▪ The Dream ▪ || Luke Hemmings & Calum Hood

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// Calum //

Eu, Mia e Luke estavamos no lado oposto à porta da sala, a conversar e a rir. Bem, só Luke e Ast estavam a rir, eu estava a fazer de vela. Luke bem tentava ter piada mas sem sucesso. Talvez estivesse a tentar impressionar a Mia. Esta ria-se não das suas piadas, mas sim da maneira como ele as dizer. Ele agia como um idiota quando estava com ela. Dizia coisas sem sentido e estava sempre a tentar faze-la rir. Certamente sente alguma coisa por ela. É bem provável. Nota-se que se preocupa com ela, só não sabe como o expressar.

Tocou e ainda não havia sinal de Lydia. Olhava atentamente à minha volta e não avistada a bela rapariga com cabelos castanhos compridos, sempre com um belo sorriso na cara.

A professora havia chegado e nenhum sinal de Lydia.

- Mia. - chamei-a já dentro da sala. - sabes da Lydia? - olhei-a.

- Não. Ela deve estar atrasada. Adormeceu se calhar. Não te preocupes, ela deve estar bem. - ela esboçou um sorriso e voltou a prestar a sua atenção a Luke.

Retribui-lhe o sorriso e dirigi o meu olhar para a frente. O lugar ao meu lado encontrava-se vazio. A verdade é que as aulas eram realmente um seca sem Lydia ao meu lado.

Lydia faltou às aulas da manhã. Estava preocupado, bastante até. Estaria tudo bem? Esta pergunta perssegui-me a manhã inteira. Sentia falta da companhia dela, sentia falta de falar com ela, sentia falta do seu sorriso. Sentia falta dela.

Encontrava-me sentado num banco perto do pavilhão desportivo da escola. Era um sítio sossegado e acolhedor. Costumava passar os intervalos com a Lydia lá, depois de almoçarmos, mas desta vez estava sozinho. Lydia e eu observavamos os casais a comerem-se, o que era bastante nojento, mas ela fazia-me rir, pois fazia piadas sobre eles. É tão agradável estar com ela.

- Calum! - ouvi uma voz feminina chamar-me e a afastar-me dos meus pensamentos. Rodei a minha cabeça e reparei em Lydia a olhar-me, com um sorriso nos lábios. Suspireu de alívio por a ver alí e esbocei um enorme sorriso.

- Lydia! - disse num tom entusiasmado e levantei-me. - Ainda bem que vieste de tarde. - aproximei-me e abracei-a.

- Isso são tudo saudades? - ela abraçou-me de volta e perguntou rindo, o que provocou também o meu riso.

- Sim, sabes, passar os intervalos com o Luke e Ast não é muito divertido. Fiz de vela a manhã toda, e se não viesses de tarde ia fazer se vela novamente. - ri.

- Como eu te compreendo. É assim todas as manhãs quando estou à tua espera, enquanto eles conversam. - ela riu-se e olhou-me.

- Foi o que aconteceu hoje, mas desta vez não apareceste. Passou-se alguma coisa? - olhei-a enquanto ela se sentava no banco onde anteriormente eu me sentava.

- Ai desculpa, não te queria deixar nessa situação. - ela riu-se. - Mas não aconteceu nada de especial. Adormeci, só isso. - ela fez-me sinal para me sentar à sua beira, e assim o fiz.

- E dormiste até agora? Sabes Lydia, são quase 2h da tarde. - ri, olhando-a.

- Eu sei. - ela riu. - Soube-me bem dormir até agora. - ela disse olhando em volta. - Aqueles ali estão sempre a comer-se, meu deus. - ela revirou os olhos provocando o meu riso.

- Talvez estejas com ciúmes, porque querias estar assim comigo. - gozei com a situação olhando para o suposto casal que Lydia tinha mencionado segundos antes.

- Nunca ia estar assim contigo. - ela disse e desviei o meu olhar para ela. - Beijava-te, mas não daquela maneira. De um maneira melhor.

- Maneira melhor? Exemplifica lá isso. - disse num tom de brincadeira, o que a fez desviar o seu olhar para o meu.

A nossa conversa foi interrompida pela campainha da escola.

- Até o fazia mas vamos entrar agora. Maldita campainha. - ela riu, gozando com a situação, como eu tinha feito momentos antes, e levantou-se.

Era impressionante a confiança que já tinha com Lydia. Ela fala comigo tão abertamente, e eu com ela. É tão bom estar e falar com ela. Ela é realmente bonita. Tem uns olhos cor de mel, o cabelo dela é suave como a seda e tem um sorriso esbranquiçado e belo. Sinto uma pequena atração ela. Provavelmente é uma simples e pequena paixoneta, nada de mais. Não quero sentir nada por ela, a não ser amizade. Não quero estragar o que construímos nestas últimas longas semanas.