Inferno é um lugar?

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 AUTORA

Regina chegou ao hospital desacordada e logo foi atendida. Os médicos de plantão fizeram todos os procedimentos na morena, mas a mesma teve uma parada cardíaca. Enquanto Emma estava ao lado assistindo tudo paralisada e chorando, ela não podia perder Regina.

- Por favor salve minha amiga! – Ela gritava em meio ao choro.

- Tirem-na daqui! – Uma das médicas gritou.

- Não! Eu quero ficar! – Se debate no braço do enfermeiro até se soltar e ir até Regina. – Por favor, Gina! Não vá sem mim, eu te imploro! – Pediu passando a mão sobre o rosto dela.

- Okay! Agora tirem-na daqui! – Ordenou mais uma vez a doutora.

“Quando você quer fazer algo assim você não deve pensar, você deve apenas fazer.”

As palavras de Regina voltaram à mente da loira que voltou a chorar.

- Deus, se você existe não a deixe morrer, por favor! – Pediu de olhos fechados.

🌙

Emma estava andando de um lado para o outro esperando informações de Regina até que ela vê uma das médicas saindo da sala.

- Precisamos mudar o paciente para... – A médica começa a dizer para a recepcionista e Emma se aproxima.

- Desculpe-me doutora... – Ela começa a dizer.

- Um minuto por favor! – Interrompe a médica.

- Doutora, como a Regina está? Ela deu entrada há pouco. – Emma questiona e só aí a médica a olha.

- Ela está bem, nós a salvamos para que ela possa sair e tentar suicídio novamente. – Joga as palavras em Emma. – Posso perguntar-lhe o que há de errado com ela? Ela teve uma briga com alguém? Perdeu emprego ou foi traída? Deve ser algum motivo estúpido como esse, não é? – Espera a resposta de Emma.

- Não fale do que você não sabe! – Emma responde com raiva.

- Então todo problema ela vai querer se suicidar? Vocês crianças não valorizam a vida. – Ficam em silêncio até ela olhar além de Emma. – Olhe aquele homem. – A loira olha para trás e avista um homem numa cadeira de rodas, sendo empurrado pela esposa e em seu colo estava sua filha, rindo. – Ele tem um câncer terminal, sofreu quatro cirurgias e ainda quer viver. Então sua família continua sorrindo. Infelizmente não vamos conseguir salvá-lo. E aquela que salvamos não quer viver. – Ela volta a olhar para Emma. – O que há de errado com vocês, crianças? Por que não entendem que quando alguém morre não morre sozinho? – Emma abaixa o olhar. – Com licença.

Depois de visitar Regina, que dormia profundamente, Emma voltou para casa, tinha que tomar banho, pegar alguma roupa para a Mills e voltar para o hospital. Esperou o dia amanhecer por completo e às nove da manhã a loira retornou ao hospital.

Ao entrar no quarto havia uma enfermeira trocando a medicação e Regina ainda dormia. Emma se encostou na porta quando a profissional saiu e ficou observando Regina até decidir se aproximar. Sentou-se na cadeira ao lado de Regina e pegou sua mão. Seus olhos foram no pulso da mais nova e viu várias cicatrizes no local.

Apague todas as suas marcas

- Eu te Prometo que a partir de hoje eu vou cuidar de você, Regina. E nada nem ninguém vai te machucar porque eu não vou deixar. – Emma diz e beija sua testa.

EMMA

- Olá, pequeno gafanhoto! – Digo ao ver Regina abrir os olhos.

- Você ficou aqui comigo? – Foi o que ela me perguntou.

Uma Vida em Vinte DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora