- Preciso lembrar de dizer ao Sean que o amo – Doug comentou ao acordar com Confortable do John Mayer tocando baixo no celular de Elena, então abraçou a namorada por trás e a puxou para perto.
- Que papo é esse, Poynter? – Len riu de forma sonolenta, sem parar seu despertador, deixando a música tomar o quarto ao passar a fazer carinho no braço de Doug que a envolvia pela cintura – Meio estranho isso de a primeira frase que você me fala de manhã ser justo uma declaração de amor ao meu amigo.
- Você também deveria dizer que o ama – Poynter falava devagar contra a nuca de Len, ainda de olhos fechados, apenas apreciando ter a garota em seus braços ao amanhecer, depois de tantos anos apenas sonhando com isso – A gente acordou os últimos quatro dias sem a Penelope pulando aqui na cama, já que ela foi pular na dele.
- Quem vê assim até pensa que não é você quem a busca quando ela demora pra vir.
- O que eu posso fazer se eu já acostumei a ficar aqui no seu apartamento e ser acordado por aquela maluquinha? Mas também não vou negar que estou adorando essa semana com o Sean aqui e eu tendo a oportunidade de curtir minha namorada um pouquinho mais que o normal, sem ter que me preocupar em ser próprio para menores nos carinhos e comentários – pontuou ao pressionar seu corpo contra o de Len e morder sua nuca de leve, fazendo a menina rir.
- Você nunca vai deixar de ser pervertido, garoto? – ela perguntou ao sentir um misto de paz e excitação se espalharem por si, se aconchegando contra o tronco nu de Dougie.
- Com você? Nunca! – ele também riu e virou a garota de frente para si, para logo deitar sobre ela e beijar seu pescoço de forma lenta – Eu senti tanta falta de acordar com você, beijar você quando me desse vontade, te abraçar até você dormir e deixar meus braços dormentes... Nunca foi igual com outra pessoa, sabia?
- Mas aposto que muitas tentaram – Elena passou as pernas pela cintura do namorado e respirou fundo ao sentir o peso dele sobre si, enquanto ele ainda beijava seu pescoço e a pele que o pijama não cobria em seus ombros e colo – Eu morria de ciúme vendo você sair com supostas namoradas, mesmo sem ter o direito de me sentir assim.
- Eu vou te contar uma coisa que só o Harry sabe – Doug disse baixo perto do ouvido de Len, investindo devagar a pélvis contra ela – Eu não funcionei direito com ninguém depois de você.
- Funcionar, você diz... – Elena respirou fundo ao sentir o desejo correr quente por suas veias com o resultado dos movimentos do namorado sobre seu corpo e as palavras que ele dizia.
- Sexualmente – ele foi direto ao ponto – Eu tentei, não vou negar. Mas não era nem perto o que eu sentia como quando era com você, então depois de algumas tentativas eu percebi que simplesmente não dava certo.
- Nem com a Cathie? – Len sabia que não devia, mas perguntou mesmo assim e sentiu Doug se esfregar mais forte contra seu corpo e responder num resmungo "muito menos com ela" contra seu maxilar e então mordê-lo de leve - É errado dizer como isso infla meu ego? – ela segurou o rosto dele com as duas mãos e o encarou – Nós éramos dois adolescentes e marcamos tanto a vida um do outro.
- Você mudou minha vida, Elena – os olhos azuis dele brilhavam ao fazer a afirmação – Eu já viajei para muitos lugares no mundo, conheci gente famosa, fiz coisas importantes, escrevi músicas que algumas pessoas dizem terem marcado a vida delas, mas sabe de uma coisa? Eu queria você junto durante todos esses acontecimentos. Eu sei que tudo teria um sabor diferente se você estivesse comigo e é por isso que eu nunca me acertei com outra mulher. Eu já tinha provado a vida com você e sabia como todo o resto era sem graça sem você.
- Eu sei exatamente como você se sente – Len puxou o rosto de Doug para perto e lhe deu um selinho demorado, para então falar contra seus lábios – Eu me senti assim durante todo o tempo em que estive longe de você. Tudo o que a Penny fazia era pra você que eu queria contar, pra quem eu queria mandar as fotos, rir junto das gracinhas de bebê dela, o colo que eu precisava quando ela caiu pela primeira vez e eu chorei mais que ela...
- Len – ele sussurrou emocionado e pressionou os lábios contra os dela, mas sem aprofundar o beijo.
- Olha pra mim – ela pediu baixinho e segurou seu rosto novamente – Eu sonhei e desejei você por todos os dias de todos os anos em que estive longe, por isso não tive nenhum outro cara desde a última vez que transei com você até hoje.
- Ninguém? – Doug sentiu uma mistura de incredulidade e alivio ao ouvir aquilo e ver a namorada confirmar com a cabeça – Ninguém mesmo?
- Ninguém, Poynter! – Elena riu fraco dos olhos arregalados dele – Você acha que eu ia simplesmente sair transando com qualquer um? Eu tinha uma criança grudada na minha cintura o tempo todo. Eu fiz faculdade de moda, então a maioria dos caras por lá eram gays ou bi, e eu não tinha paciência pra desenvolver qualquer conversa ou contato com alguém, meu tempo vago era focado exclusivamente na Penny.
- Então você não ficou com ninguém? – ele ainda parecia maravilhado com a descoberta.
- Eu não transei com ninguém – ela pontuou e puxou a cintura de Doug contra a sua, uma vez que o choque da informação o fez parar os movimentos contra a namorada – Dei uns beijinhos aqui e ali, mas nunca passei disso.
- Por quê? – voltando ao momento, ele terminou de levantar a blusa do pijama de Len e o passou pela cabeça dela na sequencia, expondo seu simples sutiã de algodão branco.
- Você quer mesmo ouvir, né? – ela sorriu conformada ao vê-lo balançar a cabeça sem desviar a atenção de seus seios – Então olha aqui pra cima, baby.
- Pode dizer – Dougie arqueou as sobrancelhas e esperou.
- Eu nunca passei de simples beijos com outros caras porque nenhum deles era você – Elena disse firme sem desviar o olhar, vendo o efeito que a informação causava no olhar e no corpo de Doug – Porque eu sabia que nunca seria tão bom quanto era com você.
- Era? – com os olhos azuis escuros de desejo, ele se afastou o suficiente para tirar sua calça do pijama e então o short da namorada e deixa-la de lingerie e ele apenas de boxer – E agora?
- Não sei dizer, não transamos ainda – Elena se fez de inocente ao falar, mas sua respiração descompassada entregava a antecipação – Você parecia um coelho antigamente, queria fazer sexo o tempo todo e em qualquer lugar – ambos riram com a lembrança - Desde que voltamos, a gente já dormiu na mesma cama diversas vezes, mas você não tentou nada além de uns amassos, incríveis diga-se de passagem. Eu sei que meu corpo mudou muito depois da Penny, mas...
- Para, pode parar por ai mesmo – Dougie a interrompeu com um selinho e murmurou contra seus lábios – Não admito que uma única palavra negativa sobre o corpo mais perfeito que eu tive o privilegio de tocar saia da sua boca – ele ajoelhou na cama e olhou a namorada de cima, franzindo o cenho de forma desejosa antes de colocar ambas as mãos sobre a barriga da garota e acaricia-la com os polegares ao ver Elena contrai-la levemente, ele deslizou as mãos para sua cintura e as subiu lentamente até o sutiã que ela usava, arrastando a peça devagar para cima, não contendo um suspiro ao ver os seios de Len depois de tanto tempo, passou então os polegares de leve sobre os mamilos rijos e riu fraco ao ver sua menina tremer sob si – Nunca houve nada de errado com o seu corpo quando você era uma adolescente magrela.
- Ei! – ela protestou e ambos riram.
- Calma, baby, me deixa terminar – ainda sorrindo ele abaixou o tronco o suficiente para alcançar um dos mamilos eriçados da garota e chupa-lo rapidamente entre seus lábios, fazendo Len gemer baixinho – Se nunca houve nada de errado com o seu corpo quando você era uma adolescente magrela, você acha mesmo que eu vou te deixar dizer qualquer coisa sobre esse corpo de agora? – Doug se apoiou em ambas as mãos, ficando com o corpo suspenso sobre o de Elena, que esticou uma das mãos e afastou o cabelo dos olhos do namorado, que a encarava de forma tão apaixonada que tirava o folego dela – Eu admito que era mesmo um coelho quando adolescente, eu não sabia lidar com os meus hormônios gritando o tempo todo para estar mais perto de você, sentindo o seu cheiro, o seu coração disparado contra o meu, você me apertando contra seu corpo como se só eu pudesse dar o que você precisava, então minha forma de acalmar esses sentimentos era estando dentro de você sempre que possível.
- Doug – ela suspirou baixinho quando ele se moveu para tirar a boxer que usava, dessa vez sendo ela quem o encarava com desejo cru estampado no rosto, analisando o corpo do homem que Dougie havia se tornado, causando um sorrisinho satisfeito e um pouco machista nos lábios dele ao perceber que agradava a visão da namorada, que o olhava como se não o tivesse visto sem camisa desde seu retorno à Londres.
- Quer saber por que eu não sou mais aquele coelho de antigamente? – ele perguntou baixinho e percebeu que Elena não processou uma palavra sequer, pois sua atenção estava voltada às suas mãos baixando lentamente a calcinha branca que ela usava – Len? Sabe o motivo?
- Ahn? Motivo? – ela umedeceu os lábios com a ponta da língua e ele sorriu ao saber que ainda mexia com o desejo de sua menina.
- O motivo de eu não ter feito nenhum avanço para transar com você nas últimas semanas? – ainda de joelhos sobre o corpo de Elena, Dougie parou um instante para absorver a imagem de tê-la novamente nua ao alcance de seu toque e perdeu a linha de raciocínio por um momento, se sentindo obrigado a murmurar para si mesmo – Caralho, como você é gostosa – frase ouvida por Len, sendo sua vez de sorrir de forma convencida.
- O motivo, baby – sabe-se lá Deus que motivo ele estava falando, uma vez que Elena havia perdido a atenção ao discurso de Doug ao vê-lo nu e lembrar da saudade de tê-lo assim, somente para ela.
- Ah é, o motivo de eu estar tão de boa em só te abraçar, te beijar, fazer carinho em você, em estar perto de você – ele subiu as mãos pelas coxas até a cintura de Len e a puxou para que ela sentasse na cama e ficasse de frente para si. Doug então segurou o rosto da namorada com ambas as mãos e disse baixo ao encara-la bem de perto – O que eu achava serem hormônios quando era adolescente, que eles imploravam pela proximidade com o seu corpo o tempo todo, entendi agora que é só meu amor por você. Eu não preciso estar dentro de você para saciar isso, pra acalmar o sentimento. O estranho, é que ao mesmo tempo em que um olhar seu na minha direção já basta pra me fazer feliz, me deixa tão eufórico que eu quero te abraçar e não soltar nunca mais.
- Então você tá dizendo que só me abraçar é o suficiente? Beleza! – Elena fez graça ao empurrar Doug de leve para que ele sentasse na cama e ela pudesse sentar em seu colo, ambos respirando fundo ao sentirem o contato de seus sexos descobertos.
- Não, engraçadinha – ele conseguiu responder após um instante, abraçando a namorada pela cintura com os dois braços, deixando os seios dela na altura exata de seu rosto – Eu tô dizendo que te amo num nível além do físico, que não preciso me esfregar em você o tempo todo para te mostrar isso. Mas não quer dizer que vou admitir que você fale mal do corpo incrível que eu quero ter fazendo amor comigo pro resto da vida.
- Eu também amo você num nível além do físico, mas você pode parar de me enrolar? Estamos indo pra seis anos de espera! – ela sussurrou rindo contra os lábios dele e o abraçou pelo pescoço ao aprofundar o beijo, deixando sua língua se demorar em cada passada contra a dele. Doug ainda a abraçava firme pela cintura quando começou a embalar uma fricção entre seus corpos, que já tinham uma fina camada de suor os cobrindo.
- Eu não acredito que você tá aqui – ele murmurou minutos depois entre um beijo e outro, olhando-a rebolar em seu colo, com as pernas enroscadas firmemente em sua cintura. Len levantou o rosto dele pelo queixo e passou a língua de leve por seu lábio inferior antes de morder com certa força.
- Pois acredite e para de me tratar como se eu fosse parte de um sonho – ela incentivou baixinho e distribuiu beijos pelo maxilar do namorado, descendo para o pescoço e ombro – Eu tô aqui, Doug, não vou a lugar nenhum, não sem você, nunca mais. Eu tô aqui.
- Eu te amo tanto – ele confessou mais uma vez ao levanta-la pela cintura o suficiente para se alinhar à entrada da garota.
- Camisinha, camisinha – Elena disse rápido, parando na metade da descida e ficando de joelhos, criando distancia entre si e a ereção de Dougie. Ele fechou os olhos com força, não acreditando que havia esquecido esse detalhe, enquanto Len se esticava para pegar o envelopinho laminado na gaveta de cabeceira, sob o olhar admirado do namorado – Eu só estava esperando você tomar a atitude, baby.
- Em pleno século 21 e você esperando um homem tomar a iniciativa para o sexo, Elena? Suas amigas feministas teriam vergonha de você – ele brincou causando uma gargalhada em Len e a puxou novamente para seu colo, logo colocando a camisinha com a ajuda da garota.
- Você é tão lindo. Por dentro e por fora – ela disse com a testa franzida ao se abaixar contra ele, o encarando bem de perto devido o abraço apertado que mantinha ao redor do pescoço do namorado – Eu amo seus olhos, amo seu cabelo, esse seu nariz, seus braços, peito, tatuagens, essa sua barriga que ah meu Deus, amo até suas canelas finas – ela pontuava cada item seguindo o ritmo dos movimentos que fazia contra o corpo de Doug, fazendo ambos rirem sem fôlego de seu último comentário. A garota o beijou como pôde quando ele acelerou o ritmo a guiando com as mãos firmes em sua coxa e bunda. Elena gemeu e mordeu o lábio com força, fechando os olhos ao sentir Doug atingir o ponto certo dentro de si, mas conseguiu dizer de forma falha e baixinha – Eu amo principalmente seu coração.
- Len! – Dougie gemeu baixo e colou sua testa à da garota, se movendo mais rápido contra ela algumas vezes até senti-la apertar as pernas em sua cintura e esconder o rosto em seu pescoço, gemendo repetidas vezes contra sua pele até ele usar as duas mãos para segurar com força o corpo dela contra o seu, unindo suas bocas no momento em que atingiram o clímax, gemendo em meio ao beijo, que durou de forma lenta por vários minutos, nenhum dos dois querendo desfazer o contato enquanto o formigamento e prazer iam se espalhando para as extremidades de seus membros.
- Tá bom, casal – uma batida de leve na porta fez os dois virarem assustados em meio a seu abraço erótico em direção a voz de Sean, mas a porta se manteve fechada – Agora já chega. Não consigo mais pensar em nada pra distrair a Penny e fazer barulho o suficiente pra ela não querer vir aqui saber o que o Poynter ta fazendo com a mãe dela.
- Ai meu Deus, Sean! – Elena gargalhou alto, acompanhada por Dougie e o próprio Sean que seguiu pelo corredor de volta ao quarto de Penelope.
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A Garota da Porta Vermelha 2
FanficAnos depois Elena está de volta. Só que agora com Penelope, sua filha nascida e criada no Texas, longe de Dougie. Será que o tempo cura tudo mesmo? Até um amor que era chamado de épico?