Capítulo 2

64 8 2
                                    

- Maria, a Paty já tomou banho? Não esqueça, o Theo e a Lisa irão passar para buscá-la daqui a pouco. Estou de saída. Qualquer coisa que precisar, não hesite em me ligar.

- Sim, Dona Diná. Ela já está pronta. Está no quarto. - Pode deixar que eu ligo sim, caso precise. Mas não se preocupe! Divirta-se.

- Obrigada Maria. Não pretendo chegar tarde! O Otávio terá muitos compromissos amanhã, então não vamos nos estender. - Ah, não esqueça os remédios da mamãe.

- Claro. Já deixei todos separados. Fique tranquila.

- Tá bom. Então vou indo. Otávio já está lá em baixo a minha espera.

Diná iria sair para jantar com Otávio. Os dois estavam curtindo a boa fase juntos, após o longo período de tratamento que haviam enfrentado juntos. Foram momentos difíceis. Momentos que agora haviam sido superados. Logo estariam envolvidos com os preparativos do casamento, e felizmente, os sonhos estavam bastante próximos de serem concretizados.

No restaurante...

- É tão bom estar aqui com você. - afirmou Otávio, com ternura no olhar.

- Nem parece que já se passaram dois anos... dois anos do que hoje podemos chamar de milagre! - exclamou Diná, feliz.

- Você quer dizer... Dizer milagre do amor, não é? Se não fiz a viagem, é porque você impediu que isso acontecesse. Foi o seu amor que mudou o destino das coisas. - ele sorriu.

- Seu bobo! Era para ser assim. Eu que era tão cética... Como pode?

- Acredito que tudo tem seu tempo, meu amor. Você quer prova maior de nosso reencontro? Nosso amor vem de tantas vidas...

- E eu ainda consegui odiar você! - exclamou sorrindo.

- Estava escrito. Era preciso. Primeiro o ódio, para o amor que já existia, ressurgir. - afirmou Otávio.

- Pode ser! Nunca mais duvido de nada. Eu juro.

- Nem deve! Jamais!

Os dois riram, conversaram e começaram a programar o casamento.

- Não posso negar o quanto estou ansioso para tê-la de vez em meus braços. - disse Otávio.

- Hum... Não tanto quanto eu, aposto.

- Só lamento que tenhamos de morar separados por um tempo.

- Otávio, eu também lamento e você sabe. Não é algo definitivo, meu amor. Só até...

- Sim. Entendo. Apenas comentei que lamento.

POV: Otávio:

Entendia bem a situação. Tinha consciência que a decisão de morarmos separados era o melhor, ao menos por um tempo.
Dona Marocas não aceitaria mudar, e muito menos ficar longe de Diná. Tinha a Paty também. Seria um tempo de adaptação para todos.
Tato e Dudu estavam dando a maior força, e por eles, não seria problema conviver todos juntos. Mas... tinha a Glória, a qual devia toda a minha gratidão, o Orquida... Sair de lá, também seria inviável.
Em comum acordo, decidimos deixar as coisas se estabilizarem, e com o tempo sim, poderíamos pensar nisso.
O que mais importava no momento, era estarmos juntos, firmes e fortes. Nada mais poderia nos separar. Diná estava destinada a voltar para os meus braços, e isso já era a maior dádiva que eu poderia ter recebido. 
Eu nasci novamente. Uma nova chance me foi dada, e eu não ousaria pedir mais nada ao universo.

A viagem... Um novo destino.Onde histórias criam vida. Descubra agora