- Eu não acredito! Isso é perseguição. Não pode ser! – Camila disse virando a taça de champanhe na boca de uma só vez demonstrando nervosismo.
- Hey! Quem deveria estar bravo aqui sou eu! – Paul disse virando o líquido em sua taça da mesma forma que a amiga – Ela tá ali cheia de gracinhas com o meu bofe.
- Ela não pode me ver aqui! – Camila disse virando-se de costas para o salão – Eu preciso sair daqui, Paul. Vamos embora.
- O que? Você só pode estar brincando, né?! Eu não vou deixar essa... essa... pervertida, tarada, perto dele! Essa mulher é um perigo!
- Paul, por favor! – a morena o fitou com cara de tédio – Ela é lésbica, esqueceu? – Sussurrou impaciente.
- Eu não me esqueci! Mas não confio nela. Quem garante que ela não gosta das duas frutas?
- Paul... – Camila revirou os olhos. – Olha, eu tô pouco me importando se essa mulher é lésbica, bi, tri... Eu só não quero contato com ela. Não aqui, não agora!
- Tá com medo de não resistir, é? – o moreno não tirava os olhos do outro lado do salão cheio de pessoas.
A morena o fitou com os olhos semicerrados e logo tomou uma taça da bandeja do garçom que passava ao seu lado. Virou a bebida saborosa na boca, dando um gole generoso.
- Se você quer mesmo resistir a essa mulher, acho bom parar de beber desse jeito. Você sabe muito bem que quando fica "alterada" fica mais difícil segurar esse desejo aí dentro.
- Cala a boca, Paul! – disse tomando mais um gole – Eu preciso é ir embora daqui. Essa mulher me persegue, não é possível!
- Não, nós não vamos! Eu preciso ir até lá tirar satisfações. – disse fitando o casal do outro lado.
- É o que? Acho que quem bebeu demais foi você! Você não vai fazer isso aqui, Paul!
- Meu bem, não se preocupe. Paul Abas não faz escândalos e nem comete deselegâncias. Eu só vou até lá cumprimentar os pombinhos. – disse com fogo nos olhos.
- Baby P, não! Por que você está tão incomodado? Tecnicamente esse seu bofe aí é gay, não é?
- Tecnicamente ele é um safado que me encheu de promessas, dizendo que assim que voltasse para New York me ligaria pra gente se encontrar e nem sequer uma mensagem mandou. E, tecnicamente, ele... Ele é bi.
Camila arqueou uma sobrancelha em surpresa. Essa informação estranhamente a incomodou.
- Tá, mas o que você quer fazer? Chegar lá e cumprimentá-los como se nada tivesse acontecido, fingir sorrisos e causar uma situação extremamente constrangedora?
- Exatamente! – disse com um sorriso sarcástico nos lábios. - É isso que vamos fazer...
Camila suspirou exasperada.
- Eu ainda me dou o trabalho de questionar você...
- Vem, você vai comigo para o impacto ser maior. – disse agarrando o braço da morena e saindo em direção ao casal.
- O que? Paul! Espera! – Camila dizia quase em desespero sendo puxada pelo amigo.
Tomou um último e generoso gole do seu champanhe e deixou a taça em uma bandeja de um garçom que passava, tentando se recompor no caminho.
O casal do outro lado do salão conversava animadamente entre sorrisos quando foi surpreendido pelos dois que chegaram de braços dados.
- Mas que bela noite, não?! – Paul aproximou-se grudado ao braço de Camila com um sorriso irônico no rosto.
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My Boss - Vamila
RomanceValéria Augustin é a dona de uma das maiores empresas publicitárias de New York. Camila Nasser é sua assistente, mais que isso, seu braço direito. Tudo ia bem até que Valéria se vê perdidamente apaixonada por sua funcionária, que por sua vez se vê e...