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- Pai?— O chamei

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- Pai?— O chamei.

Não obtive respostas. Não ouvi a sua voz.

- Pai!— Gritei, novamente.

Por que ele não me responde?
Por onde estava?
Por que ele não estava aqui?

- Campeão!— A voz do meu pai soou soave, em meus ouvidos.

Sorri em sua direção.

- Pai, você voltou?— Perguntei, com lágrimas nos olhos.

Meu pai me olhou nos olhos, e sorriu.

- Sim, para você meu filho. Venha comigo, está na hora.— Estendeu sua mão.

O quê?
Por que eu tinha que ir com ele?
E Cass?
Não posso deixá-la.

- Não... não posso deixá-la.— Me referi à Cass.

Meu pai sorriu. Não foi um sorriso bonito que ele me dava, era maligno.

E nos próximos segundos, o que eu vi, era sangue.

Acordei, ofegante.

Minha camisa estava molhada.

Preciso...dela.

Peguei meu celular e apertei em ligar.

Ouvi sua voz suave, depois do segundo toque.

- Bryan?— Sua voz saiu rouca.

- Cass, preciso de você. Vem aqui, por favor.— Ofeguei.

Meu coração estava batendo forte, minha boca estava seca.

- Amor, calma. Estou indo.— Desligou o celular.

Fechei meus olhos.

Não. De novo.

Corri em direção ao banheiro e despejei tudo que havia comido no vazo sanitário.

Não sei quanto tempo fiquei sentado no chão frio do banheiro. Abri os meus olhos, e quando ouvi à porta sendo destrancada.

Cass.

- Bryan?— Chamou.

Os seus passos estavam perto, sua voz preencheu o ambiente.

Não tenho forças para à responder.

Ouvi quando ela adentrou no banheiro.

Seus olhos castanhos se arregalaram, seu semblante mudou. Não foi pena, foi medo e preocupação.

- Amor...— Se aproximou.

Cass me puxou para seu colo. Me enrosquei em seu corpo e comecei à chorar.
Lágrimas grossas caíram dos meus olhos.

- Tudo bem.— Acariciou os meus cabelos. - Estou aqui...— Suspirou.

- Cass, promete que isso é para sempre?— Me refiro à nós. -
Preciso de você.— Funguei.

- Prometo. Fica calmo, estou aqui.— Beijou minha testa.

Cass, por favor, não vá.

Não suportaria perder você também.

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