Capítulo 5

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Oi, gente! Tudo bom com vocês? Mais um capítulo de A Duquesa de Benevento <3 Espero que gostem. Hoje foquei mais nos laços de Gisela com as pessoas do ducado. Mas o capítulo que vem tem muita sordidez (hihihi) e já aviso que possa ter alguma cena mais madura, então fiquem espertos! Avisarei quando for a hora, de qualquer forma. Não deixem de comentar e de votar para divulgar essa história. Obrigada por todo o apoio de vocês e aproveitem!

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Gisela amava o verão.

Havia algo de nostálgico no cheiro do sol esquentando sua pele, no verde vívido das folhas das árvores e na forma como as borboletas dançavam em sincronia. Tudo isso a fazia lembrar de quando era criança. Ela, sua mãe e as damas de companhia passeavam pelos campos do lado de fora da cidade de Guise, sem nenhuma preocupação. Às vezes, Carlomano as acompanhavam e brincava com Gisela até a menina cair de exaustão.

Entretanto, essas eram apenas memórias distantes, porque a realidade era que Gisela não era mais uma criança despreocupada, e sim uma mulher casada, presa dentro de um castelo, tentando fazer Flavius, seu enteado, parar de se esconder de sua ama-de-leite. Aquela não deveria ser a sua função, estava certa disso, mas seu marido a tinha designado como educadora de seu filho. Portanto, não havia nada a ser feito, a não ser procurar pelo menino.

Desde a festa de aniversário de Flavius, dois meses antes, Gisela evitara se aproximar da criança e principalmente do Duque. Havia parado de escrever-lhe cartas e de correr os olhos pelo pátio a sua procura sempre que ele estava em Benevento. A humilhação ainda doía em seu peito e fazia sua pele esquentar quando se lembrava do anúncio de Julius em meio à toda a corte.

Mesmo assim, Gisela não conseguia se fazer de cega para as necessidades do pequeno Flavius. Por mais que, por dias seguidos, ela tivesse rezado pela sua morte, a princesa não conseguia apagar de sua mente o trecho da Sagrada Escritura que Sicardo a ajudara a escrever meses antes: (...) Si habuero omnem fidem, ita ut montes transferam, caritatem autem non habuero, nihil sum. (...) Caritas omnia suffert, omnia credit, omnia sperat, omnia sustinet.

Mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. A caridade tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Se ela não aprendesse a seguir a palavra divina e ser caridosa com quem mais precisava, do que adiantaria sabê-la? Do que valeria rezar todas as noites antes de dormir? Havia discutido esse assunto com o escrivão e chegado a essa conclusão.

Porém, cuidar de Flavius requeria grandes doses de caridade. O menino era rebelde e, para piorar, muito veloz. Tinha apenas quatro anos, o que significava que ele era bastante esperto para explorar o castelo e pequeno o suficiente para se enfiar nos lugares mais inacreditáveis.

— Alteza! — chamou-a Madelgarde, aproximando-se de Gisela com arfante rapidez Sua pele pálida encontrava-se ruborizada. — Não consigo encontrá-lo.

A Duquesa de Benevento (Hiatus até janeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora