Capítulo 2
....acordamos já de manhã com a tia dela batendo na porta quase a arrombando, corro para dentro do guarda-roupas e ela abre a porta, sua tia lhe dá um tapa no rosto e manda ela se arrumar para a escola, ela fecha a porta e vai se vestir, saio do guarda-roupas e a abraço perguntando se ela está bem, ela me fala que sim, que isso já era normal, que sua tia era uma pessoa ruim mas que infelizmente era sua única família, ela começa a se vestir e diz que volta da escola somente às 17:00 horas, digo que tudo bem, lhe dou um beijo e saio pela janela, sigo caminhando até minha casa, entro e me deito no sofá, meu irmão chega até mim e me pergunta onde eu estava, lhe digo que não é de sua conta, que ele me deixasse em paz, ele me puxa pela gola e pergunta se eu tinha dito o que aconteceu para alguém, grito para ele me soltar e digo que não falei nada, que iria mentir para salvar ele, como o de costume, ele me solta e pede desculpas, que sabia que dessa vez era uma pressão maior, falei a ele que devíamos deixar o corpo na floresta, que era mais difícil de acharem ele lá, ele concorda e lá vamos, a cidade não estava muito movimentada a essa hora então não foi difícil levar o corpo na Pick Up, voltamos para casa horas depois, ele me pergunta o que fiz com a garota, digo que logo ele vai saber, com um olhar desconfiado ele diz que tudo bem, eu subo até meu quarto e tranco a porta, pego meu livro e começo a escrever sobre ela, nele eu escrevo sobre tudo que já aconteceu de importante na minha vida, um diário se quiser assim chamar, acabo por adormecer e quando acordo vejo que já são 19:30, tomo um banho e me arrumo, da 19:50 e lá eu vou, a janela do quarto dela é virada para a floresta então subir até ela não era difícil, vejo ela deitada na cama e bato na janela, ela abre e me puxa para dentro, fecha a janela e grita comigo dizendo que me atrasei, dou uma leve risada e peço desculpas, digo que peguei no sono e ela me chama de preguiçoso e me dá um murro no braço, brinco dizendo que doeu e me sento em sua cama pedindo que ela me conte como tinha sido seu dia, ela deita na cama colocando a cabeça nas minha pernas e começa a contar o que tinha acontecido, ela me conta que no portão da escola tinha um gato, ela tinha pego ele e dado carinho a ele, porém um garoto que se dizia ser o dono dele tirou o gato dos braços dela e a chamou de ladra, ela entrou na escola e esperou a aula começar, na hora do lanche o "valentão" da escola tomou seu lanche e quando ela tentou pegar de volta ele bateu nela, ela levanta a blusa e vejo a mancha roxa em sua barriga, com uma voz carregada de ódio digo a ela para me mostrar quem eles eram, ela pega o celular e mostra umas fotos da escola que estavam no Instagram, entre as fotos ela mostra o tal "valentão", ela também diz que o dono do gato sempre está na frente da escola, dou um suspiro e digo que iria resolver isso, ela diz que tudo bem mas pede para eu não exagerar, falo para não se preocupar e deito ao seu lado, ela reclama dizendo que queira continuar com a cabeça no meu colo e tira minha camisa se deitando no meu peito afirmando que está confortável, faço cafuné nela e dou uma risada afirmando que era isso que ela queria, ela diz que talvez fosse e pergunta o que eu ia fazer agora que meu pai estava morto, como iria me sustentar já que meu pai está morto, digo que tinha um certo dinheiro na conta dele, e que meu irmão trabalhava com ele ganhando mais de 5.000.00, ela se espanta dizendo que era muito dinheiro e pergunta no que eles trabalhavam, respondo que não sei, que eles nunca deixavam eu me intrometer, digo que esse trabalho era estranho com horários, que a qualquer segundo esse trabalho ligava para eles os chamando e eles viajavam, ela fala que isso é estranho, eu afirmo e dou uma risada, de repente sua tia bate na porta e eu entro no guarda-roupas, ela abre a porta e sua tia entra empurrando ela e diz que o chuveiro do banheiro principal não estava funcionando, por isso ela ia usar o do quarto dela, enquanto tomava banho a tia dela pergunta quem estava aqui no quarto com ela, ela afirma ter ouvido uma risada, ela fica um pouco nervosa e diz que era só um vídeo, sua tia daí do banho e pede um obrigado irônico chamando ela de puta e sai, Sayuri tranca a porta, saio do guarda-roupas e digo que era melhor eu ir, já que a tia dela já tava em casa, fazendo uma voz dengosa ela diz que não quer dormir sem mim, falo a ela que posso deixar minha camisa com ela e ela sorri mas logo fala comigo com ciúmes perguntando se eu ia para casa sem camisa, visto meu casaco e ela fecha o zíper dizendo que agora sim eu poderia ir, dou meu número a ela dizendo que quando precisasse ela poderia ligar, ela da uma risada dizendo que eu devia ter dado ele antes, dou um beijo nela e me despeço saindo pela janela e indo embora....(continua)
