08. Let's white glove the bed

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HEY HEY GENTE, aqui vai mais um cap que por sinal ficou sensacional ao meu ponto de vista, hoje nao falarei muito, bye bye, beijos e boa leitura (desculpe-me os erros) ^-^

Acordei no sábado de manhã com uma ressaca monstruosa, e só conseguia pensar que era aquilo mesmo que eu merecia. Por mais que detestasse a insistência de Louis de negociar sexo com a mesma facilidade com que discutia uma fusão empresarial, no fim acabei entrando no jogo. Meu desejo por ele justificava o fato de eu assumir um risco calculado e quebrar minhas próprias regras.

Eu me consolei com a ideia de que ele também estava quebrando algumas das dele.

Depois de um banho bem longo e quente, fui para a sala e encontrei Niall deitado no sofá com seu netbook, parecendo muito bem desperto e revigorado. Sentindo o cheiro de café na cozinha, fui até lá e enchi a maior caneca que consegui encontrar.

— Bom dia, dorminhoco, ele disse.

Segurando com as duas mãos minha tão necessária dose matinal de cafeína, eu me juntei a ele no sofá.

Niall apontou para uma caixa na mesa de centro. — Chegou enquanto você estava no banho.

Deixei a caneca de café sobre a mesa e apanhei o embrulho de papel pardo. Meu nome estava escrito diagonalmente na tampa da caixa com uma caligrafia bem escrita. Dentro dela havia uma garrafinha âmbar com os dizeres CURA RESSACA pintados em uma fonte estilo retrô e um bilhete amarrado com ráfia no gargalo em que se lia: — Beba-me. O cartão de visitas de Louis estava cuidadosamente aninhado no papel de seda que protegia o embrulho.

Ao analisar o presente, considerei-o bastante conveniente. Desde que havia conhecido Louis, eu tinha entrado em um mundo fascinante e sedutor em que quase nenhuma das regras conhecidas do bom senso se aplicava. Eu estava desbravando um território desconhecido, o que era ao mesmo tempo excitante e assustador.

Olhei para Niall, que encarava a garrafa com um ar de dúvida.

— Saúde. Tirei a rolha e bebi o conteúdo sem pensar duas vezes. Tinha gosto de xarope para tosse, espesso e doce. Meu estômago se contraiu de desgosto por um momento, depois esquentou. Limpei a boca com as costas da mão e enfiei a rolha de volta na garrafa vazia.

— O que era isso?, perguntou Niall.

— Pelo tanto que queima, mais álcool.

Ele franziu o nariz. — Um método eficiente, mas desagradável.

E funcionava mesmo. Eu já estava começando a me sentir melhor.

Niall apanhou a caixa e retirou de lá o cartão de Louis. Ele o virou e mostrou para mim. No verso, Louis havia escrito, "Me ligue" com uma letra apressada e anotado seu telefone.

Peguei o cartão, envolvendo-o com minha mão. Aquele presente era a prova de que ele estava pensando em mim. Sua determinação e insistência eram sedutoras. E uma espécie de elogio.

Não havia como negar que Louis havia derrubado todas as minhas barreiras. Queria sentir de novo aquilo que experimentei quando ele me tocou, e adorei o modo como reagiu quando eu o toquei. Quando parei para refletir sobre o que não faria para ter suas mãos sobre meu corpo de novo, não consegui pensar em muita coisa.

Niall quis me passar o telefone, mas fiz que não com a cabeça. — Ainda não. Quero estar bem lúcido quando falar com ele, e ainda estou meio zonza=o.

— Vocês dois pareciam estar se dando muito bem ontem à noite. Ele está muito a fim de você.

— E eu estou muito a fim dele. Aninhando-me no canto do sofá, apoiei o rosto no estofamento do encosto. — A gente vai sair, se conhecer melhor, fazer sexo casual-mas-fisicamente-intenso e continuar sendo independente. Sem vínculos, sem expectativas, sem compromisso.

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