THE RIGHT FATHER TO MY SON • jjk+pjm

08 - Family.

“ Capítulo 8 „

Vai ser fácil, Jungkook! – pensou, dias antes.

Mas não, não está sendo fácil.

Estava nesse exato momento tentando memorizar tudo o que Jimin explicava, mas não pensou que seria tão… difícil.

Uma semana se passou desde que chegou e começou a morar na casa do restaurante. Foram exatos sete dias almejando trabalhar, se sentir útil e, principalmente, não parecer que estava se aproveitando da boa vontade de Jimin.

A dificuldade atual está em entender a função e memorizar o nome de cada panela apresentada; já se encontrava totalmente perdido. Afinal, por que dar nomes tão difíceis? Não seria mais fácil nomear como, por exemplo, apenas "panela de arroz"? Ou até mesmo com "panelão de cozinhar água para grandes quantidades como sopa e lámen"?

Tentava absorver tudo, mas depois do Park falar sobre uma panelinha estranha que ele não iria usar muito – peneira de macarrão? – é, já havia se perdido todo depois dela.

Bom, ele tentava se virar: Jimin lhe ensinava os nomes reais – e estranhos, vale ressaltar –, e Jungkook nomeava cada uma de acordo com o que entendia, carinhosamente, ou como ele mesmo pensa, "nomes que vou lembrar".

— Então, por aqui é isso... Podemos ir para os talheres agora, o que acha? – sugeriu, e foi tão simpático que o desespero que sentiu ao ouvir que ainda faltavam os talheres se amenizou.

Ou quase isso, mas ainda se sentia amolecer.

Estava sendo tão paciente consigo que Jungkook chegava a duvidar se ele era real mesmo. A forma como lhe olhava na hora de explicar e complementar algo… ou como repetia o que explicava, provavelmente vendo que não tinha entendido nada. Jungkook não era bobo, sabia muito bem que se fosse outro empregador já estaria no olho da rua.

E não podia negar, ainda estava curioso quanto às verdadeiras intenções que o homem tinha para consigo, sejam elas boas ou ruins – por mais que desacreditasse na opção ruim –, pois sabia, tinha certeza, era mais que apenas empatia.

Poderia ser por algo simples? Sim. Mas isso não anula o fato de que estava curioso.

Taeyong estava completamente apaixonado pelo mais velho e, sempre que podia, corria para os braços de Park. Seu filho amava brincar com Jimin, era um fato, e mesmo que este estivesse cansado no momento, ainda sim brincava com o garoto.

Tão precioso…

E bom, talvez Jimin tenha reparado que não havia entendido nada da explicação, então depois de mostrar tudo, perguntou se Jungkook não queria ficar no balcão do self-servisse inicialmente, já que esta ocupação parecia ser bem mais simples de realizar para ele que ainda estava começando.

— Não sei se é uma boa ideia... – hesitou, expondo a insegurança em um quase sussurro.

— Por que? Tem alguma dificuldade em socializar? – perguntou confuso, chamando um de seus garçons. — Não é preciso falar muito, apenas o necessário pelas boas maneiras. Eles mesmos vão se servir.

Os dois estavam em uma mesa no canto do restaurante, Jimin mostrava a Jungkook alguns clientes que sempre estavam por lá nesse mesmo horário e também explicava sobre sua futura ocupação como auxiliar no balcão livre e, bom, Jungkook era bom com as pessoas quando precisava, e não tinha nada contra a proposta, mas os funcionários de Jimin tinham.

Já havia notado isso.

Desde que seu dia de "instruções" começou, Jungkook sentiu olhares desgostosos para sua pessoa, mas não os culpava. Jimin era querido por todos eles, um ótimo chefe, sem dúvidas. Estavam na defensiva. Afinal, Jeon Jungkook, o morador de rua, mal chegou e já começou a receber cuidados especiais do chefe, é compreensível que fiquem desconfiados e até mesmo enciumados. Ganhou a casa do andar de cima e um emprego, seu filho tinha autorização para caminhar por todo o restaurante – desde que não atrapalhasse o trabalho alheio, claro – e pegar o que quisesse para comer, além de ser paparicado por Jimin quase o tempo todo. Estava nítido o que eles pensavam de si, admitia que se estivesse no lugar deles, talvez deduzisse o mesmo.