Capítulo 11- A Verdadeira Indetidade De Natalie Collins

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#Mari

Sabe aquele momento nos filmes em que a garota e o garoto estão no encontro perfeito mas aí chega a ex maluca dele para atrapalhar tudo? Então eu estava vivendo isso, mas o problema naquela noite não foi a ex maluca e sim cinco homens armados e encapuzados com um deles apontando uma arma para a minha cabeça.

E foi assim que eu descobri que a mentira não tinha perna curta, ela tinha perna curtíssima, logo hoje que eu estava disposta a contar a verdade de uma vez por todas para o Jack tinha que acontecer isso, agora ele saberia quem eu era, mas não dá forma que eu imaginei que no caso seria eu contar a ele, e sim com eu derrubando 5 caras armados em menos de um minuto sozinha.

- Acho bom os dois ficarem quietinhos ou eu atiro na garota - Um deles falou apontando uma arma para a minha cabeça, olhei para o Jack que estava prestes a reagir mas parou quando viu a arma apontada para mim.

- Descupa - Foi o que eu falei olhando em seus olhos antes de dar um soco na costela do que estava apontando a arma para mim.

Foi o segundo que todos se distrairem olhando o cara que eu tinha batido se contorcer no chão para mim tirar a arma dele e derrubar o outro com um soco no estômago.Me olharam com fúria e surpresa principalmente Jack que estava mais confuso que tudo.Soquei a cara de outro, enquanto desviava de vários golpes de seu colega.

Quando eu vi já tinha derrubado 4 e quando o quinto estava prestes a sacar sua arma eu o derrubei com uma chave de braço e um chute no estômago fazendo ele cair desmaiado no chão.

- Que merda é essa - Gelei ouvindo a voz de Jack atrás de mim, fui me virando aos poucos o encarando com receio.

- Jack eu posso explicar, eu ia te contar hoje mas...

- Quem é você? - Ele dá um passo para trás se afastando de mim, o que faz meu coração apertar mais ainda- QUEM É VOCÊ CARAMBA ? - Ele grita me assustando.

- Eu vou explicar calma, mas agora nós precisamos sair daqui - Falo pegando meu telefone para ligar para o meu padrinho - Me dá a chave do carro - Eu estendi a mão pedindo para ele enquanto o telefone chamava.

- Eu não vou a lugar nenhum com você e muito menos te entregar as chaves do meu carro - Ele falou cruzando os braços e me encarando com fúria.

- Jack... - Nesse momento meu padrinho atendeu e resolvi colocar no viva voz.

- Alô Mari, aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou já preocupado por eu estar ligando assim do nada.Jack me olhou com a sombracelha arqueda ou por ele ter dito meu nome ou pela surpresa de ouvir a voz do pai.

- Sim, 5 caras armados acabaram de nos encurralar - Aproveitei que Jack estava distraído e peguei a chave de sua mão.

- Ei me da essa chave - Ele resmugou e eu o ignorei voltando a falar com meu padrinho.

- Vou te enviar o endereço para mandar alguém prende-lós, por que eu preciso levar o Jack para um lugar seguro, eles não estão sozinhos - Falo vendo uma vã preta virar a esquina vindo em nossa direção com muita velocidade - Jack entra no carro agora - Ele não protestou após ver a vã também.

Eu entrei no lado do motorista, liguei o carro e sai dali o mais rápido possível.

- Toma segura - Dei meu celular para ele enquanto tentava alcançar minha mochila no banco de trás e dirigir ao mesmo tempo.

- Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui caramba?

- Filho fica tranquilo é só confiar nela, já estou mandando reforços para o endereço que você mandou Mari - Consigo alcançar minha arma na mochila - Eles estão seguindo vocês?

- Sim, por enquanto - Falo olhando pelo retrovisor a vã atrás de nós a toda velocidade - Jack assume a direção aqui - Puxo a mão dele colocando no volante, carrego minha arma e abro o vidro.

- O que você está fazendo sua loca? - Ele pergunta tentando controlar a direção enquanto eu acelero, ainda bem que não tinha ninguém na rua.

Miro na vã e consigo acertar em cheio no pneu da frente deles, fazendo assim com que eles parem de nos seguir.

- Genial - Sorrio com seu comentário e volto a assumir a direção - Para onde estamos indo?

- Para um lugar seguro - Respondo e pego meu celular da mão dele - Padrinho, consegui despistar eles, vou levar o Jack para um dos meus apartamentos até tudo se acalmar.

- Faça isso e me mantenha informado, eu acabei de chegar no endereço que você mandou, você acabou com eles Mariana...

- Espera aí, padrinho? Mariana? Para esse carro agora - Jack pede e eu reviro os olhos.

- Valeu padrinho - Falo em tom sarcástico e ele gargalha do outro lado da linha - Vou resolver isso aqui, depois conversamos - Falo estacionando em frente ao prédio - Vamos entrar que eu prometo te explicar tudo - Ele bufou e saiu do carro.

Entramos no prédio em total silêncio, Jack não olhava nem em meus olhos e continuava sério.Entramos no elevador e resolvo tentar começar.

- Meu nome é Mariana Smith - Falo e ele arregala os olhos me olhando - Sim eu sou a afilhada dos seu pais e...

- Mas você morreu junto com toda a sua família - Suspiro e me encosto na parede do elevador fechando os olhos.

- Eu sobrevivi.

- Isso eu já percebi né - Ele fala em tom sarcástico e frio.

A porta do elevador abre, saí na frente e ele veio logo atrás, abri a porta do apartamento e dei passagem para ele entrar.Era um apartamento muito bonito, todo mobiliado e decorado pela minha tia antes dela morrer junto com todo o resto da minha família.Eu tinha várias propriedades em meu nome, pois eu fui a única da família Smith que sobrou, então acabou ficando tudo para mim.

Ele se sentou no sofá com as mãos escondendo o rosto e com o cotovelo apoiado no joelho, suspirou e ficou em silêncio.Coloquei minha mochila no chão e me sentei ao lado dele.

- Quando invadiram minha casa anos atrás seu pai conseguiu me tirar minutos antes de lá, ele salvou a minha vida, mas infelizmente o resto da minha família não sobreviveu - Ele continuou de cabeça baixa apenas me ouvindo - Quando veio a notícia de que toda a família Smith estava morta seu pai achou melhor assim, para minha segurança fui dada como morta, poucas pessoas sabiam que eu ainda estava viva.Fiquei um tempo com um amigo do meu pai e quando eu fiz 10 anos pedi para ele me ensinar a aprimorar minhas técnicas de luta.Eu nunca fui uma criança normal mesmo, desde a morte da minha família eu prometi a mim mesma que me vingaria - Jack levantou a cabeça para me encarar, mas eu apenas continuei olhando para frente e falando - E foi o que fiz, com 15 anos eu era a primeira agente Teen e carregava nas costas o legado de uma família de agentes 0.

- Nas agências ocorrem boatos que um agente 0 ainda existe, cumprindo várias missões estrangeiras, mas ninguém sabe quem é além da diretoria, então era você? - Ele pergunta.

- Sim, eu virei uma agente 0 e como eu era mais nova era mais fácil para mim cumprir missões, até por que quem desconfiaria que uma garota de 15 anos poderia ser uma agente infiltrada.

- Pois é, você é muito boa em esconder as coisas - Ele sorri irônico e seu olhar parte meu coração.

- Jack eu... - Tentei tocar em seu braço mas ele desviou de mim ficando de pé.

- Eu ouvi tudo que você falou Natalie Marina seja lá qual for seu nome, mas nada - Ele me olhou no fundo dos olhos - NADA justifica você ter mentido para mim e agora vai ser impossível eu conseguir confiar em você outra vez.

Suas palavras me magoaram muito, mas o que doeu mais foi o seu olhar de decepção e ódio para mim, eu nunca senti nada parecido, era como se eu estivesse me sufocando e ficando sem ar.Foi impossível não ficar triste e quando eu vi já havia caído uma lágrima seguida de muitas outras.

Foi naquele momento que eu percebi que eu tinha perdido mais uma pessoa na minha vida, Jack nunca mais confiaria em mim, eu havia errado em mentir para ele, mas eu nunca imaginei que eu poderia ter me apaixonado por ele.

Eu amava Jackson Jones e eu o tinha perdido por uma grande mentira.

❤Agente 0 💛(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora