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Victoria on:

Cheguei a casa acabada, o trabalho e a faculdade estavam a acabar comigo, o que me vale é que falta apenas menos de um mês para acabar, tenho estudado imenso para os exames finais.

A minha mãe não voltou a dar noticias, eu e o Hugo temos mantido uma distância, mas não posso negar que gosto dele, e queria estar com ele.

A Bianca e eu temos nos dado muito bem, melhor do que eu estava a espera até.

Chego a casa e vou para a cozinha onde o Hugo está a preparar o jantar.

Pego num copo encho-o com água e meto no lava-loiça, viro costas, pronta para ir para o meu quarto.

Sinto o meu braço ser puxado, sem nenhuma força ou sequer aleixa-me, mas sei bem que ele tem força para tal.

Sinto um quente subir pelo o meu corpo.

- Victoria! - ele sussurra. - Não podemos ficar assim...

- Hugo! - Suspiro. - Nós não podemos, tu és casado com a minha mãe e...

- Não a amo! - ele interrompe-me. - e ate...

Antes que ele possa continuar a porta bate, a minha mãe aparece na cozinha.

- Mãe! - digo ao vê-la, o Hugo ainda me agarra no braço.

- Querida! - corro até ela e abraço-a, sinto as lágrimas desceram-me pela cara.

- Mãe o que se anda a passar, o que é que o meu pai tem haver com isto? - meto as mãos a cabeça. - Porque é que és casada com o Hugo e ele nem sequer dorme ou partilham qualquer tipo de carinho? O que se está a passar? Tu nunca casarias, com alguém da minha idade e com uma filha!

- Calma! - ela senta-se e o Hugo encosta-se ao balcão e cruza os braços. - Eu não te posso...

- Tu podes! - o Hugo diz calmo. - Só não lhe queres contar! Margarida! Ela não é nenhuma criança.

- Hugo não te metas! - a minha mãe grita-lhe.

- Mãe! Eu quero saber! - digo, com os olhos em lágrimas.

- Margarida não lhe podes esconder mais que o Peter foi mor...

- OK! - a minha diz por fim, vejo os olhos dela encherem-se de água. - Bom, o teu pai, ele foi morto por pessoas que também mataram a mulher do Hugo, a mãe da Bianca, assim como a outras centenas de pessoas e nós queremos justiça!

- Mataram o meu pai? - as lágrimas descem.

- Sim querida e pelo o que soubemos eles andam aqui na cidade e eu e o Hugo casamos para disfarçar melhor, pensamos até fingir que eras namorada dele, mas como não sabias da história era impossível isso acontecer! O Hugo veio ajudar-me a espia-los!

Vejo o Hugo olhar para mim com cara de alívio.

Vou até ele e abraço-o com força.

- Desculpa! - ele sussurra.

O meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora