A Mulher Da Minha Vida

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Aviso!

Esse seria o penúltimo cap. da fic mas como muitas pediram para que a história se estendesse um pouco mais seguirei o rumo normal e após o término regular postarei alguns capítulos extras ^^.

Nesse cap. prestem atenção nos detalhes...

Boa leitura ☺

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POV Camila

Todos aqueles olhares, todos aqueles sorrisos, todos eram para mim. Eu caminhava lentamente em direção a eles. Sorriam-me emocionados, mas não tanto quanto eu. Eu não sentia meus pés e nem minhas mãos.

Meu corpo estava tão tenso que eu mal conseguia respirar. Haviam mil borboletas em meu estômago afoitas para saírem voando. Eu fazia um esforço descomunal para não deixar que as lágrimas em meus olhos transbordassem. E mesmo assim eu não conseguia parar de sorrir.

Olhei para o lado, sentindo o forte braço segurando o meu, vendo aqueles grandes olhos azuis sorrirem para mim, brilhando de emoção e orgulho. Caminhávamos juntos em meio a todas aquelas pessoas que me aguardavam para compartilharem daquele momento comigo.

Lentamente eu caminhava em direção a um alguém. Alguém em especial que me esperava mais que qualquer um ali. E quando meus olhos se encontraram com os dela foi como se todas as borboletas tivessem encontrado a saída.

E foi quase impossível não me deixar transbordar. Aqueles olhos que eu tanto amava, o sorriso que eu tanto admirava. Era quase surreal estar ali, mas eu estava.

Lá estava ela. A mulher mais linda do mundo, aquela que fazia meu corpo inteiro acender apenas com um olhar, um sorriso ou qualquer coisa que fosse relacionada a Valéria Augustin. Naquele instante eu tinha plena certeza , ela era o amor da minha vida...

Era como se um filme passasse pela minha cabeça me fazendo relembrar de todo o trajeto que a minha vida fez para chegar até aquele momento.

3 meses antes...

Sentia meus olhos pesados, como se houvesse um século que eu não os abria. Minha respiração estava lenta e calma. Eu estava calma. Sentia uma tranquilidade pacífica e silenciosa ao meu redor.

Enfim tive forças para abrir os olhos e não demorei a fechá-los por conta da dor que a claridade causou. Tentei mais uma vez e aos poucos fui me acostumando até conseguir deixá-los abertos. A brancura daquele lugar onde eu estava era quase perturbadora.

Engoli seco tentando me situar, esperando que meus sentidos colaborassem e voltassem a me atender de uma vez. Levei a mão ao rosto sentindo uma tontura incômoda e só então me dei conta de onde eu estava.

As intravenosas em minha mão e em meu antebraço me fizeram analisar o ambiente e isso foi como um choque me trazendo à realidade.

Comecei a me lembrar do que havia acontecido e consequentemente a me questionar se eu estava mesmo bem, se haveriam sequelas, se minha situação era muito grave.

Se ela estava bem.

O que havia acontecido? Tantas perguntas me deixaram agitada, o que me levou a sentir dificuldades para respirar. Meu peito doía. Respirar fundo era praticamente impossível devido à forte dor que eu sentia. Algum ponto em minhas costas ardia e incomodava de modo que era extremamente desconfortável me mexer bruscamente.

Precisava chamar alguém. Foi então que ao buscar ao redor eu a avistei. De onde estava eu tinha a perfeita visão daquele sofá ao pé da grande janela de vidro onde ela se acomodava. Deitada em um sono sereno, encolhida embaixo de seu casaco branco. Uma das mãos pousada sob o seu rosto o qual havia uma ruguinha entre os olhos. Talvez não estivesse tendo um sonho bom.

My Boss - VamilaOnde histórias criam vida. Descubra agora