Capítulo VI

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Votem, comentem e se afoguem nesse vale de porpurina e amor e conflito e intriga e...

Bem, boa leitura!


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Sentia que não precisava olhar o nome no papel que a secretária havia lhe entregue. Afinal, se chegasse à casa do rapaz que seria seu professor sem saber o nome dele, mostraria sua total indignação com aquela ideia. Além de escancarar seu total desprezo. E seu plano de ser um completo pé no saco para com aquele aluno idiota que iria brincar de lecionar com ele começaria com uma bela demonstração do quão persistente – e infantil, vale ressaltar — Jeongguk conseguiria, e poderia, ser.

O diretor estava em uma reunião que iria durar o restante do dia e o começo da tarde daquela atípica segunda-feira, então não poderia conversar em privado com Jeon. Colocar as informações num papel foi uma ação de última hora que ele esperava que o alfa mais jovem compreendesse — o que realmente aconteceu.

A rua que Jeon passava com o carro era mais que conhecida por si.

Passara boa parte de sua infância em uma casa por lá.

E quando estacionou em frente a uma construção americanizada, pintada de azul bebê, com cerca de madeiras em branco e um grande jardim na frente... Seu queixo caiu. O destino estava a seu favor?!

Havia lido apenas o endereço quando pegou o papel. Lógico que sua mente traiçoeira tinha pensado que um certo loiro que morava naquela rua poderia ser o seu professor... Mas, cá entre nós, Jeon sabia que a sorte não andava com ele fazia alguns anos. Então ele forçou-se a esquecer dessa "idiotice" e continuar com o plano de ser um imbecil e um fodido de um babaca. Porém, naquele momento, suas mãos correram para o porta-luvas de seu carro atrás das informações do diretor.

Sua mente poderia estar o ludibriando e ele então fora parar no endereço errado. Na casa errada.

Mas não. Era aquele o endereço. Era aquela casa.

A casa que sempre manteve a cor azul bebê — que em alguns anos ele ajudou a retocar —, a casa que sempre teve aquele gramado verde e o cercado de madeiras em branco — este que uma vez ele e o jovem que habitava aquela casa já ousaram pintar de outra cor; ficaram sem se falar durante uma semana, esse fora o castigo. A casa que maravilhosamente sempre tinha cheiro de flores e chocolates e morangos — a mistura do aroma dos ômegas que moravam naquele lugar.

O nome.

Tinha que conferir o nome.

Park Jimin.

Estava escrito Park Jimin e Jeon arfou surpreso e suspirou e cerrou os olhos e respirou fundo porque estava tão nervoso com aquela situação que não sabia como agir.

Ele havia pensado que o diretor iria colocá-lo com um beta, ou um alfa... Não um ômega. Não aquele ômega. Não o seu ômega.

Respira. Respira. Respira — Era o que repetia para si mesmo. Afinal, agora todos os seus pensamentos sobre suas futuras aulas haviam mudado. Ele não poderia mais ser grosso ou ignorante, ou babaca ou filho da puta. A vida estava lhe dando uma chance e ele a agarraria com unhas e dentes. A chance de ter seu Jiminie de volta seria totalmente aproveitada.

Ah, se seria.

Estacionou adequadamente o carro em frente a casa e saiu do veículo. Respirou fundo novamente, ajeitou a jaqueta de couro que lhe aquecia e passou as mãos nervosamente em seus fios castanhos. Abriu a portinha do cercado e atravessou o jardim. Continuava o mesmo simples, agradável e lindo jardim.

Paper Hearts |Jjk+Pjm|Onde histórias criam vida. Descubra agora