Capítulo 7

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Oi! Olhem, dá-me mais geito meter à terça e ao sábado. Pode ser certo? A partir de agora vou começar a escrever nas duas pessoas (Eduardo e Maria). Vamos lá ao que interessa :)

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Eduardo

Não sei o que se passou comigo agora. Não sei bem o que me aconteceu. Ainda estou muito confuso. Não percebo o que me deu, visto que sou muito contido nestes assuntos. E agora, ela ainda não recuperou do choque e, o que há pouco me pareceu óbvio, começava agora a deixar-me cheio de dúvidas. "Não é demasiado cedo, Eduardo? Estas-te a passar? Só pode... Ela vai recusar de certeza..." Inconcientemente, desviei o olhar com estes pensamentos.

- P... podes continuar a olhar para mim? - pergunta a Maria.

Não percebi bem o porquê, mas fiz imediatamente o que ela pediu.

- Tens o tempo todo que precisares... - digo, já tendo a certeza da respostas. Sou mesmo burro. Ao menos pedia de uma maneira decente. Enfim... eu não queria ir embora... mas queria dar-lhe espaço.

Maria

Ai ai ai! Desta é que eu não estava à espera! De todas as vezes que imaginei que isto acontecesse nunca tinha pensado nisto. À primeira é óbvio que queria dizer que sim, mas depois começaram a surgir todo o tipo de dúvidas. Eu nunca namorei a sério com ninguém. Coitado, não sei o que me aconteceu, mas não consegui decidir. A única coisa que sabia era que gostava mesmo dele. E depois ele foi-se embora. Primeiro senti alívio, e depois, arrependimento. O que é que me aconteceu? Tantos planos, tantos pensamentos, para isto? Grande porcaria.

Fui para casa e  não parei de pensar nele. Coitado, se realmente gosta de mim devia estar a sofrer horrores!

Eduardo

Não parei de pensar nela. Não conseguia pensar, não conseguia dormir, não conseguia distrair-me. Quando por meros segundos pensava noutra coisa, o meu estúpido cérebro dizia "boa, estás a pensar noutra coisa!" e voltava imediatamente a pensar nela. Caso ela diga que não, espero que continuemos a ser amigos, o que não me parece possível. Caso ela aceite, vai ser u bocado estranho no início, quer dizer, não faço ideia o que vai acontecer, mas tenho a certeza que será uma coisa boa para os dois. De repente, interrompendo os meus pensamentos, o meu telemóvel toca. Pego nele que nem um maluco. Calma coração, é só uma mensagem da operadora. Volto a deitar-me e estava quase a adormecer de vez quando o meu telemóvel volta a tocar. Volto a atirar-me para cima dele que nem um animal. Mas desta vez sim, era dela: "Já pensei. Amanhã digo-te ;)". Ok, isto só pode ser um sim! Mesmo assim, a minha consciência ainda não estava completamente tranquila. No entanto, consegui adormecer.

Maria

Não resisti em mandar-lhe mensagem. Queria deixá-lo mais descançado. Afinal, eu preocupo-me com ele. Acho que teve efeito, pois recebi uma resposta imediata: ":)". Bem, amanhã é que serão elas. Estar ao pé dele e dizer-lhe que sim parece ser bastante difícil! Enfim, seja o que Deus quiser.

  

Desabafos de uma adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora