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“ Capítulo 7 „

Chegando ao destino minutos depois, Jimin estacionou o carro e Jungkook agradeceu mentalmente por ele ter se ocupado em procurar algumas coisas dentro das gavetinhas do automóvel, deixando-o respirar um pouco profundamente sem parecer dramático.

Estava definitivamente nervoso.

Nunca tinha entrado ali, não sabia como era o ambiente, mas já havia sido agraciado — para não dizer outra coisa — com a recepção não tão receptiva de um dos cozinheiros do Park. Obviamente sentiria receio e até um pouco de medo em pensar que iria encontrá-lo ali, Jungkook não queria ter que passar por aquilo outra vez, foi humilhante e cruel.

Para piorar sua situação, há grandes chances que muitos naquele lugar entendam a situação de forma errada, pensando que estava tentando se aproveitar da bondade de Jimin de alguma forma, ou até coisa pior!

Seu interior estava uma turbulência só, e podiam ver isso claramente apenas por olhar seus movimentos inquietos.

Preso na própria bolha, quase não percebe quando seu filho lhe mostra um ursinho que tinha aparecido "misteriosamente" no carro de Jimin – e olhe só, exatamente um dia antes, seu filho havia apontado para uma cópia da pelúcia que passava numa propaganda da televisão, pedindo um para si.

Jimin estava presente.

Não era bobo, sabia muito bem o que Park Jimin estava fazendo por suas crianças. Ainda do carro, podia ver a sacada enorme da casa que ficava no andar de cima, e se chutasse diria que o imóvel ocupava praticamente todo o andar superior, ou seja, tem o mesmo tamanho do restaurante.

E ele era realmente grande.

Então a ficha caiu, e logo concluiu que não era certo aceitar tanto vindo de alguém que pouco conhecia e já fez tanto por si, mas em contrapartida, não tinha opção; não queria ter que criar seus filhos na rua.

Soltou um longo suspiro e saiu do carro, depois de Jimin. Já estava indo para a porta traseira pegar Tae quando viu o homem fazer o mesmo, só que do outro lado, então apenas esperou.

— Hey, pode ir entrando... Acho que uma fivela do urso se soltou e enroscou aqui no cinto. – resmungou, concentrado em achar a tal peça — Você pode ir e me esperar em alguma mesa, logo chego lá.

—Tem certeza? – o olhou desconfiado, tanto pelo filho quanto pelo que poderia ter lá dentro.

Jimin concordou, ainda concentrado no que estava fazendo. Jungkook suspirou e, após se dar conta de com quem estava falando e os motivos incabíveis de estar desconfiado, apenas assentiu e foi para o restaurante, mas não antes fitar a imagem de Jimin sorrindo, com seus olhos praticamente fechados, direcionado ao seu filho, que retribuía na mesma intensidade.

Ah, queria tanto ter conhecido alguém como ele antes, que pudesse fazer seus filhos se sentirem amados e darem sorrisos tão sinceros quanto aquele.

Anuiu, curvando os lábios levemente. Estava melancólico mesmo que, tecnicamente, devesse sentir felicidade nesse momento.

Desgosto. Não acreditava no que tinha transformado sua vida. Daqui para frente iria depender de alguém, e o pior, seus filhos estavam nessa também. Não podia estar se sentindo pior. Seria ele um péssimo pai? Sem dúvidas.

Caminhou até a porta do restaurante em silêncio, seus passos eram lentos e curtos. Pedia internamente para que Jimin pudesse terminar o que estava fazendo logo, para entrar consigo, pois, além de ser o proprietário daquele lugar, se sentiria mais confortável com ele. E pensando nisso, lembrou que Park preferiu não passar na frente de todos os clientes e ter que ouvir reclamações ou olhares indesejados, então estacionou no local de sempre e iriam entrar pela cozinha.

THE RIGHT FATHER TO MY SON • jjk+pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora