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Vitória on:

- Estou muito orgulhosa em si! - ela coloca as mãos frias sobre os meus ombros.

- Obrigada mãe! - digo o mais natural possível, bom eu adoro a minha mãe, mas tenho a plena noção que a nossa relação não é a melhor, nem que ela me entende a 100%, ao contrário do meu pai que me entendia e deixava-me fazer tudo.

- Amanhã podíamos fazer alguma coisa! - ela sugere levantando-o o prato do Hugo.

- Programas em família? - riu-me irónica.

- Qual é a piada Vitória? - ela olha para mim séria.

- Não conte comigo! - digo levantando-me dali, mas a mesma puxa-me o braço.

- Tem alguma coisa mais importante para fazer? - posso sentir o olhar do Hugo cair sobre nós, provavelmente a avaliar a situação, não vamos esquecer-nos que ele tem apenas mais quatro anos que eu!

- Estudar! - digo suspirando.

- Muito bem, não quer colaborar, não colabore! - ela diz suspirando e voltando para a loiça e eu apenas vou para o meu quarto e vejo-me nele.

(...)

Acordo exaltada, e completamente transpirada, olho para o relógio e vejo que são apenas duas e meia.

Vou até a cozinha e piso o chão de pedra e frio, até diria congelado.
Ao passar pela a sala vejo que o Hugo dorme no sofá, o que ele estará aqui a fazer? Será que adormeceu aqui ou discutiram?

Abro o armário e tiro um copo e encho-o com água deitando abaixo apenas com um gole.

O meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora