¥ Inicio da confusão

616 11 1
                                    

- Derivado do verbo grego Xaivw significando "separar, ser amplo", conhecido como o espaço vazio e primordial, a mais velha das formas de consciência divina, o senhor gerador do universo, uma espécie de força suprema catabólica que tudo cria por meio da cisão assim como os organismos mais primitivos da biologia. Essa é a mais simples descrição do meu bisavô, reconhecido agora mundialmente como Caos.

Vocês devem talvez estar se perguntando quem sou eu, já que não apareço nas "fábulas" mitológicas ou na concepção da grécia antiga. Bem, sou filho do Deus Thanatos a materialização da morte, neto da personificação da noite conhecida como a Deusa Nix e já mencionado anteriormente bisneto do magestoso Caos.

Como isso aconteceu? Assim... nem eu sei direito, mas o que posso somente fazer até aqui é lhes contar minha realidade.

Durante algum tempo vi o mundo mudar completamente (para pior infelizmente) e nesse meu modo de olhar (bem crítico por sinal) notei que a cultuação aos Deuses mitológicos vem sendo perdida e que as criaturas tenebrosas de eras passadas foram esquecidas. Por mais que os povos atuais se percam com preocupações insignificantes ou com atividades improdutivas, e os anos passando como as águas dos rios, os "mitos" ainda prevalecem com suas ações cuidadosas, organizadoras, protetoras e prósperas com o universo e seus seres, sempre existindo (mesmo não notada ou reconhecida) a atuação dessas divindades.

Por outro lado, aquelas criaturas das quais a humanidade deveria temer, mas não se importam por ignorância ou desconhecimento, perambulam pelo mundo afora. A maioria delas são maléficas e prejudicam-nos, embora existam as benéficas que com algumas simples ações proporcionam grandes auxílios.

Não sei como a humanidade ainda sobrevive, sem saber que a sua volta (bem debaixo de seus narizes) mora o perigo. Será que isso ainda vai gerar um problema que seja significativo nessa era?

Não julgo ninguém, pois além de meus argumentos não se generalizarem eles ainda não são suficientes, mas acuso com certeza todos os Deuses de pelo menos 58% da mortalidade dos humanos.

As maiorias das mortes humanas (muitas vezes deploráveis) me deixam pensativo e curioso, me fazem crer cada vez mais que a culpa seja eles. Por outro lado, mesmo com esses pré-conceitos já cravados dentro de mim tenho um ditado de vida que um dia ouvi do meu professor de patologia, dizendo o seguinte: "-A morte não é o fim, em si, mas sim uma passagem.", o que minimiza os meus julgos  e ainda me fazem rever minhas ideologias, ouvindo sempre as opiniões otimistas de pessoas renomadas no assunto.

CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora