Ao chegar a cidade naquela manhã, Taehyung estava com muita esperança de arrumar um emprego. Estava em casa a uma semana e já deveria ter feito isso antes, não podia mais adiar. Já não era mais aquele garoto franzino, medroso, que mal conseguia falar com as pessoas, nem tão pouco um jovem inexperiente. Depender do pai para sustentá-lo não era mais uma opção.
Trazia debaixo do braço uma pasta que continha seu diploma e algumas cartas de recomendação que trouxe dos lugares onde trabalhou.
Sabia que não seria fácil, a cidade era pequena, com certeza ouviria muitas respostas negativas, mas se tinha uma coisa que o rapaz tinha de sobra era persistência. Ajeitou a gravata que parecia enforcá-lo e saiu de cabeça erguida.
Seablue não era uma cidade nova e sempre foi uma cidade voltada para o comercio madeireiro. Apesar de ter uma grande costa pesqueira, o que mais se desenvolveu ali foi, realmente, o comercio de madeira. Assim sendo a construção civil virou a principal fonte de renda do lugar.
Como toda cidade antiga, suas casas também não resistiam ao tempo sendo seguidamente reformadas para deixar tudo com ar mais moderno. As madeiras utilizadas nas primeiras obras, aos poucos iam sendo substituídas por outras mais novas e bem preparadas contras as pragas mais conhecidas. Os prédios da prefeitura, biblioteca e até mesmo a delegacia também tinham mudado a fachada se adequando a essa evolução. Até prédios maiores considerados fora do padrão começaram a “nascer” ali da noite para o dia como se fosse mágica. Esses eram de concreto que acabavam recebendo os acabamentos em madeira para não perder o tradicionalismo do local.
E assim com esse comercio cada vez maior e sempre em expansão não paravam de surgir novas construtoras destinadas a atender sua demanda, o que parecia ser perfeito para Taehyung que naquele momento se encontrava em uma delas pronto a colocar seu trabalho a disposição.
O lugar era pequeno, mas ele já sabia que era um dos escritórios que mais tinha recebido pedidos de reformas nos últimos meses. Depois de se dedicar a uma “pesquisa de mercado” e descobrir tudo que precisava sobre a cidade de onde esteve longe por tantos anos, ele estava seguro de onde poderia deixar o resumo de seu trabalho.
A secretária levantou o olhar assim que o tilintar dos sinos fez barulho na porta sendo aberta. Ela apontava um lápis quando ele se aproximou.
− Bom dia. Meu nome é Kim Taehyung e eu gostaria de falar com o encarregado.
− Você marcou hora com ele? – perguntou ela com olhar tedioso.
− Não. – surpreendeu-se o jovem. Ele achou que por ser uma cidade pequena não precisaria de tais formalidades. – Eu não sabia que precisava, só queria conversar sobre vagas para engenheiro.
− Tudo bem, não precisa marcar mesmo, ultimamente ele anda sem muito que fazer. – sorriu ao ver a expressão nervosa no rosto do jovem como se quisesse acalmá-lo. – Você pode aguardar que eu vou falar com ele.
A mulher levantou ajeitando a saia que parecia estar colada ao corpo e entrou na primeira porta que ficava a direita de sua mesa. Taehyung sentou para aguardar como ela pediu e aproveitou para ajeitar novamente a gravata que continuava o incomodando. Tirou um lenço do bolso limpando um pouco do suor que começava a aparecer em sua testa e respirou fundo tentando manter a calma, estava ficando nervoso e isso não era nada bom.
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Para Sempre
FanfictionTaehyung é filho de um homem humilde que trabalha carregando madeira. Jungkook é o único filho dos Jeon e herdeiro da maior e mais conhecida madeireira da cidade. Em uma noite que os dois jovens vão ao parque de diversões com amigos, eles se conhece...