distance - Capítulo 10

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No momento que finalmente se acostuma com o calor e amor de alguém ao seu lado, a vida apenas te trás de volta a realidade de onde você sempre esteve e nunca devia ter saído. O escuro, sozinha. A noite não teve o mínimo de bondade com você, aquela briga não parava de pesar em sua consciência, principalmente porque você sabia, odiava admitir, mas era a verdade, a culpa foi sua. Você não sabia a importância da presença de Tom até o momento que o calor do seu corpo não estava junto ao seu, você só conseguia imaginar estar no seus braços, sentindo seu toque durante o sono. As pálpebras só começaram a pesar e ficar cansadas quando os raios de luz atravessavam pelo freixo da janela, seu corpo misturou o excesso de álcool que permanecia em seu instestino e a noite passada em claro, você apenas suspirou uma última vez antes de cair em um sono pesado.

[ 14:10 ] o relógio tocava irritantemente ao seu ouvido a obrigando a se acordar para desliga-lo. Era domingo e sentia o vento frio alcançar sua pele exposta. Foi um sacrifício conseguir se levantar da cama, mas precisava de um banho depois da noite passada, o lado bom era que finalmente veio a oportunidade ideal para usar a banheira de hidromassagem.
Ligou a torneira e despejou os sais de banhos sobre a água, sentada, apenas esperando que estivesse cheia por completo para entrar. Afundou primeiro sua perna esquerda, a água estava quente, quando deslizou a direita escorregou até sentir todo seu corpo coberto pela água. Fechou os olhos e tentou trazer a noite anterior de volta a mente, porque diabos você disse aquilo? Está visível agora que estava errada quanto as palavras ditas por você ontem, é claro que você o queria, se fechasse os olhos naquele momento poderia sentir o gosto de seus lábios quentes contra os seus, seu perfume inebriante guardado em sua mente. Porque você não conseguia dizer para ele o que sentia? Porque não se permitia construir um relacionamento com ele, sendo que seus sentimentos, seu corpo estavam completamente a mercê dele. Você precisava conversar com Tom, ele pareceu chateado, até dormiu no quarto de hóspedes, sim, você iria imediatamente falar com ele. Prendeu os cabelos soltos em um coque, vestiu se apenas com um roupão e se dirigiu o mais rápido possível ao quarto de hóspedes.

Depositou três batidas na porta, mas ninguém atendeu, nem ao menos um ruído. Depositou mais três batidas.

"Tom? Por favor, deixe-me entrar. Eu preciso falar com você."

Silêncio. Ninguém atendeu. Acabou por ficar nervosa e rodou a maçaneta percebendo que a porta estava aberta.

"Tom?"

O quarto estava vazio, não havia roupas, nem bagunça, a cama estava perfeitamente arrumada, Tessa também não estava em casa, você correu de volta ao seu quarto e abriu o guarda-roupas, apenas algumas roupas dele se encontravam ali. Você finalmente compreendeu, a viagem, provavelmente seria hoje. Um mês, um mês sem poder vê-lo, sem poder sentir sua presença contagiar o ambiente, sem o seu sorisso, sem ao menos ter a chance de se desculpar e sentir mais uma vez o seu abraço.
Pegou uma de suas camisetas que estavam ali, a abraçou contra o seu peito e deslizou até o chão, inalando seu cheiro, podendo sentir sua presença, o que você havia feito?
Sentiu uma lágrima molhar sua bochecha, era o primeiro de longos dias sem ver Tom. Uma língua áspera lambeu a sua coxa, você se assustou, mas percebeu que era Spidey.

"Oi amiguinho, agora somos só eu você. Vem aqui!" - seu rabinho peludo se balançava de um lado para o outro pulando em seu colo.

O abraçou sentindo seu pelo sedoso e cheiroso, sua língua molhada lambendo todo seu rosto. Foi a única felicidade que teve a sorte de sentir depois do ocorrido, Tom realmente estava certo quando te deu ele, ele lhe traz felicidade, principalmente porque Tom não estava ali. O pegou no colo e o carregou até o sofá, ficaram sentados por um tempo vendo televisão, não estava com fome. Meu Deus, era apenas o primeiro dia e você já sentia tanta saudade, como seria o cotidiano sem ele agora, por um momento se arrependeu de ter o apoiado na carreira de ator, afinal, esse também era o primeiro de muitas outras vezes que ele iria viajar para as gravações, e sabe se lá quando voltaria para casa. Precisava ser forte e conseguir enfrentar a saudade para vê-lo feliz e satisfeito com o trabalho. O ambiente solitário já tinha te enjoado, buscou por seu celular e discou o número, a chamada estava na linha e tocando, quando finalmente foi atendida.

"Eu preciso de você, agora."

ᘡ 🌹 pαge o̷n̷e̷

"O quê? Porque você falou aquilo?" - Gwyneth estava gritando depois de você a contar o que tinha acontecido entre você e Tom.

"Não me culpe eu estava bêbada, e com sentimentos bagunçados."

"Claro, poderiam escrever um livro : como magoar um homem em menos de 60 segundos com Louise Downey."

Gwyneth nunca negaria algo a filha, principalmente quando estava angustiada. Foi o mais rápido possível a sua casa, estavam agora as duas mulheres, deitadas e cobertas com cobertores aconchegantes, tomando sorvete de chocolate e chorando assistindo ao filme Titanic, fazia tempo em que não tinha esse momento de garotas, mãe e filha a sós.

"Sim, mas e agora o que você vai fazer?"

"Eu não sei, talvez espera-lo voltar para casa para podermos conversar direito." - você descansou sua cabeça sobre o ombro de sua mãe, sentindo o seu carinho materno. - "Sinto falta dele, mamãe."

Vocês duas já estavam em prantos ao final do filme com as bocas cheias de sorvete, você nunca foi sensível a esse ponto, mas quem te encontrasse naquele momento encontraria uma Louise com olhos marejados e com coração partido. E depois de horas de filme ele finalmente chega ao fim com a morte de Jack Dawson e a vida de Rose após a perda do amado.

"Lou, seja sincera comigo. Você o ama?"

"Eu... não sei?" - por mais que o seu coração dissesse que sim, seu consciente ainda continuava em dúvida.

"É claro que não sabe, mas porque você o beijou? Merda, você ainda não conseguiu enchergar isso?"

"Mamãe, enchergar o quê? Que eu simplesmente não consigo manter uma pessoa do meu lado? Obrigada, mas eu já encherguei isso."

"Não, sua tapada." - seus olhos claros começaram a revirar. - "Você gosta de estar com ele, ele é a única pessoa que consegue te acalmar quando está em seu ataque de Pânico, você sente ciúmes dele, o apoia em tudo e ainda o beija? Aceite os fatos, querida, você o ama!"

Tais palavras foram como um flashback em sua memória, em que você lembrou todas as vezes que ele te fez sorrir, do seu abraço, do seu aconchego e do seu primeiro beijo com ele, em cima do altar. Da noite em que quase deu um soco em uma mulher por estar agarrada nele, dos seus braços em sua cintura e suas palavras faladas na noite da festa. Foi aí que finalmente você conseguiu enchergar, o que o medo tentou encobrir tantas vezes, a razão do seus sonhos terem a imagem de Tom, você finalmente entendeu.

"Oh meu Deus, mamãe! Eu amo o Tom."

"Every night in my dreams
I see you, I feel you."

Céline Dion

९*🖋. αuthor's n̷o̷t̷e̷s̷

Peço perdão imensamente pelo capítulo pequeno, mas minha criatividade está totalmente desligada e não queria deixar a história com mais de uma semana sem atualização. Prometo que trarei um maior na semana que vem e com mais detalhes e conteúdo. Espero que gostem do capítulo, boa leitura e até o próximo capítulo meus amores. ♡

the husband | tom hollandOnde histórias criam vida. Descubra agora