𝚂𝙴𝙸𝚂 𝙳𝙴 𝙼𝙰𝚁𝙲̧𝙾 𝙳𝙴 𝟷𝟿𝟾𝟷, Uma data que jamais pude esquecer, não como uma lembrança agradável, como o primeiro beijo, mas sim o dia que tudo mudou.
Estava em uma boate, já quase alcançando as 3:50 da manhã, mais tarde do que eu esperava. Decidi pegar a estrada de volta para casa. A boate ficava a apenas 2,5 km, então resolvi caminhar pela estrada de terra escura. Mantinha meu olhar baixo para ver onde pisava, enquanto a madrugada fria me fazia abraçar os próprios braços. De repente, escutei passos leves, virei rapidamente para olhar para trás e me deparei com o vazio. Eu estava completamente sozinho. Continuei a andar, mais rápido desta vez. Um sorriso gélido parecia atravessar o ar. Pensei que talvez um dos meus amigos estivesse tentando me assustar. Olhei ao redor, mas a estrada estava deserta, apenas árvores sombrias me rodeavam. Novamente, olhei para trás enquanto os passos leves pareciam se aproximar. Desta vez, o som estava mais claro, quase como passos de cavalo ou algum animal de cascos. Me virei para olhar, nada, me virei para frente e, por um momento, parei com os olhos fixos em uma criança.Um garoto, para ser mais exato. Ele era baixo e magro, com uma pele inicialmente branca. No entanto, enquanto o encarava, sua pele começou a escurecer, tornando-se semelhante a alguém carbonizado. Tinha cerca de 7 a 10 anos.
"—Já está tarde, garoto. Não deveria estar vagando por aqui a essa hora! " Disse, um pouco irritado com o susto que ele me deu. No entanto, ele apenas sorriu. "—Dê licença." Ainda rindo, ele se afastou e me deu passagem, falando suavemente. "—Não é o seu dia. Apenas siga em frente e não olhe para trás!"
Fiquei intrigado, mas mantive meus questionamentos para mim. Por que eu não poderia olhar para trás? O que esse garoto estava fazendo aqui, sozinho, a essa hora da noite? Continuei caminhando, mas a curiosidade me consumia. Foi então que, contra minha própria decisão, olhei para trás. E foi um erro terrível. O garoto que eu vira agora era um corpo de pé deformado, com as entranhas expostas e ossos à vista. Chamas saíam de seus olhos, revelando um sorriso grotesco, com dentes podres e pontiagudos, exalando um odor fétido de morte. Seus olhos vazios me encararam, e um medo atroz se apoderou de mim. Meu coração parecia desacelerar, e uma voz ecoou, não mais infantil, mas gélida e pesada, como se várias vozes falassem por meio dele.
"—Eu disse que você não deveria olhar, que deveria seguir o seu caminho..." A voz foi abafada pelas chamas que agora se espalhavam por seu corpo, engolindo-o.
Virei e corri, como jamais havia corrido antes. Meu coração parecia prestes a sair pela minha garganta, e meus pés se moviam mais rápido do que eu imaginava ser possível. Cheguei em casa sem nem mesmo abrir o portão, pulando o muro e entrando na sala sem fôlego.
Até hoje, me questiono se aqueles eventos foram reais ou se minha mente me enganou. O garoto, com sua advertência sombria, continua ecoando em minha mente, e as chamas ardentes nos seus olhos permanecem como uma imagem indelével. Desde aquele dia, algo em mim, mudou profundamente, uma sombra que agora me acompanha nas noites mais escuras.
Espero que você tenha mergulhado nas sombras desta história. Este é apenas o começo de uma jornada sinistra. Mais contos horripilantes estão a caminho, então não hesite em compartilhar seus pensamentos e votar. Suas opiniões são como os sussurros na escuridão, guiando-me para explorar os recantos mais profundos do terror. Seja parte desse sombrio enredo e ajude a perpetuar o medo.
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Gore - Contos de terror originais
HorrorOito contos sobrenaturais, inspirado em relatos reais. Relatos sobre espíritos, demônios e monstros do dia a dia o ser humano. Contos de terror sobrenaturais que vai fazer você se arrepiar ao ver uma boneca, se deparar com um espírito ou ficar com m...