superior do armazém e estava sem segurança, então subi a fim de descobrir o que era tudo aquilo. Tomei cuidado para não me ouvirem, mas eu sabia que não tinha chance com aquela gente.

S/N foi arrastada por aqueles homens e quando vi o que havia naquele armazém, franzi o cenho, pois parecia até cena de filme. No centro havia um tipo de altar, no caso eram dois, feitos de pedra.

De cima pude ver desenhos pintados de vermelho ao redor dos altares e pareciam símbolos satânicos, me deixando ainda mais arrepiado. Em um dos altares tinha uma garota vestida de branco, deitada com os olhos fechados, como se estivesse morta, porque sua pele estava muito pálida.

A cada segundo sentia que aquela gente era de alguma seita maligna, porque o ar era macabro. Velas estavam acesas ao redor, enquanto homens usando mantos negros rodeavam os altares.

__ Grande sacerdote, finalmente encontramos a Himia! _a mulher dirigiu a palavra a um homem que diferente dos outros, estava vestido com um manto vermelho vivo.

__ A lua sabática se aproxima e o mestre nos aguarda. _o homem respondeu, então virou para S/N, que se debatia. __ Foi muito esperto da sua parte, transferir sua alma para esse corpo humano. _franzi o cenho.

__ Vai se ferrar, seu velho escroto!! _a pequena xingou, fazendo com que o homem de vermelho risse.

__ Himias por natureza deviam ser submissas e inocentes, mas você, você beira a loucura, por isso foi expulsa do clã? Que perigo, deixar uma Himia virgem sozinha.

__ Quero que vá tomar no rabo, seu nojento!!

__ Se está tentando se impurificar para não cumprir seu destino, não vai adiantar, porque precisamos do seu corpo virgem, sua língua podemos cortar! _arregalei os olhos, então rapidamente procurei nos bolsos o celular, precisava ligar pra polícia.

Inesperado (TaeYong)Onde histórias criam vida. Descubra agora