⚠️🚨 ALERTA 🚨⚠️
Capítulo com referência ao ato sexual e uso de palavras de baixo calão.
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Amiga, sua, desfruta dehsilva9408 ❤️***
Victoria sorriu para um conhecido que passou pelo bar e fez um sinal com um copo de bebida para ela. Era um jornalista renomado, um crítico de moda que poderia deixá-la em muito maus lençóis se publicasse uma nota negativa a quem ela não suportava. E, precisamente por isso, ela não pôde reagir como gostaria à pergunta de Heriberto. Dissimulação era a alma daquele meio. Com os empregados, com a família, com o passado! Ao menos, assim era para Victoria Sandoval.— Você não faz ideia do quanto eu lhe detesto! — Ela disse sustentando um falso sorriso no rosto cuidando do que pudessem pensar dela e do que sairia na imprensa. — Não ouse insinuar que eu agiria como você naquela situação... ou em qualquer outra.
— Ora, ora e como você agiria, senhora perfeição? — Heriberto a desafiou.
Victoria o odiou por lhe fazer aquela pergunta! Por que Heriberto não podia entender a diferença da dedicação que ela tinha ao seu trabalho e aquela atitude tão egoísta que ele teve quando eram jovens?
— Com certeza eu... — Tomou ar antes de continuar e foi interrompida.
— Victoria? — Chamou Louis Ivanovitch, um jornalista com quem ela mantinha uma conveniente amizade. — Que espetáculo, ainda estou estupefato. Você jamais perde sua mão para a alta costura, que modelos incríveis você nos apresentou hoje.
— Louis, querido, que belas palavras, nem sequer sei se as mereço. — Agradeceu Victoria com aquele seu ar cínico. — Eu estava justamente comentando com Heriberto, médico da ONG Primeiros Passos, que o desfile de hoje foi fruto de um grande esforço, e que, apesar de não esperar nada menos que a perfeição, não deixei de estar um pouco apreensiva pela recepção dos críticos.
Heriberto levantou os olhos cumprimentando o jornalista, mas ele pouco lhe deu atenção e seguiu bajulando Victoria.
— Não há necessidade, minha querida! Você quebrou a banca e demonstrou porque é a única rainha da moda. Aliás... — Ele fez um sinal puxando-a para o lado afastando-a um pouco de Heriberto. — Não sou só eu que penso isso. Você não vai acreditar em quem está aqui, disfarçada junto aos críticos na sala ao lado.
— Quem? — Victoria arregalou os olhos sabendo que ele só podia estar falando de alguém que ela não gostaria de saber que estava lá.
— Bernarda de Iturbide! — Disse em voz baixa, mas sem deixar de dar ênfase na rivalidade que ele sabia que existia entre as duas estilistas.
Victoria engoliu em seco e não conseguiu sequer responder àquela constatação. Louis em um segundo se afastou e ela ficou ali parada, próxima a Heriberto ainda petrificada pela informação. Depois do roubo de seus modelos, o que aquela mulher tão desonesta poderia querer em seu desfile? Seguramente encontrar alguma outra arma para destruí-la, mas isso ela não poderia permitir!
— Victoria, você está bem? O que esse homem lhe disse para que você ficasse assim?
Heriberto não sabia se ela lhe diria porque há apenas alguns instantes estavam discutindo de maneira nada pacífica. Mas não pôde evitar se preocupar com a alteração que notou nela. Aparentemente, havia mais coisas que tiravam Victoria do prumo e, entre elas, estava o que Louis havia lhe contado.
— Com licença, Heriberto. — Disse Victoria encarando-o tão fundo nos olhos que o alterou. — Há algo que eu preciso resolver, não posso seguir lhe dando... atenção. — Observou-o de cima embaixo antes de se retirar tomada de uma cólera incontrolável.
Victoria tomou algum tempo antes de se dirigir ao espaço em que Louis havia lhe dito que Bernarda estaria. Tomou algumas taças de champanhe com a ilusão de que o álcool poderia dar-lhe serenidade para lidar com aquela situação. Não percebeu que, inclusive talvez tenha passado um pouco da conta na bebida porque se negava a ir atrás de Bernarda sem estar, efetivamente, no controle. Porém, ironicamente, o efeito da bebida era completamente contrário. Nesse movimento, perdeu Heriberto de vista e deixou inclusive de se preocupar com sua presença ali, a ousadia de Bernarda era uma preocupação maior que Heriberto para Victoria.
Havia pensado em procurar a dona da Casa Bernarda logo depois daquela noite para reclamar-lhe do roubo dos modelos. Mas saber que aquela cobra peçonhenta havia tido a desfaçatez de aparecer em seu desfile como uma criminosa que era a fez sair dos trilhos. Tentou pensar em como agiria ao se ver frente a frente com Bernarda e que maneira poderia haver de fazê-la conhecer toda a sua fúria sem conseguir a atenção errada da imprensa que seguia no local do desfile, mas temeu perder o controle, fato que raramente lhe acontecia, mas não sabia o que aquelas taças a mais de champanhe poderiam lhe fazer.
Ao chegar àquela sala, foi parada por algumas pessoas que seguiam ali, mas se alegrou de que o ambiente estivesse relativamente vazio, poderia ter a liberdade de agir da maneira que Bernarda merecia sem muita dificuldade. Usou o tempo que precisou para se desvencilhar de todos que haviam vindo falar com ela para se acalmar, respirar fundo e não fazer algo de que depois se arrependesse. Porque esse não era seu estilo. A frieza a definia muito melhor do que os arroubos e a inconsequência.
A maioria das pessoas se retirou daquela sala, a pedido da estilista, e Victoria se certificou de que nenhum integrante da imprensa seguisse ali. Não via Bernarda, mas conseguia sentir sua presença, sabia que ela estava naquele ambiente e que algo de errado estava acontecendo bem debaixo de seu nariz o que lhe tirava ainda mais do eixo. Decidiu seguir à sua intuição, não desistiu de encontrar sua rival para dizer-lhe todas as verdades que estavam entaladas em sua garganta há dois dias.
Com a quase completa desocupação da sala, batidas repetidas denotando movimento no fundo do ambiente em uma pequena porta que dava para um dos estoques daquele espaço que onde ela já havia realizado mais de um desfile chamaram atenção de Victoria. Lentamente, foi se aproximando da porta e pôde ouvir gemidos ofegantes e as batidas na madeira que não deixavam muitas dúvidas do que estava acontecendo ali dentro. Algo lhe dizia que era Bernarda, que ela estava com alguém naquele estoque para atingi-la, para tentar demonstrar uma superioridade que ela jamais conseguiria nas passarelas.
— Fode! Fode! Mostra quem é a rainha da moda! — Apesar do tom agudo dado pelos gemidos Victoria reconheceu a voz de Bernarda antes de abrir a porta.
Imediatamente colocou sua mão sobre a maçaneta e obrigou aquela porta a se abrir dirigida por sua fúria e foi tomada de uma impensada surpresa ao se dar conta de quem era o homem que transava com Bernarda dentro do estoque.
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Estranha Sensação
Romance¡HISTÓRIA CONCLUÍDA! Uma forte rivalidade entre duas mulheres de negócios é acentuada pelo regresso de Heriberto, um homem do passado de Victoria. Divididos entre a paixão e as obrigações da vida, os dois se verão encurralados entre seus próprios se...