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Vitória on:

Ela usa um vestido branco que lhe batia pelos os joelhos, o seu cabelo tem uma trança que lhe cai pelo o lado esquerdo do ombro.

- Esta linda mãe! - digo, por trás dela, a mesma está ao espelho e coloca uns brincos.

- A vitória também está muito bonita! - ela sorri e vira-se para me olhar.

Tenho um vestido azul bebe, e umas sabrinas também azuis e o meu cabelo está apenas esticado.

- Esta pronta? - pergunto, enquanto coloca perfume.

- Sim! - ela sorri-me, dá-mos as mãos e seguimos até ao casório.

Descemos do carro e um rapaz que deve ter apenas mais três anos que eu, está a porta de fato e gravata.

- Olá querido! - a minha mãe dá-lhe um beijo na bochecha, deve ser o filho dele.

- Vitória este é o Hugo, o teu padrasto! - eu quase vómito com aquela cara.

Eu não acredito que a minha mãe vai casar com um homem da minha idade praticamente.

Tento dar o sorriso mais sincero que consigo mas é quase impossível e ele também não se esforça.

- Vamos? - a minha mãe pergunta e todos caminhamos para dentro do edifício, o tempo está como eu, negro e cheio de nuvens, e ameaça chover e haver bastante trovoada.

Eles vão de braço dado.

- Vou a casa de banho! - digo a meio do corredor quando vejo indicações para a mesma.

Entro na casa de banho que está completamente vazia, olho para o espelho e respiro fundo umas cinco vezes.

- Passa-se alguma coisa? - a minha mãe entra na casa de banho.

- Sim, não me contas-te que andas com um tipo que tem idade para ser meu irmão, ele é da mesma idade que eu! - digo de rajada.

- Ele tem mais quatro anos que tu! - ela diz, como se fosse super natural.

- Eu sei que o amor não escolhe idades, mas mãe... - olho para ela.

- Vitória! - eu interrompi-a.

- Não esperes que o veja como padrasto! - digo, viro costas e vou até a sala, onde o tal de Hugo está sozinho e em pé, ele olha atentamente para a janela.

Sento-me na cadeira que há ao lado da porta, quero ir para Casa.

- Estão prontos? - um senhor bem vestido, entra na sala e sorri, eu sigo-o com o olhar e o Hugo volta--se para olhá-lo.

-  O senhor deve estar enganado! - digo.

- Não são o senhor Hugo e a senhora Margarida?

O meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora