Capítulo 8: Escolhas

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Oi gente, então...
Essa semana não postei, porque eu estava atolada de coisas, mas vou deixar um capítulo aqui para vocês e mais tarde outro.
Votem e comentem ai, para a autora aqui saber se vocês estão gostando.
Outra coisa nós temos um grupo no wpp sobre futfem. Então vou deixae esse link: https://chat.whatsapp.com/LnVPdDzbzSn9NvOYopLQQT
Qualquer coisa me chama no twitter: @sixthmai ou a @anurbmei
Então, boa leitura, espero que gostem do capítulo.

POV CHRISTEN PRESS

3 DIAS ANTES...

-CHRIS- ouço Tyler gritando e correndo até o meu quarto. -que cheiro é esse?
- Channing passou com um incenso, porque ela falou que a mamãe entrou aqui e o quarto estava carregado de más vibrações.- enquanto eu falo, vejo Tyler caindo na gargalhada.
-Uma hora a mamãe vai colocar ela em um colégio interno, escuta o que eu estou te dizendo.- diz Tyler
- Se a Channing não parecesse tanto com a gente, eu falaria que ela era adotada.- nós duas continuamos rindo.
-Fecha os olhos e abre a mão, eu tenho uma surpresa.- ela diz sorrindo até demais pra mim.
-Se você colocar alguma coisa nojenta na minha mão, eu vou te matar!- falo olhando séria e ela continua rindo para mim.
Quando fecho os olhos sinto ela colocando um pedaço de papel em minha mão, se for o que eu estou imaginando, eu vou cair dura aqui mesmo.
-Pode abrir- quando abro os olhos ,vejo um envelope branco com o símbolo de Stanford.
-HAAAAAAAA, EU NÃO ACREDITO- Começo a grita e pular de felicidade, no mesmo momento Channing entra no quarto assustada.
-O que está acontecendo?- ela fala um pouco perdida no meio da minha crise de felicidade.
- A Chris recebeu uma carta de Stanford- Tyler fala abraçando Channing.
-Me solta, o que você está esperando para abrir?- ela fala pegando a carta da minha mão. - parabéns, é com um grande prazer que ofereço a turma da universidade de Stanford de 2020, Sua aplicação ponderada e realizações notáveis nos convenceram de que você tem energia intelectual, imaginação e talento para entrar no nosso time de futebol feminino. Peço que se você aceitar esta oferta, preencha o anexo e nos envie até a primavera de 2019. Esperamos que você aceite essa oferta e estamos ansiosos para que você possa se juntar a Stanford.
Atenciosamente Diretor Willians- Quando ela termina de ler, Tyler me abraça e logo Channing vem também.
-Sentimos muito orgulho de você- diz Tyler.
-Você sabe que é meu maior exemplo, né?- diz Channing e Tyler da um tapa em sua cabeça. -A mamãe vai pirar quando souber.- diz ela comemorando
-Não, você não pode falar nada- digo preocupada. -Channing, me promete?
-Prometo!- ela fala me mostrando as mãos. -Tyler a mamãe foi no seu quarto?- Tyler confirma com a cabeça. -Vou pegar o incenso.- As duas saem correndo do quarto.
[...]
Estávamos na mesa jantando a alguns minutos, percebi minha mãe calada o jantar inteiro. Geralmente ela era quem perguntava como foi o nosso dia e hoje ela nem olhava para mim.
-Quero todo mundo acordado amanhã 7:30, Meu partida vai ser as 9:00.- ela fala entre uma garfada e outra.
-Mãe não vou poder ir, amanhã é o jogo contra o Red Stars.- falo receosa.
-Como sempre egoísta, faz o que você quiser.- fico olhando sem entender. -Em relação a sua escolha para a faculdade, não conte comigo para nada.- ela fala jogando a carta na mesa.
-Porque você contou?- vou pra cima de Channing.
-Não foi ela que contou, eu fui deixar a sua carta de recomendação e estava dentro do seu livro.- ela fala em um tom indiferente.
-Mãe, eu não escolhi ainda.- falo quase chorando.
-Espero que você seja esperta, porque se você acha que você tem futuro jogando futebol, está enganada.- nesse momento começo a chorar.
-Por isso que ninguém gosta de você- Channing fala levantando da mesa. -Você é amarga, como você pode falar isso?
No mesmo momento, subo e pego minhas chaves. Passo como um furacão pela sala e vou até meu carro, naquele momento eu só precisava de um conselho.
Toco a campainha e quem atende e a senhora O'Hara.
-Oi querida, tudo bem? Aconteceu algo?- ela fala um pouco preocupada, provavelmente ela viu meus olhos vermelhos.
-Está tudo bem sim senhora- falo sorrindo. -A kelley está?
-Não querida, ela está na casa da Tobin- ela fala apontando para a casa ao lado. -Você tem certeza que está bem? Fiz uns biscoitos e faço um chocolate quente para você.- ela fala com todo o carinho, era tudo que eu precisava, mas eu queria conversar com kelley.
-Eu realmente estou bem, não se preocupe. Muito obrigada pelo carinho.- falo já saindo da porta e caminhando até a casa de Tobin.
Toco a campainha duas vezes e quando a porta se abre, Tobin estava lá.
-Oi Tobin, boa noite, você pode chamar a kelley para mim por favor?- ela fica me olhando com uma cara preocupada.
-A kelley não está... está tudo bem Christen?- ela me pergunta ainda com aquela cara.
-Está sim, bom... Obrigada- falo enquanto saio, Tobin agarra minha cintura.
-Espera, espera... Seus olhos estão vermelhos- ela tira a mão da minha cintura. -Vem cá, vamos conversar. Acredito que você veio atrás de kelley para isso.- ela fala me puxando até sua cozinha. - Você quer algo?- balanço a cabeça falando que não. -Vem, vamos lá para o quarto.
-Primeiro você tem que me levar para jantar.- eu falo e ela começa a rir.
-Então vamos providenciar isso- ela fala abrindo a janela. Quando ela olha para mim, eu estou com um sorriso -Gostou do convite né?- ela fala passando para fora, aonde ficava o telhado. -vem, me de a sua mão.- fala esticando a mesma.
-Tobin, eu tenho medo de altura, vem aqui pra dentro!
-Não, vem cá... Você vai adorar meu camarote. Você não vai cair, eu prometo, vem- ela fala ainda com a mão ainda esticada.
Passo para o lado de fora, meu coração estava acelerado. Meu olhos abriam e fechavam, minha respiração estava pesada. Eu me sento ao lado dela e ela segura em minha mão.
-O que aconteceu?- ela me pergunta.
-Eu recebi a carta de admissão da Universidade de Stanford- falo com uma voz chorosa.
-Parabéns... Mas, você não deveria estar feliz com isso?- ela fica me olhando confusa.
-Minha mãe não concorda com concorda com isso. Falo olhando para o céu que estava estrelado.
-Mas porque a opinião da sua mãe é tão importante?
-Porque ela é a pessoa que me levou na minha primeira aulinha de futebol, ela me ensinou tudo que eu sei. Ela é meu maior exemplo Tobin.- falo chorando e no mesmo momento ela me puxa para um abraço.
-Olha, eu entendo que você quer fazer tudo isso por ela, mas no final de toda decisão, a sua felicidade sempre terá que prevalecer. Se é o seu sonho ir para Stanford, vá para Stanford.- ela fala olhando nos meus olhos e continua. -Você tem que botar suas escolhas em uma balança e perguntar "vale a pena eu abrir mão de um sonho?", no final, o seu coração vai te dar a resposta.- ela fala colocando o dedo do lado esquerdo do meu peito.
-Quando eu era criança, eu perguntei para minha mãe o que era aquelas coisas brilhando no céu.- falo apontando para as estrelas. -Ela me falou que eram vagalumes, que iluminava nossas noites.- tobin fica sem entender. - Eu nunca soube o porque disso, até hoje eu não sei. Naquele dia nos ficamos na varanda tomando chocolate quente e tentando contar quantos vagalumes tinham no céu. Eu sinto falta disso Tobin. Ela era a pessoa que me apoiava em todas as decisões, hoje ela quer tomar as decisões por mim.
-Eu acho que você deveria conversar com ela, colocar seus pontos e você deve ouvir os pontos dela. Mas no final a decisão vai vim do seu coração.- Ela fala sorrindo para mim.
-Amanhã ela vai ter um torneio de exibição, para arrecadar dinheiro para a caridade e ela quer todas as filhas presentes, mas amanhã tem o jogo contra o Red Stars, e eu não sei o que fazer.- falo colocando as mãos nos meus olhos. No mesmo instante ela pega minha mãos e me da um abraço forte.
-Eu sei que você vai tomar a decisão certa.- fala ainda me abraçando.
Naquele momento sinto o calor do seu corpo, ela me abraçava com um toque reconfortante. Deixo aquele momento rolar, eu estava totalmente entregue a ela naquele momento. Depois de alguns segundos abraçadas, ela começa a desfazer o abraço, sinto seu corpo quente descolar do meu. Por um instante ficamos nos olhando testa a testa, sinto aquele cheiro de canela que era único dela. Ela segura no meu rosto e deixa um pequeno selinho nos meus lábios. Me afasto dela, tentando entender aquela situação.
-Eu tenho que ir.- falo saindo do telhado.
-Christen, foi mal. Me desculpa- ela fala andando atrás de mim.
-Não se preocupe, está tudo bem... Obrigada por tudo, até mais- falo deixando um beijo em seu rosto.
Entro no meu carro e fico ali durante alguns segundos tentando entender o que aconteceu, vejo ela na janela. Ligo o som, dou a partida e saio dali. Vai ser muito difícil esquecer aquela noite, vai ser difícil esquecer ela.

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