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Vitória on:

- Foda-se! - Solto ao sentar-me na minha cama, e levar as mãos à cara.

Faço um coque, e esfregão a cara.
Vejo no meu telemóvel que são quatro da tarde.

Levanto-me, dói me a cabeça!

Troco de roupa para umas calças de fato de treino assim, como o casaco, estou completamente vestida e não me lembro como vim parar a minha cama.

Desço as escadas e oiço música soar pela a casa inteira, juro que parece que a minha cabeça vai explodir a qualquer momento.

Na sala o Hugo faz flexões mais rápido que uma flecha, ele está sem camisola, caralho, meu, ele tem praticamente a minha idade.

- Boa tarde!- a minha mãe aparece derrepente, fazendo com que pare de olhar para o meu padrasto.

- Boa tarde! - a minha voz sai rouca e dolorosa.

- Vitória! A que horas chegou a casa? Estava preocupadissima! - ela diz, aproximando-se de mim, o Hugo para o que está a fazer.

- Lá para as cinco, sei lá! - digo encolhendo os ombros.

- Cinco da manhã? - ela dá um gritinho.

- Mãe, eu já não tenho 16 anos! - digo revirando os olhos.

- Pois não, mas vou voltar a repetir! Mas ainda vive nesta casa!

- E eu também vou voltar a repetir, que não será por muito mais tempo! - digo suspirando e vou até a cozinha.

Como os meus cereais, o silêncio em casa instalou-se.

O Hugo entra na cozinha e enche uma garrafa de água bebendo-a de seguida.

O meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora