Prólogo

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                 Por Anwyn Riverwall

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                 Por Anwyn Riverwall

      Já era tarde da noite. Chovia muito. Era como um dilúvio em pleno verão. Sabia disso porque podia ver os frutos pendurados nos galhos das árvores apesar de chacoalharem violentamente por conta do vento. Apertei mais os braços e adentrei naquela floresta. Meu corpo congelava de frio, mas estava próxima do meu destino. Nada seria capaz de me parar até chegar lá. Consegui finalmente avistar o galpão no descampado e sorri em comemoração, agora faltava pouco. Não me preocupei em verificar o perímetro, a saudade era tanta que eu não podia esperar para colocar meus olhos nele. Corri em direção à imponente construção e, sem cerimônia, entrei. Pisquei os olhos algumas vezes para me acostumar com a escuridão, avançando lentamente, com a fresta da noite sob meus pés.
    —Você está atrasada, orelhas pontudas...—sua voz rouca ecoou pelo galpão, me causando arrepios por todo o corpo.

    —Tive que esperar todos dormirem. —respondi sentindo minha garganta seca.

    —Hum...pensarei em uma maneira que você possa me recompensar. Trouxe o que eu pedi?

    —Alaín, por favor, vamos parar com a brincadeira. Apareça. —estiquei meus braços em direção à escuridão.

    —Está indo com muita sede ao pote, minha cara.
     Pude sentir que estava se divertindo com a situação. Ele podia ser muito irritante quando queria.

   —Muito bem, se é esse o caso, eu vou embora. -dei meia volta e retornei à entrada.—Boa noite...

    Antes que eu pudesse colocar meus pés para fora do galpão, senti algo me puxar para dentro novamente, logo depois um choque contra minhas costas. Sua mão ainda estava sobre meu abdômen e com a outra tirou uma mecha de cabelo dos meus ombros. Prendi a respiração, sentindo o calor subir pelo meu corpo até a altura das maçãs do rosto. Alaín mordeu de leve meu maxilar e minhas pernas ficaram bambas.

    —Você tem que parar de levar as coisas tão a sério. —sussurrou na minha orelha. —Hoje a noite vai ser deliciosa.

   Mordi o lábio inferior, pensando em tudo o que poderia acontecer daquele momento em diante.
    —Pode começar acendendo o lampião?

     Os passos se afastaram e logo depois um foco de luz clareou parte do lugar. Apertei os olhos para me adaptar a iluminação, quando percebi o que ele estava vestindo.

     Seus cabelos castanhos na altura dos ombros estavam presos por uma fita vermelha e estava vestindo um uniforme do exército britânico. Coloquei a mão sobre a boca o olhando de cima a baixo, atônita.

    -Eu sei, eu sei. Você tem sorte de ter alguém tão atraente junto de você, minha querida. Eu não ficaria surpreso, fico bem até vestindo um saco de batatas.

A Maldição de Lórien Onde histórias criam vida. Descubra agora