Capítulo 15: Tempo

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Mais um capítulo para acalmar o coração, nesse domingo decisivo.
Então votem e comentem.
(Talvez mais tarde, eu apareça de novo)
Boa leitura!

POV CHRISTEN PRESS

Acordo bastante enjoada, não iria ser nada fácil terminar com Justin. Faço toda a minha rotina matinal e vou para a escola. Fico o caminho todo repassando o que eu falaria, mas eu sabia que eu não lembraria de nada no momento certo. Fico algum tempo parada no estacionamento tentando tomar coragem para entrar, limpo algumas lágrimas que desceram e saio do carro.
Não foi difícil achar Justin, ele estava conversando com alguns meninos do clube de música na frente do meu armário. Quando chego mais perto, todos os meninos saem e fica apenas eu e Justin.
-Oii meu amor.- ele fala me beijando.
-Você está louco? Aqui não.- eu me afasto abrindo o armário.
-Qual é, a gente merece amor.- fico com uma expressão confusa. -Você esqueceu?- fico ainda tentando lembrar, mas não consigo. -Nosso aniversário de namoro.
-Me desculpa Justin, é que eu estou com muita coisa na cabeça.- falo tentando amenizar aquele momento.
-sei, sei... Eu já ouvi todas as desculpas.- ele deixa uma caixa de bombons em meu braço e sai.
Fico alguns minutos ali pensando se eu falo ou não, eu não poderia falar hoje, eu o machucaria demais, mas se eu não falar, essa dor vai continuar me corroendo. Depois de algumas aulas vejo Justin encostado no carro, era agora, não voltaria atrás. Meu coração acelerava a cada passada, meu corpo todo tremia, quando eu chego mais perto, ele sente todo o meu desconforto.
-Está tudo bem meu amor?- ele fala me abraçando.
-Não Justin, não está nada bem.- eu falo chorando ainda abraçada com ele.
-O que foi? Pode me falar.- ele me coloca em cima do seu carro e limpa minhas lágrimas.
-É que... É... Justin...- eu gaguejava bastante e ele tentava compreender. -É que nós...- sou interrompido quando um jogador do time de beisebol o chama para treinar.
-Olha eu estou atrasado para o treino, mas meu irmão liberou o apartamento dele, esteja lá as 7:00pm.- ele fala se distanciando.
No mesmo momento eu tento falar alguma coisa, mas ele insiste em correr e eu fico ali sozinha.

[...]

Mais tarde me arrumo para ir ao apartamento do irmão de Justin, não me arrumo com tanto luxo, mas também não desajeitada. Pego minhas chaves e falo com minha mãe que eu só voltava amanhã. Minha mãe já sabia do que se tratava, Justin era o genro preferido da minha mãe, ele era de uma boa família, queria ir para Harvard, era educado e outras coisas que só ela conseguia ver.
Chegando ao local subo até o apartamento. Justin estava lá com uma roupa social e um avental amarrado em sua cintura, ele me da um espaço para passar e quando eu paço ele me puxa para um beijo. Eu não consigo corresponder e me afasto dele.
-O que foi?- ele pergunta totalmente confuso.
-Só estou meio enjoada.- falo e ele me serve um copo com água e limão.
-O jantar já está quase pronto.- ele fala saindo da sala.
Fico ali olhando a vista quando o meu celular toca, quando olho, era o nome de Tobin piscando na tela. Deixo a ligação cair naturalmente e quando vou ver Tobin tinha me mandado mensagens o dia todo, então resolvo deixar uma mensagem.

“ Desculpa por não falar com você hoje, dia agitado. Estou em um compromisso agora, nos vemos amanhã, até lá.”

Bloqueio o celular e continuo ali pensando no que fazer, quando Justin começa a servir a mesa. Nós conversamos no jantar sobre a escola, a comida estava divina, mas o jantar todo estava me incomodando, meu estômago revirando.
Mais tarde nós nos deitamos, eu estava em um canto já coberta e Justin estava arrumando algumas coisas para deitar. Ele deita ao meu lado e eu me afasto, ele tenta algo e no mesmo momento eu vomito no chão do quarto.
-Ei Chris, calma.- ele me puxa para o banheiro e segura meu cabelo.
-Justin, eu preciso ir para casa.- eu falo ainda com ânsia de vomito.
-Claro, eu vou te levar, mas antes toma um banho.- ele enche a banheira, enquanto eu me despia.
-Vai entra, eu vou pegar uma toalha.- ele fala saindo do banheiro.
Eu estava a alguns minutos ali, algumas lágrimas caíram durante esse tempo. Quando Justin voltou, ele estava completamente nervoso.
-Olha Chris eu sei porque você está assim, eu não vou te deixar, nós vamos dar um jeito.- ele fala bastante nervoso.
-Como você descobriu?- fico com meu coração querendo sair da boca.
-Ah você estava chorando bastante de manhã e agora passou mal.- ele fala se abaixando para ficar em minha altura. -Nós vamos dar um jeito, podemos contratar uma babá, quando a gente for pra Harvard.- ele fala sorrindo.
-Eu não estou grávida.- falo tentando saber em que momento ele chegou aquela conclusão.
-Mas... Você estava enjoada, e chorando porque queria me contar algo.- ele fala querendo chorar. -O que é?
-Eu quero terminar Justin.- falo abaixando a cabeça.
Ele continua me olhando, eu levanto a cabeça para encarar seu rosto. Seus olhos estavam cheios de água, os meus também. Ele sai do banheiro com uma rapidez batendo alguma porta do apartamento. Saio da banheira ainda chorando, mas tirando todo o fardo das minhas costas. Me visto, pego minhas coisas e quando já estava saindo do prédio ele estava me esperando dentro do carro.
-Entra, é perigoso você voltar sozinha.- ele fala encarando seu volante.
-Tudo bem.- falo entrando no carro.
Não trocamos uma palavra, durante todo o caminho. Justin estava com uma expressão séria e eu não parava de chorar. Ele encosta o carro em frente a minha casa e olha pra mim.
-Antes de você sair, eu gostaria de te pedir algo.- ele fala e peço para que ele continue. -Eu sei que tido está difícil, mas não termina comigo, eu posso te dar um espaço para pensar, mas não toma essa decisão hoje, por favor.- ele fala chorando.
-Tudo bem, depois nós conversamos.- saio do carro e corro para dentro de casa.
Quando entro meu pai estava lá, corro para os braços dele, e sinto um conforto único. Ele não me perguntou nada, deu espaço para que eu falasse o que eu queria. Eu contei sobre o fato de querer terminar com Justin, mas não sobre Tobin. Fomos juntos a cozinha, aonde comemos um grande pedaço de bolo, depois disso, subi para o meu quarto e fechei meus olhos.

Não conte nosso segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora