04 - Kids.

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“ Capítulo 4 „

Conforme o ponteiro escuro do relógio fazia o característico tictac, Jimin segurava e ninava o pequeno Tae em seus braços. Mesmo ainda fungando baixinho, a criança parecia dormir. Jimin ficou aliviado por isso, assim o tempo passaria mais rápido para ele, e teve certeza de que o pequeno dormiria por um longo tempo depois de tudo, mas ouvir o soluçar alto enquanto inconsciente estava deixando Jimin preocupado.

Fazia anos que tinha seu restaurante e, de todo o tipo de coisa estranha que poderia acontecer, ele nunca pensou um dia encontrar um grávido desmaiado atrás da lixeira. O que mais intrigava Jimin, era que o desconhecido não estava se alimentando bem, mas pela lógica, estando grávido, deve se encontrar em uma dieta adequada, saudável, e não em um estado como aquele.

— Tio... – Ouviu a voz baixinha e fraca de Tae, logo prestou atenção em suas próximas palavras. Observando o garotinho de olhos ainda inchados, o viu tocar a própria barriga e fazer uma cara de choro. — Doói!

— Oh! – Jimin tirou ele de seu colo e se agachou a sua frente, tocando onde ele reclamava estar sentindo dor. — Está doendo muito? – Tae assentiu, deixando-o preocupado. — Espere aqui, vou chamar um médico.

— Appa não fala o médico cando dói! – Lembrou, deixando Jimin confuso.

— Ele te dá algum remédio? – voltou a posição de antes, ficando quase da mesma altura de Tae. Viu a criança negar.

— Ele dá papazinho.

Antes que Jimin dissesse algo a mais, ouviu o estômago do garoto roncar e logo entendeu tudo; Ele estava apenas com fome. Seus olhos se arregalaram levemente, como em uma epifania, e analisando melhor a criança, percebeu que suas roupas estavam um pouco sujas, e o motivo, talvez, não seja apenas por antes estar no chão com seu papai. Tanto o grávido lá dentro quanto a criança à sua frente estavam muito magros para o considerado saudável, e também pareciam desidratados.

— Ei, Tae... – Chamou, cuidadoso — Onde vocês moram? Sabe... A casa de vocês.

— Hm... – Tae realmente parecia sério ao pensar. — Antes a gente morava na casa, mas agora é lá!

— Lá? Lá onde?

— Você sabe, tio Jimin. – Park esperou ouvir que sua teoria estava errada, mas… — Onde eu tava com o appa!

Jimin suspirou.

Pegou Tae no colo e caminhou pelos corredores grandes do hospital até encontrar o portão incolor, que tinha uma placa em cima indicando a saída. Antes de sair, avisou na recepção que estaria por perto e, por fim, andou para fora do local. Deu de cara com uma cafeteria pequena lá fora, e parecia fazer parte de onde estavam antes, visto que ela se encontrava praticamente no estacionamento do hospital.

Passou pela porta de vidro da cafeteria e logo foi atingido pelo aroma gostoso que emanava dali. Procurou por uma mesa vazia – o que não foi difícil encontrar, já que o local estava praticamente vazio por conta do horário –, colocou Tae sentado em uma mesa perto do balcão e pediu-o para que ficasse quietinho ali, esperando por si, e assegurou que não demoraria a voltar para a mesa – também aproveitou para perguntar se a criança queria algo em especial, recebendo uma resposta negativa e que ele queria apenas comer, seja o que fosse.

Taeyong viu Jimin se afastar, apoiou os curtos bracinhos na mesa e ficou olhando para o homem de cabelos negros enquanto ele falava com uma das atendentes atrás do balcão. Havia gostado dele, Jimin tinha ajudado seu pai e estava sendo bom consigo lhe dando o que comer. Ah! E ele era muito bonito, também.

THE RIGHT FATHER TO MY SON • jjk+pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora