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Harry resolveu que enterraria seu amigo elfo sem magia. Cavou sua cova e usou a varinha apenas para gravar o nome de Dobby em uma pedra. Fiz companhia ao garoto, pois ele me pediu para ficar, mesmo parecendo que queria ficar sozinho.

—Fred ficou louco, Zoe. — Gui contou enquanto eu o ajudava a por a mesa para o almoço.

Já havia se passado três dias, era quase maio. Hermione estava melhor, o Sr. Olivaras também apresentou uma melhoria, mas o duende continuava com seu fingimento — o que já deixava claro que Fleur estava muito impaciente com isso.

—Queria te encontrar de todas as formas, mas não sabia dizer aonde você estava. Alguém obliviou ele. — Continuou Gui.

—Acho que fizeram o mesmo comigo, mas ainda me lembro de ver Belatriz lançar Obliviate nele. — Respondi depois de terminar de colocar os pratos sobre a mesa. — Você sabe como estão todos?

—Estão bem. — Contou ele. — Não falei que você está aqui, entende, Fred poderia sair e ficar em perigo.

—Sim, sim. Eu entendo. — Falei, mas um desanimo me abateu no mesmo instante. Eu estava contando que Fred fosse entrar pela porta a qualquer momento e me abraçar com força, mas pelo jeito isso não iria acontecer. Então uma preocupação me abateu de repente quando uma ardência surgiu em meu braço esquerdo. — Gui.

—Sim? — Ele se virou para mim, escorando na mesa e cruzando os braços.

—Os meninos te contaram? Sobre a Marca Negra? — Pela expressão de quem não estava entendendo nada, imaginei que nem os meninos sabiam. Ergui a manga de minha camiseta, expondo a tatuagem de cobra e crânio. Gui arregalou os olhos e andou até mim, segurando meu braço para olhar a Marca mais de perto.

—Por que você deixou? — Gui parecia não estar acreditando no que via.

—Preferi ter meu braço marcado do que ver Fred morrer. — Respondi, fazendo com que o ruivo olhasse em meus olhos. — Como acha que Fred vai reagir?

—Ele vai ficar assustado. — Ele estava sendo otimista. — É a Marca Negra, afinal.

—É, acho que qualquer reação negativa é justificável.

—Zoe, você está mais próxima do Harry agora, não é? — Gui perguntou, mudando de assunto de repente.

—Acho que estou um pouco.

—Acho que ele, Rony e Hermione estão tramando alguma coisa com o duende. — O olhei, sem entender muito bem. — Estão muito quietos, sempre entrando no quarto que o duende está. Tentei arrancar alguma coisa de Rony, mas ele não quer falar. Vou tentar falar com Harry, mas seria bom se você tentasse falar com ele também. Sabe como é, autoridades as vezes conseguem as coisas mais fáceis...

—Vou tentar falar com ele, sim.

—Certo. Obrigada, Zoe.

[...]

No final de Abril, recebemos a visita de Lupin. Ele apareceu para nos contar que seu bebê com Tonks havia nascido e era um menino. Nós bebemos vinho e comemoramos todos juntos. Após dias de tenção, era bom enfim distrair a cabeça com uma notícia tão boa.

—Então, você escapou de Você-Sabe-Quem mais uma vez? — Lupin falou se sentando ao meu lado, que estava agora sentada sozinha no sofá da sala. Era notável que ele já estava um pouco alterado. — Estou começando a pensar que sua sorte se parece um pouco com a de Harry.

—A única sorte que nós temos é escapar mais ou menos inteiros dos Comensais! — Falei e acabei rindo, mesmo que a situação não fosse tão engraçada. — Lupin, você sabe me dizer como Fred está?

EM MEUS SONHOS  • Fred Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora