13. Right from the start you were a thief, you stole my heart

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HEY HEY BABES, é serio eu nao sei como estou sobrevivendo sem meu note... Só deus sabe o quanto é uma merda escrever os capitulos nesse pc, enfim.. aqui mais uma att espero que gostem.. beijos beijos.. desculpem os erros

Mantive a cabeça baixa ao passar pela recepção e saí do hotel por uma porta lateral. Fiquei vermelho de vergonha ao me lembrar do gerente que cumprimentou Louis no elevador. Era capaz de imaginar o que ele pensava de mim. Ele devia saber para que servia aquele quarto. Eu não conseguia suportar a ideia de ser apenas mais um de uma longa lista, mas foi exatamente isso o que me tornei pus os pés naquele hotel.

Teria dado muito trabalho parar na recepção e pedir um quarto que seria só nosso?

Saí andando sem direção e sem destino definido. Já havia escurecido e a cidade já ganhava uma nova vida e se reenergizava depois de mais um dia de trabalho. Barraquinhas fumegantes de comida dominavam as calçadas, junto com vendedores ambulantes vendendo quadros, camisetas ou até roteiros de filmes e episódios de seriados da TV.

A cada passo que eu dava, a adrenalina da fuga baixava um pouco mais. A imaginação maliciosamente excitada pela visão de Louis saindo do banheiro para encontrar o quarto vazio e a cama repleta de parafernálias sexuais foi perdendo o efeito. Comecei a me acalmar... E a refletir seriamente sobre o que tinha acontecido.

Teria sido uma coincidência Louis me levar a uma academia tão convenientemente próxima de seu abatedouro sexual?

Lembrei da conversa que tivemos no escritório na hora do almoço, e a dificuldade que ele sentiu para expressar seu desejo de ficar comigo. Ele estava tão confuso e dividido quanto eu, e nessa situação o mais natural seria mesmo recorrer aos hábitos rotineiros. Afinal de contas, eu mesmo não tinha acabado de fazer isso, apesar de ter investido tantos anos em terapia para aprender a não me fechar e fugir quando estivesse magoado?

Angustiado, parei em uma cantina e me sentei em uma mesa. Pedi um cálice de syrah e uma pizza  margherita, esperando que o vinho e a comida acalmassem minha ansiedade para que eu pudesse voltar a pensar direito. 

Quando o garçom voltou com meu vinho, virei metade da taça de uma vez sem nem sentir o gosto. Já estava com saudades de Louis, do bom humor que ele mostrou antes de eu ir embora. Seu cheiro estava impregnado em mim, junto com o do sexo inacreditável que tivemos. Senti meus olhos arderem, e deixei algumas lágrimas caírem, apesar de eu estar em público, em um restaurante cheio de gente. A pizza chegou e eu provei um pedaço, tinha gosto de papelão, e isso não tinha nada haver com a qualidade dos ingredientes, do cozinheiro ou do lugar.

Puxei a cadeira em que havia deixado minha bolsa e peguei o celular novo, com a intenção de ligar para o Dr. Travis e deixar um recado. Ele tinha proposto que continuássemos com as sessões a distância até que eu encontrasse um terapeuta em Londres, e decidi aceitar a oferta. 

As lágrimas voltaram a rolar. Apertei o telefone contra o peito, sentindo-me perdido. Não conseguia afastar da cabeça a imagem de Louis com outros homens. Não conseguia deixar de imaginá-lo transando feito louco com outro homem naquela mesma cama, usando aqueles brinquedos nele, levando-o à loucura, extraindo prazer do corpo dele...

Era um pensamento irracional e sem sentido, que fazia com que eu me sentisse mesquinho e patético, e se manifestava em uma dor física.

Levei um susto quando o celular começou a vibrar, e quase o derrubei. Dominado pelo sofrimento, pensei em deixar tocar até cair na caixa postal, porque estava escrito na tela que era Louis. Única pessoa que possuía aquele numero, mas não fui capaz de ignorar porque ele estava claramente histérico. Por mais que eu quisesse magoá-lo antes, naquele momento essa ideia era insuportável.

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