Lost In Love - Parte I

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Paul estava esperando na porta do banheiro quando Valéria passou por ele como um raio. Ele arregalou os olhos se dando conta de que ela e Camila estiveram no local juntas.


- Oh céus, o que será que houve ali dentro?! – disse a si mesmo.

- Moço, eu preciso entrar nesse banheiro! – disse ao segurança que estava parado em frente à porta.


O segurança de terno preto olhou sério para ele e apontou para a porta, mostrando o símbolo de “banheiro feminino”.

- A minha amiga ta aí dentro, ela não está bem. Eu preciso entrar!


Paul postou-se para frente tentando abrir a porta, mas o segurança segurou seu braço.


- Cara, eu sei o que você está pensando, que nasceu no corpo errado, que se sente uma mulher e etc., mas enquanto você tiver um pau aí no meio das pernas você não pode entrar no banheiro feminino. Agora você vai colaborar ou vou ter que te tirar à força?


O segurança segurava firme no braço dele, o encarando. Paul não teve tempo de abrir a boca para protestar e xingar, quando Camila saiu do banheiro da mesma forma que Valéria, passando por eles apressadamente.

- Camila! – Paul soltou-se do segurança e correu atrás da amiga

– Camila, o que aconteceu? -
Alcançou-a segurando em seu braço.

- Paul, vamos embora. Eu não estou me sentindo bem.

- Baby C, calma! O que houve lá dentro? Eu vi quando a Valéria saiu de lá às pressas também. Ela falou algo com você? Ela fez algo a você? Me fala, porque se aquela vadia te fez algo eu vou lá agora dar na cara dela!

- Paul, só vamos embora daqui. Por favor?!

- Ta ok, tudo bem. Vou chamar um táxi.

[...]

Valéria estava sentada no bar da boate. Virou a quinta dose de tequila pura e logo pediu mais.

- Outra, por favor. – disse ao barman.

- Hey... Você não acha que já bebeu demais por hoje?

Dalila sentou-se no banco ao seu lado. O show havia acabado há 15 minutos, agora a música rolava do som ambiente.

- Dalilaaaa A DJ mais gostosa que eu conheço. – Valéria disse sorrindo de cabeça baixa, com os olhos fixados no balcão à sua frente.


O barman colocou a dose de tequila em frente à Valéria, que ameaçou pegar o copo, mas foi surpreendida por Dalila.

- Eu acho que pra você já chega. – disse pegando a tequila com mais rapidez e tomando em seguida - Você já está quente o suficiente.- 
Valéria não protestou e sorriu para ela.

- Mas me diz, você está realmente se esquentando pra mim ou é só dor de cotovelo?

- Eu não sei do que você está falando. – Valéria deu um sorriso de canto para ela.

- Bom, porque a menos que tenha levado um chifre, o que acredito que não seja o seu caso, quem bebe desse jeito, largada no bar com essa cara de depressiva, só pode estar sofrendo de amor. – Dalila disse com humor.
Valéria sorriu e levantou-se.

- Eu desconheço todos esses tipos de porre que você me citou. Exceto o primeiro, que a partir de agora pode ser o meu caso.

- Ótimo! Eu vou me fazer de desentendida e fingir que acredito em você. – Dalila disse se pondo em frente à Valéria – Afinal, não é todo dia que temos a chance de ir parar na cama de Valéria Augustin, não é mesmo?! – sussurrou para ela.


As duas se entreolhavam sorrindo maliciosamente.

- Então, por favor, me acompanhe até minha casa, Senhorita Abdallah. – Valéria segurou a mão de Dalila e saiu a puxando consigo.

[...]

- Pronto, já estamos em casa, agora desembucha criatura.

Paul acompanhou Camila até em casa, percebeu que ela estava alterada e levemente abalada e preferiu não deixar a amiga sozinha.

- Eu não tenho nada para falar. – Camila estava sentada no sofá da sala, desajeitada, retirando os sapatos.

- Ah, não?! – Paul sentou-se ao seu lado – Por favor, Camila, você esteve no banheiro com a Valéria por minutos, de repente vocês duas saem totalmente abaladas e você vai me dizer que não tem nada para falar?!

- Não. Eu entrei no banheiro e ela estava lá. Conversamos e ela saiu depois eu saí e fim.

- E você quer enganar a mim? Que te conheço a anos, que vi a tensão sexual que rolava entre vocês duas, que te vi sair ofegante do banheiro e ficar toda esquisita depois! Ha-ha-ha – disse irônico.

- Ela me beijou.

Camila estava jogada no sofá, estava apática. Apenas olhava para o nada, como se estivesse em outra dimensão.

- Aquela bandida tarada te agarrou no banheiro?

- Sim.

- Pelo menos dessa vez você estava consciente.

- Não, Baby P. Ela me contou tudo. Ela ficou brava por eu ter pensado que ela seria capaz de fazer aquilo, mas ela não fez. Ela não transou comigo ontem.

- E como pode ter certeza que ela disse a verdade?

- Não sei, eu só... sei.

- Se você acredita, quem sou eu pra dizer o contrário... Mas então quer dizer que vocês não ficaram ontem, mas ela te beijou hoje, o que quer dizer que ela ta afim de você.

- Pode ser. Eu não sei, eu... Não to conseguindo pensar direito. Eu tô confusa. Eu beijei a minha chefe, quer dizer, ela me beijou, mas eu deixei. Eu não reagi. Eu não sei o que pensar. – Camila dizia gesticulando mais apressadamente que o normal.

- Camila. Camila! – Paul segurou seus braços – Calma, meu amor, foi só um beijo.

- Ela é minha chefe, Paul!

- Sim, mas e daí? – Paul aconchegou Camila em seu peito – Ela é primeiramente uma mulher. Uma mulher muito linda, atraente, bem resolvida...

- Justamente! Ela é mulher e eu a beijei e eu... eu... Eu gostei.

Paul não conseguiu prender o riso.

- Ok, você está tendo uma crise existencial porque beijou uma mulher pela primeira vez, porque essa mulher é a sua chefe, porque além de tudo ela é ninguém menos que Valéria Augustin, porque você gostou do beijo e porque você está levemente alcoolizada. – disse irônico.

- Eu não posso mais trabalhar para ela, eu não vou conseguir olhar pra ela como se nada tivesse acontecido. – Camila já chorava como um bebê – Baby P, eu vou me demitir. Eu não posso...

- Hey, Camila... Camila, meu bem, pare com isso. – Paul tentava acalmá-la – Amanhã é um novo dia e se tudo correr bem você nem vai se lembrar do que aconteceu hoje. Acalme-se, sim?

- Eu não posso, Baby P! Eu não posso... – Camila repetia copiosamente enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Sim, você pode. Agora vem pra cama. Você só precisa de uma boa noite de sono.

[...]

- Hey... vai com calma, amor.

Dalila disse ofegante quando sentiu a pancada nas costas. Valéria a prensou contra a porta de seu quarto a beijando com vontade.

- Paciência é uma coisa que eu não tenho e você sabe disso. – Valéria disse olhando séria e sedutora para ela.

Valéria voltou a capturar os lábios de Dalila com desejo, suas mãos desceram do seu pescoço e agarraram o suspensório da DJ, o retirando para os lados.

Desceu seus lábios até o pescoço da loira distribuindo beijos e mordidas naquela região. Suas mãos apertavam sua cintura puxando o seu corpo para si. Dalila mordia os lábios ofegando de desejo. Valéria cessou as carícias e se afastou, segurou o suspensório e a puxou, encaminhando-as em direção à sua cama espaçosa, onde pararam em frente. Valéria virou-se de costas para Dalila e retirou seus cabelos para o lado.

- Tira pra mim? – disse mostrando o zíper do vestido.

Dalila imediatamente segurou o zíper e o puxou com cuidado. Sentiu o vestido afrouxar-se no corpo de Valéria e o puxou para baixo, deixando à vista seu corpo escultural.

- Nossa! – Dalila sussurrou com a visão ainda das costas da ruiva.
Valéria virou-se deixando revelar seus seios à mostra. Usava apenas uma calcinha pequenina de renda preta, o que fez com que Dalila arfasse, logo sendo capturada pelas mãos ágeis de Valéria.

- Por que a surpresa? Não é a primeira vez que você me vê nua.

- Não sei, parece que você fica mais gostosa a cada dia.

Valéria sorriu e logo recomeçou a sessão de beijos e carícias. Dalila mal teve tempo de tocá-la e logo sentiu seu corpo ser empurrado contra a cama. Valéria, ainda de pé, retirou seus sapatos e o tênis de Dalila em seguida. Curvou-se para frente e desabotoou seu short o retirando com rapidez.

Logo subiu na cama e sentou-se sobre a loira, que observava cada movimento com prazer. Logo teve sua blusa retirada também, enquanto escorregava sua mão sob a calcinha de Valéria, começando a fazer movimentos de vai e vem com o dedo médio, o que fez Valéria arfar de prazer, se movimentando no mesmo ritmo. Quando sentiu que chegava ao ápice, Valéria retirou a mão da loira e deitou-se sobre ela. Começou a beijá-la com leve desespero enquanto terminavam de retirar as peças que ainda lhes restavam.

Seus corpos já completamente nus estavam em um movimento sincronizado, Valéria rebolava sobre Dalila que ofegava com tesão.

O atrito de suas intimidades cada vez mais forte, cada vez mais quente. Valéria descia e subia sobre Dalila num vai e vem frenético.

- Assim... Vai, não para!

Dalila sussurrava em meio aos gemidos que escapavam de sua boca.

- Eu vou... Oh...

Valéria gemia acelerando cada vez mais seus movimentos. Dalila sentiu seu corpo se contrair, uma leve dormência subia por suas pernas se alocando no seu centro molhado de tesão. Em poucos segundos ela gozou gemendo e arfando de prazer. Instantes depois Valéria também chegou ao ápice, deixando escorrer sobre Dalila o seu gozo.

Seus corpos inundados de prazer repousaram sobre a cama por alguns instantes para logo em seguida reiniciarem uma maratona de sexo que durou a quase noite inteira.

My Boss - VamilaOnde histórias criam vida. Descubra agora