they grow so fast

870 103 69
                                    

Beverly gostava de fazer festas, gostava de ver sua casa cheia de pessoas, gostava de ouvir vozes e risadas, ela gostava de ter alguém por perto.

Marsh mora com sua tia desde o acidente com seu pai. Caroline, irmã de sua falecida mãe, viajava muito por causa de seu trabalho, as vezes chegava a ficar 4 meses fora. E, por mais que ela negasse, Bev se sentia solitária dentro daquela enorme casa, por isso fazia tantas festas, ela queria preencher todo aquele vazio com pessoas estranhas, álcool e drogas.

As pessoas dizem que é impossível ser infeliz morando em uma casa grande, vestindo roupas caras e tendo carros de luxo, mas Beverly marsh é a prova viva de que isso não é verdade. Ela daria tudo que tem em troca de amor e atenção familiar.

                                  ××

Hopper saiu mais cedo do serviço, com uma alegria contagiante e um sorriso de dar inveja em qualquer pessoa que passasse ao seu lado.

"O senhor teve um dia muito bom, pelo visto" Alice, a nova secretária baixinha e de voz esganiçada de Hopper, falou sorridente, eram raros os dias em que seu chefe estava de bom humor.

"Eu vou ter uma tarde, e se tudo der certo, um final de semana, especial de pai e filha com a El." ele pegou um cigarro e o colocou entre os lábios, com um sorriso ladino. "Sinto muita falta de passar um tempo com a minha garotinha, sabe? Eu estou sempre trabalhando, ela está sempre com os amigos... nunca sobra tempo para a família. Tem filhos, Alice?" perguntou, com a intenção de puxar conversa com a mulher.

A mulher assentiu rapidamente. "Sim senhor, gêmeas. Hunter e Liza, sete anos" um sorriso bobo brotou em seus lábios enquanto lembrava de suas pequenas.

"Aproveite, eles crescem rápido. Quando você vê, elas já estão namorando com garotos altos, fortes, inteligentes e bonitos..." uma pontada de ciúmes podia ser identificada em sua voz "E saindo para festas... e então elas não vão ter mais tempo para você." Havia uma certa melancolia em sua voz apesar de ele ter falado tudo tão normalmente quanto fala sobre o tempo com alguém.

Hopper voltou seu olhar para a secretária, que tinha uma careta assustada e triste em seu semblante, ele havia jogado muita coisa em cima dela em uma frase só.

"Bem, eu já vou indo. Preciso comprar um monte de porcaria para comermos." ele acendeu o cigarro e deu uma tragada, fazendo círculos no ar com a fumaça. "Tenha um excelente final de semana". Com isso, ele pegou seu casaco que estava no cabideiro e saiu da delegacia, deixando para trás uma secretária horrorizada com a possibilidade de perder seus bebês.

                              ××

"El, cheguei!" o grito de Hopper ecoou pela pequena casa, não obtendo resposta alguma da garota. "El?" indagou dessa vez com o tom de voz um pouco mais baixo.

"Estou aqui em cima, papai" respondeu.

Jim correu feliz até o quarto de sua garotinha - em sua mente ela sempre será sua pequena e frágil garotinha -, chegando lá viu que El estava arrumando sua escrivaninha, ele a agarrou pela cintura e com um impulso a colocou sobre seu ombro. Andou em círculos pelo quarto da garota, que ria descontroladamente da brincadeira.

"Papai- ai! Você vai me derrubar!" disse entre risos.

"Eu alguma vez te derrubei, 'elzinha'?"

Para se "defender" do ataque de seu pai, El começa a fazer cócegas no maior que se contorce e ri.

"Ok, ok, bandeira branca." Jim desce a garota de seu ombro e a deixa sentada na cama. "Você ganhou batalha, mas não a guerra" diz em tom ameaçador olhando bem nos castanhos de jane.

A garota enruga o nariz e mostra a língua para o mais velho que faz o mesmo.

"Eu comprei rios e rios de salgadinhos e doces para nossa maratona de filmes de terror" diz colocando as mãos na cintura e recuperando o fôlego.  Ele anda um pouco pelo quarto, seus olhos param na coleção de discos da garota, abriu um grande sorriso vendo que ela "absorveu" seu bom gosto para músicas. "Comprei até waffles, mas eles serão apenas para o café da manhã, ouviu, mocinha?"

Jim olhou para el que tinha o olhar voltado para suas rasteirinhas brilhantes.

"Hey, filha, aconteceu alguma coisa?" perguntou com a preocupação carregada em sua voz.

"Não, não. É que... eu prometi a Bev que a ajudaria a arrumar a festa de hoje" ela diz com a voz cheia de vergonha e tristeza por estar, de novo, cancelando um programa com seu pai.

"Ah" foi tudo o que ele respondeu.

Um silêncio constrangedor se espalhou pelo quarto, ninguém se atrevendo a falar algo.

"Desculpe." El pode sentir seu coração quebrar em milhões de pedaços quando viu o desapontamento e tristeza no rosto de Jim. "eu posso cancelar, se você quiser. Ela super entenderia, sabe como a Bev é super compreensiva."

"nah, não precisa cancelar." Hopper suspirou, ele estava tentando o seu máximo não deixar transparecer que tinha ficado triste com a situação "Pode ir, tudo bem. Vá se divertir."

"Pai..." Jane levantou de sua cama e abraçou o pai. Ela estava se sentindo péssima. "Eu vou cancelar" diz e sai em em direção ao seu telefone.

"Não precisa, meu anjo" ele sorri para a garota "Você é jovem, tem mesmo é que se divertir. Tudo bem, mesmo"

"Jura? Não vai ficar chateado comigo?" pergunta fazendo um biquinho.

O mais velho sorri com ternura para a garota. Levou a mão até a lateral de seu rosto e fez um carinho, não importava se ele estava chateado ou não, Jim só queria ver sua menininha ser feliz - mesmo que para isso ele precisasse "sacrificar" seu tempo juntos.

"É impossível ficar chateado com você, El."

"Te amo, papai" diz puxando Jim para um abraço apertado.

"Eu também te amo, minha pequena"

                                 ××

oi gente, tô viva :D
tentei fazer uma coisa fofa entre pai e filha mas ficou meio bleh, mas tudo bem
não revisei esse capítulo por motivos de: estou com sono e cólica, vou ver amanhã e se tiver erros muito gritantes eu arrumo
já tenho alguns caps prontos então não vai demorar muito pra eu postar de novo, juro.
amo vocês 😔✊

broken poetry || elmax {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora